terça-feira, 22 de setembro de 2009

O BRASILEIRO E A CULTURA


Eu não creio que Brasil possa se transformar numa grande nação da noite para o dia. Mesmo que o crescimento econômico seja rápido, isso gera riqueza, menos pobreza, maior qualidade de vida e contribui sim para o desenvolvimento de um país. No entanto, a cultura não se adquire na mesma velocidade das conquistas sociais e econômicas. É preciso gerações e gerações até que um povo atinja um nível cultural razoável. Agora, do jeito que o sistema educacional brasileiro anda atualmente, nem em 200 anos vai se conseguir formar uma sociedade onde cultura seja digna de país de primeiro mundo. O problema não é tanto financeiro e sim de mentalidade mesmo. O brasileiro é um povo que despreza a cultura, que acha que cultura é coisa de rico, de quem não tem o que fazer. Enquanto continuarmos a pensar assim, o brasileiro vai ser que nem aquele cara que nunca foi a escola, nunca se interessou por nada, mas um dia ganhou sozinho na mega-sena e ficou rico. Embora com muito dinheiro, continua pensando da mesma forma que pensava antes, continua com os mesmos gostos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

VOLTE PARA OS MEUS BRAÇOS



Eu não sou um letrista, mas um poeta que de quando em quando se põe a escrever versos cantados. E num desses momentos, sob o efeito de uma canção que tocava no rádio, veio-me o refrão na cabeça. Quanto ao resto, foi uma consequência do momento. Pode até não ter ficado uma grande canção, mas com um bom arranjo daria uma música e tanto.
Vejam por si mesmos:


Os sonhos que eu tinha
E que eu fazia questão
De sonhar todos os dias
Se desfizeram de repente
Quando você partiu


O vazio que você deixou
Não há quem o preencha
A essência se perdeu
E tudo agora se parece tão frio


Baby, volte!
Volte para os meus braços
Eu não posso viver
Sem você aqui


Digo a mim mesmo
Que vou superar essa dor
E me esforço de verdade
Mas a realidade
É que sem o teu amor
Minhas promessas são falsidades
Que escapam de meus lábios
Num momento de desespero


Baby, volte!
Volte para os meus braços
Eu não posso viver
Sem você aqui

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PEDIDO DE PERDÃO

Não há nada pior do que o ciúme para estragar um relacionamento. Acho inclusive o ciúme tão maléfico quanto a traição, pois ambos afetam diretamente o fato de acreditar ou não na pessoa amada, embora no caso da traição a pessoa se sente enganada pela outra e portanto deixa de lhe confiar e no caso do ciúme a pessoa se sente ultrajada por não ter a confiança de quem se ama. Aliás, ciúme na maioria das vezes é falta de insegurança, falta de confiança em si mesmo, portanto não passa de um pobre infeliz. E foi pensando no ciúme que me escaparam os versos abaixo.

Quando se ama um amor sem razão
Nossos atos beiram à loucura
Num desatino do coração
Como se a realidade fosse nuvem escura

E por te amar assim
Cometi atos de insanidade
O quais me levaram enfim
À dor e à saudade

Meus olhos chovem a todo momento
Lágrimas que me custam caro demais
E tomado pelo arrependimento
Vejo do que o ciúme é capaz.

Assim, suporto as noites e os dias
Com a certeza no peito
De que por mais que tua alma esteja fria
Hás de perdoar-me o malfeito

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

RESQUÍCIOS DO PASSADO

Muitas vezes o tempo passa, os anos correm loucamente em direção a velhice, e então, num instante de solidão, as lembranças do passado veem tornar aquele momento ainda mais melancólico, aprofundando a nossa dor. E de forma quase involuntária, nos deixamos levar por tais lembranças, as quais nos remetem, quase sempre, a momentos felizes e inesquecíveis. Na mais das vezes, um amor da juventude é o fruto de nossos devaneios, pois são lembranças que só morrem com a nossa morte. Porém, nem tudo pode perdurar. Alguns detalhes, o tempo se encarrega de apagar e, por mais que nos esforcemos e escarafunchamos o nosso cérebro, não a encontramos. Os versos abaixo falam disso, dessas lembranças que se perderam.


Eu me lembro de teus beijos
Tão ardentes e apaixonados
E sinto que aqueles desejos
São sombras do passado,
Quando ainda na juventude
Os sonhos pareciam reais.

Do gosto de tua boca
Eu já não lembro mais
Mas de tuas palavras poucas
No ouvido daquele rapaz
Cuja felicidade atingira a plenitude,
Ah, estas são inesquecíveis!

Eu me lembro de tua tez
Tão macia e delicada
E me lembro daquela vez
Cujas carícias um tanto ousadas
Fez-nos o sangue queimar
E quase que o juízo perder.

Mas foi do teu cheiro
Que a lembrança mais se apagou
Foi como se o florir do limoeiro
Não exalasse mais odor
E esta triste constatação
Me diz que o amor passou

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Revisão do Livro "A MENINA DO ÔNIBUS"

Ando meio sem tempo esses dias. Preciso terminar a revisão do livro e a coisa corre lentamente, de forma trabalhosa. Sou muito perfeccionista. Estou sempre achando que ainda não está bom, que pode ser melhorado ainda mais.
Por falar no livro, estou revisando o 10° capítulo, onde Ana Carla recebe de seu pai a notícia de que vão viajar e passar o Natal e o Ano Novo na capital capixaba, na casa dos avós. Tal notícia a afeta profundamente pois ficará longe de seu grande amor por alguns dias, justamente numa data em que, devido ao reveion e às férias, o Guarujá estará lotado de turistas e portanto de belas mulheres. Aliás, como Ana Carla temia, ele se encontrará com umas jovens universitárias na praia, as quais terão papel fundamental para o desfecho da história.
A partida de Ana Carla marca o fim da primeira parte do livro e o encontro de seu "namorado" com as jovens Roberta, Maria Rita e suas amigas na praia marca o início da segunda parte.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

VERSÃO 10 DO OPERA LANÇADO.

Dia 01/09 foi lançada a mais nova versão do navegador Opera. Para quem não sabe, o Opera é o mais rápido e moderno navegador de Internet. Embora não seja tão conhecido e usado no Brasil, foi o primeiro navegador a usar abas, a embutir um gerenciador de Downloads, a ter recursos de bittorrent entre outros, recursos estes que foram implementados posteriormente no Firefox e no IE.
Já uso o Opera há alguns anos e realmente não o troco por nenhum outro. E agora com a versão 10, ficou ainda melhor, com um visual belíssimo. Confiram algumas imagens:
 
  
 
Esta última imagem, onde se ve o meu perfil no facebook, é do meu próprio computador rodando o Mandriva Xtreme 3, uma distro incrível, cujos recursos 3D deixa qualquer um babando.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

UM POUCO DE PROUST

Em minha biblioteca pode-se encontrar uma variedade considerável de obras – pela última contagem, lá pelos anos de 2005, havia mais de três mil volumes –, e dentre estas a fascinante Em busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. Embora tenha adquirido os dois primeiros volumes lá pelos meados dos anos 80, nunca os li. Há pouco tempo porém, depois de ler um ensaio sobre Proust, decidi pegar sua obra para ler. Confesso ter ficado fascinado com a genialidade do autor logo nas primeiras páginas. Desde então, antes que o sono me transporte numa viagem por águas calmas até a manhã de um novo dia, dedico alguns minutos à leitura de Proust. Estou no terceiro volume. E dentre tantas passagens, as quais eu fiz questão de grifar, numa delas encontra-se a frase abaixo. O autor compara a vida a uma amante ao comentar o estado de sua avó, que acabara de ter um ataque e o qual a deixara entre a vida e a morte.
"A amante que acossamos, a amante que suspeitamos que está prestes a trair-nos, é a própria vida, e, embora já não a sentimos a mesma, ainda acreditamos nela, ficamos em todo caso na dúvida, até o dia em que afinal nos abandona."
Proust, Em busca do tempo perdido, vol 3 – O Caminho de Germantes, pag. 347

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CAMINHOS IMPOSSÍVEIS

Eu procuro caminhos
Que nunca vou percorrer
E desejo sensações
Que nunca vou ter,
Pois tudo são sonhos
E divagações
De um coração apaixonado
Que não é correspondido.


Os caminhos de teu corpo
São percorridos por outrem
E as sensações
Talvez este outrem
Experimenta toda vez
Que em teus braços
Dorme os meus sonhos
Que me são tão caros.

E então procuro aceitar
A minha condição.
Mas quem ama intensamente
É um poço de desrazão
E então se põe a lutar
Uma causa perdida
Apenas como justificação
Para não por fim a vida.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

LOUCA CAVALGADA

Ontem à noite, ouvindo rádio, eis que toca a música “CAVALGADA” de Roberto Carlos. E prestando atenção à letra, eu me pus a imaginar as cenas descritas pela canção – aliás, uma canção um tanto erótica, embora descrita com uma sutileza que só os grandes gênios podem criar. – E eis que ao findar a música ocorreu-me fazer um poema com o mesmo tema. E antes mesmo de acender a luz e pegar o papel e caneta sobre o criado-mudo, os versos abaixo já pipocavam em minha mente. Não ficou uma obra tal qual a canção de Roberto, mas não ficou de todo ruim.


Fecho os olhos no meio da noite
Quando a luz já foi deitar
E meus pensamentos aos pinotes
Em teu corpo nu vão cavalgar

Em teus lábios mato a sede
De teus beijos indecentes
Em teus seios amarro a cela
De meus impulsos galopantes

Em teus abraços digo enfim
Que a viagem noite adentro
Está bem próxima do fim

Mas é no meio de teus meios
Quando em teu corpo penetro
Que galopamos sem arreios