terça-feira, 19 de março de 2013

DE QUEM É A CULPA?


Para muitos, pode parecer um absurdo a declaração de membros do PSC, culpando o PT pela eleição de Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos. Se por um lado o PT não tem a menor responsabilidade na eleição desse cidadão para a Câmara dos Deputados, uma vez que tal escolha partiu dos eleitores que votaram nele e do PSC que o inscreveu, por outro lado, a fragmentação partidária pela qual o Brasil vem passando nos últimos anos levou o governo federal, que é do PT, a repartir os cargos das mais variadas comissões a fim de agradar os partidos que compõe a base aliada da presidenta Dilma, base essa da qual faz parte o PSC. É claro que o PT e os partidos maiores ficam com as comissões mais relevantes, deixando para os demais aquelas menos expressivas ou cujo orçamento é irrelevante como é o caso da Comissão dos Direitos Humanos, a qual sobrou para o nanico PSC. Nesse caso, realmente o PT tem sua parcela de culpa, mas nada disso justifica a indicação de um sujeito como esse Marco Feliciano para uma comissão tão antagônica ao seu pensamento. Nesse caso a culpa não só é em parte do eleitor, o qual não soube votar direito como também, e principalmente, do PSC por não indicar alguém mais envolvida com as principais questões discutidas nessa comissão. Assim, me parece que acusar o PT neste caso é tirar a responsabilidade de si e jogar para cima dois outros. Alias isso mostra que o PSC é uma legenda de quinta, comandado por um bando de radicais religiosos, e o qual não merecia estar representado no Congresso. Não há dúvida de que o Brasil precisa de uma reforma política urgente onde um mínimo de quociente eleitoral seja exigido para a representatividade no parlamento como ocorre na Europa.

domingo, 17 de março de 2013

ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 35

O meu destino dir-se-ia traçado. E o que me parecia uma oportunidade única para me fazer notar por Marcela, quando a convidei para o passeio de barco com o meu tio, acabou se revelando um verdadeiro desastre. E naquela ilha vi uma nova oportunidade de conquistá-la, de fazer com que pelo menos ela me desse uma chance; todavia, ao deixar que Luciana se intrometesse entre mim e ela, pus tudo a perder. E mesmo que conseguíssemos sair daquele lugar num curtíssimo espaço de tempo, minhas chances seriam quase nulas. Provavelmente aos seus olhos, Luciana era dona do meu coração, coração esse conquistado rapidamente nos últimos cinco dias. Eis a triste verdade! Aliás, se ainda me restava algo a fazer para reverter essa situação, deveria ser feito o mais breve possível, antes que tudo estivesse perdido para sempre. Mas o que fazer? Luciana exercia um poder sobre mim que eu não sabia como me desvincilhar. Dir-se-ia preso numa rede de pesca, arrastado por um grande navio pesqueiro. Ao longo da noite, não pensei em outra coisa a não ser nas palavras ameaçadoras de Luciana; palavras essas determinadas e claras como a luz do dia. Quase não preguei o olho. E quando chegou a minha vez de tomar conta da fogueira, passei a maior parte do tempo sentado, com os olhos na imensidão do oceano, embora a luz do luar fosse fraca e pouco contribuía para que eu pudesse enxergar alguma coisa ao longe. Jazia perdido em divagações. Aliás, no vazio que meus olhos alcançavam, os pensamentos ganhavam força e profundidade, meditativos para dizer a verdade, pois não havia com o que se distrair. E nessas meditações, nessa profunda compenetração procurei desesperadamente uma saída, feito uma vítima que, ao cair na teia da aranha, vê o predador se aproximar cada vez mais; ou feito aquele que, após um terremoto, é soterrado num porão e vê a necessidade de encontrar a qualquer custo uma passagem para não sucumbir de fome e sede.
Mas onde estava a saída? Pensei em chegar na Luciana e, olhando-a bem no fundo dos olhos, dizer-lhe para me deixar em paz, para não se intrometer nos meus sentimentos, e não tentar impedir-me de buscar a felicidade ao lado de Marcela; contudo, eu sabia não ser capaz. Bastaria uma única palavra mais dura para eu me calar, abaixar a cabeça e deixar que ela voltasse a dar as cartas. E certamente suas ameaças seriam mais amedrontadoras, coroadas de uma perversidade capaz de fazer gelar a espinha do mais insensível dos homens. Embora eu ainda não houvesse compreendido essa perversidade e não fizesse ideia de onde ela era capaz de chegar, sabia tratar-se de uma pessoa sem limites.
Ah, como fiquei angustiado naqueles instantes! Lembro-me inclusive, num momento de profundo desespero, de pensar em aproveitar um segundo de distração quando estivéssemos as sós e esmagar-lhe a cabeça com uma pedra. A imagem da pedra descendo-lhe com toda a força sobre a cabeça e o seu corpo arriando, feito um prédio durante uma implosão, formou-se no meu cérebro. Logo em seguida porém, tais pensamentos me assustaram, provocando-me uma vertigem. O leitor há de se lembrar do temor do inferno, de como praticar atos que contrariam a moral cristã me horrorizavam e me deixavam imponente. Só em pensá-los já me era motivo de culpa, quanto mais praticá-los. Talvez eu jamais tivesse coragem de fazer aquilo ou algo parecido. Na verdade, aquela ilha, de pouco em pouco e de forma quase imperceptível, consumia tudo o que adquirimos de civilizado anteriormente; contudo, em mim, a religiosidade parecia retardar esse processo como que uma capa protetora. Talvez, num momento de profundo desespero, até viesse a cometer um ato bárbaro como esse, uma vez que o ser humano nessas horas não passa de um simples animal, cujo instinto de sobrevivência fala mais alto.
A hora passou rápido. E quando olhei para o céu a fim de certificar se meu tempo de tomar conta da fogueira havia chegado ao fim, vi com espanto que pela posição das estrelas, este parecia ter findado há muito tempo. Levantei e fui chamar a minha prima para assumir o meu lugar enquanto eu deitava no seu. Embora houvesse feito uma série de melhorias na cabana, as “camas” continuavam insuficiente para nos todos; aliás, isso não era problema, uma vez que à noite um de nós sempre permanecia em vigília.
Acordei com a Luciana me cutucando. Tanto Marcela quanto Ana Paula continuavam deitas, com os olhos pregados, provavelmente dormindo. Aliás, esta última parecia roncar baixinho, indiferente aos raios de luz a atingir-lhe o rostinho.
-- O que foi? -- perguntei assustado, após um sobressalto. -- O que aconteceu?
-- Nada – respondeu ela, falando baixinho, com sussurros, como que para não acordar as outras duas. -- Vamos pegar alguma coisa para comer.
-- Mas já? -- Levantei ainda meio sonolento e, de pé, esfregando os olhos, acrescentei: -- Então vamos chamar as meninas.
-- Não precisa! Deixe elas dormindo. Daqui a pouco elas acordam. Até lá a gente da deve até ter voltado.
Naquele momento não me passou pela cabeça que por trás daquele convite havia outras intenções. Acredito que o fato de ter acabo de acordar tenha contribuído por isso ter passado despercebido, contudo, a minha inocência, a falta de malícia ainda tão presente nessa idade pode ter sido outro fator. A verdade porém foi que acreditei seriamente que Luciana tencionava tão somente apanhar algumas frutas. Como eu poderia saber que ela, enquanto tomava conta da fogueira – ela foi a última a assumir tal posto --, ficara maquinando um plano diabólico, uma forma de me arrastar para longe e mais uma vez me seduzir?
Hoje fico imaginando o porquê de tanto desejo por mim. Tratava-se apenas de uma curiosidade, de uma vontade de experimentar o que não teria como se não fosse naquela ilha? Ou teria ela plena consciência do que estava fazendo, e o fazia por prazer, porque era uma mulher capaz de passar por cima de qualquer coisa para alcançar seus objetivos? Essa dúvida paira sobre minha cabeça até hoje, embora outros acontecimentos que o leitor há de ter conhecimento no momento oportuno me inclinam para a segunda hipótese, uma vez que, na mais das vezes, ela demonstrava saber perfeitamente o que queria e estava fazendo.
Ah, querido leitor! Só fui me dar conta de suas intenções quando, após uns dois quilômetros, pouco antes de chegar ao destino, onde a faixa de areia era mais larga, Luciana parou diante de mim, como que para me impedir de continuar andando, deu um sorrisinho maldoso e disse:
-- Deixa eu ver como ele fica quando está pequeno.
Não encontro palavras para descrever o que senti. Lembro-me porém, de, surpreso, ficar sem ação. E fiquei imóvel como que paralisado, feito uma criança que, congelada de pavor, torna-se uma estátua. No entanto, não havia motivos para ficar assim. Afinal de contas ela já me vira nu mais de uma vez. Então por que fiquei paralisado? Por que não reagi de outra forma?
A resposta pode estar não só na surpresa, pois não esperava aquilo, como também nas palavras do dia anterior. Ela tinha total controle sobre mim. Podia fazer comigo o que bem entendesse. Eu tinha plena consciência de minhas fraquezas, de minha impotência diante dela. Talvez isso, ao saber que ela faria o que eu supunha e o que provavelmente ela tinha em mente, tenha me paralisado.
Ela por sua vez não esperou resposta. Aliás, talvez achando que meu silêncio fosse um sinal de consentimento (talvez consentir ou não nem lhe fizesse diferença), agarrou-me a borada da sunga e a puxou o bastante para que o pequenino falo, encolhido feito um animal medroso, ficasse a mostra.
-- Mais que coisinha mais pequena! -- exclamou, levando a mão à boca e tapando o sorriso.
Seu sorriso foi humilhante. Ah, como aquilo me doeu! Aliás, nem poderia ser diferente. Não há nada mais humilhante para um garoto nessa idade do que ser motivos de risos por causa do tamanho do pênis. É uma situação capaz de provocar danos profundos no futuro. Em pessoas assim, onde a timidez de vez ou outra aflora com intensidade, os danos psicológicos podem ser ainda maiores.
Tomado pela vergonha, pela humilhação, com os olhos prontos a se desfazerem em lágrimas, minha reação foi empurrar-lhe o braço e sair correndo.
Não me ocupei da direção, apenas saí correndo feito um animal em debandada, que se precipita morro abaixo, atropelando tudo que encontra pela frente.
Ainda houvi Luciana gritar por mim, pedir-me para esperá-la, contudo não queria que me visse chorando, com um ódio enorme no peito, com uma descomunal vontade de matá-la.

quarta-feira, 13 de março de 2013

NOVO PAPA: NOSSOS HERMANOS LEVARAM A MELHOR


Afinal, a eleição de um papa argentino pode acirrar ainda mais a rivalidade entre Brasil e Argentina, ao abrir mais um campo de disputa? É sabido que tudo que envolve os dois países acaba numa rivalidade. É assim no esporte, na cultura, na política e até mesmo na economia. E será também na religião? Pois agora nossos vizinhos poderão dizer: se deus é brasileiro, o seu representante direto aqui na terra é argentino. É claro que a rivalidade entre Brasil e Argentina é saudável e jamais afetou a relação entre ambos os países. Contudo, assim como os brasileiros não perdem uma oportunidade de caçoar os argentinos, os nossos vizinhos não a perderão com relação ao novo papa. E o pior é que o cardeal brasileiro era um dos favoritos, o que torna a vitória dos nossos hermanos ainda mais saborosa. Por mais que se diga que com religião não se brinca, o uso dessa escolha será usada para nos alfinetar. Por outro lado, a eleição de um argentino tende a aproximar os dois países, uma vez que há muita semelhança histórica, principalmente no tocante à ditadura militar, quando a igreja, tanto a argentina quanto a brasileira, foi conivente com os militares no poder; embora, nos últimos anos da ditadura, a igreja brasileira tenha se afastado e se oposto publicamente. Enfim, num caso ou noutro, tanto a igreja brasileira como argentina serão profundamente influenciadas pelo novo papa. E quanto à rivalidade, só o tempo dirá.

terça-feira, 12 de março de 2013

O JARDIM NO MEU PEITO

O jardim no meu peito
É um canteiro florido
Por ter na vida colhido
Rosas e margaridas

Se com o tempo murcharam
E suas pétalas então caíram
Na nova estação desabrocharam
Em lembranças perdidas

Por isso, mesmo fora da estação,
Meu jardim dá flores
Pois em meu coração
Há sempre muitos amores

Eu rego o meu jardim
Com o que há de melhor na vida
Pois não quero enfim
Ser um canteiro sem vida.

domingo, 10 de março de 2013

REPÚDIO AO PASTOR MARCO FELICIANO


A escolha do pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão dos Direitos Humanos não só é uma afronta à comissão como à toda a sociedade brasileira. Colocar tal sujeito na presidência dessa comissão é o mesmo que indicar o chefe de uma quadrilha de assaltantes como responsável pela segurança duma grande agência bancária. Por mais que este sujeito tente negar, fatos são fatos. E ninguém muda suas convicções em função de um cargo. E se mudar, isso só prova que o individuo vale menos ainda. Renegar suas declarações homofóbicas, seu preconceito racial e seu desprezo pelo ser humano é tentar nos fazer a todos de idiota. Aliás, não me parece o caso desse Marco Feliciano. Por mais que ele diga que cumprirá sua função de acordo com a lei, é sabido que nossos atos sempre condizem com aquilo que acreditamos. Ou seja: nossas opiniões influenciam nossos atos e atitudes, queiramos ou não. E não há a menor dúvida de que ele agirá com parcialidade. Agora, eu me pergunto como um sujeito desses chegou não só à presidência dessa Comissão como também ao próprio Congresso. Se a eleição dele para o parlamento já foi um erro absurdo, erro maior cometeram aqueles que o indicaram ao posto e depois o elegeram. E aí, em primeiro lugar, eu culpo o seu partido. Será que este partido (PSC) tem quadros tão ruins assim que não havia alguém melhor para ser indicado? Ou este sujeito, assim como ele fazia na sua igreja, enganava e extorquia as pessoas como falsas promessas? Pois acredito que as duas afirmações são verdadeiras. Ou seja: o partido é um lixo e ele ludibriou os colegas para obter essa indicação. Em segundo lugar, se a indicação não podia ser evitada, a eleição sim. Mas pergunto: por que o PSDB e o PV, partidos que se dizem progressistas, votaram à favor? Não foi porque o tal sujeito era a melhor opção evidentemente. Provavelmente este apoio foi com o intuito de afrontar o governo federal e criar fatos negativos para tentar atingi-lo. Enquanto isso, nós, o povo brasileiro e principalmente aqueles que dependem dessa comissão, somos feitos de idiotas e ficamos à mercê de um sujeito nojento como esse Marco Feliciano. É por isso que de vez em quando a política me dá nojo.

quarta-feira, 6 de março de 2013

VOCÊ ME FEZ NASCER DE NOVO


Às vezes, o desespero invade-me a alma de tal forma que a sinto dilacerar. O ceticismo, a crença no nada e na insignificância da vida entram em choque com um sentimento e o qual representa exatamente o contrário de tudo isso: o amor. E ao me aperceber que amar é dizer um sim à vida e a tudo de intenso e mágico que o amor possa nos proporcionar, sinto que talvez estivera enganado ao longo de todos esses anos. Talvez a vida me tenha deixado nesse vazio por tanto tempo justamente para, quando te conhecesse e assim viesse a experimentar o outro lado, ficar tão inebriado que não desejasse mais, nem por um segundo, aquela vida anterior.
Não posso negar o que passado não existiu e menos ainda negá-lo completamente, mas que proveito tirar daqueles anos onde naveguei à deriva nos mares da incerteza por tanto tempo? Tudo agora me parece coisa de outro mundo. É como se eu tivesse sido teletransportado e caído num outro planeta; num planeta igual ao nosso, onde as pessoas fossem as mesmas mas ao mesmo tempo fossem diferente, como se tudo tivesse uma nova perspectiva. Talvez eu até não esteja sabendo me expressar. Mas como expressar o que sinto se nem mesmo eu sei direito o que é? Sei que de repente o meu mundo, o qual não passava de um caos, encontrou uma estrela – a mais poderosa do universo – e pôs ordem em toda aquela confusão. Agora você é o centro de tudo, assim como o sol no nosso sistema solar. E tudo que eu faça, por mais insignificante que pareça ser, tem como centro você. Não que tudo que eu tenha feito até hoje fosse de fato tão importante assim, mas até aquelas coisas para as quais eu me importava de fato, dum momento para outro se tornaram tão sem sentido.
De um momento para outro, um sorriso teu, um olhar, um toque e até aquelas frases sem muito sentido tornaram-me importantes e cheias de símbolos. Uma roupa que você põe, a forma de pentear o cabelo e inclusive o teu silêncio entre uma frase e outra me passaram não só a serem notadas como amiúde preenchem meus pensamentos. Aquelas palavras tão apaixonadas, as tuas carícias, as quais me fazem experimentar um deleite inexplicável, e os teus beijos, todos eles me tornaram tão relevantes que se fixam na minha memória para sempre. Os dias, as semanas e os meses não são suficientes para apagá-los.
Quando estou só e então não consigo pensar noutra coisa que não seja em você, tua imagem me remetem a essas lembranças e então, com um prazer intenso, revivo cada um desses momentos. E como essas recordações me afetam, meu amor! Muitas vezes, sou tentado a sair correndo ao teu encontro, mesmo sabendo que por um motivo ou outro isso não é possível. Mas como explicar para minha alma, que não entende o porquê de você não estar sempre ao meu lado, que naquele momento isso não é possível? Que o meu “querer” vez ou outra esbarra no teu “poder”?
Enfim, meu amor... Eu nasci pela segunda vez quando te conheci. E posso te afirmar sem medo de estar enganado que tudo que eu poderia desejar na vida é tão ínfimo comparado com o teu amor. Amar, como os poetas gostam de declamar, talvez seja realmente isso: cair sempre no exagero. Mas existe algo melhor que do isso? Só se for te amar duas vezes. Isso porém é impossível. Meu amor por ti é tão imenso que multiplicá-lo por dois ultrapassa até mesmo a concepção do infinito. E isso vai além da incompreensão humana...

domingo, 3 de março de 2013

BRINCADEIRA DE CRIANÇA


Nada é tão sincero e natural
Do que o sorriso de uma criança
Quando a percepção do mal
Ainda não destruiu a inocência

Nada é tão belo e puro
Do que a seriedade das brincadeiras
Infantis. São tão seguros
E o faz de conta tão verdadeiro

Nada é tão incrível e excepcional
Do que aquele excesso de confiança
No brincar. E nem nos parece real
Por isso o vemos com desconfiança

Mas é aí que se constrói o futuro
Nesse mundo de brincadeiras
Os sonhos encontram um porto seguro
Para uma vida dura e verdadeira

sexta-feira, 1 de março de 2013

UM APAIXONAR-SE


Um sorriso
Um olhar
Uma razão
Para afetar

Um ver
Um querer
Uma sensação
De sonhar

Um abraço
Um beijo
Uma convicção
De amar

Um sim
Um enfim
Uma paixão
Sem parar