tag:blogger.com,1999:blog-30984201912746403502024-03-05T09:49:22.068-03:00Edmar GuedesApaixonado por literatura desde pequeno, começou a escrever as primeiras histórias aos 11 anos e desde então não parou mais. Parte desse material escrito nos últimos 30 anos você poderá encontrar aqui, inclusive trechos de obras que estão sendo preparadas para a publicação.Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.comBlogger344125tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-12148046607191144532016-03-03T19:31:00.001-03:002016-03-03T19:31:27.068-03:00O MUNDO EM DIREÇÃO AO ABISMO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/L0w6Dm2lN1F3vQZhupGPnIEBDOedCvPA4DegtZMEaen3LXEzLcnCGjVrHNlcIY_MpZ4f1RYEbi3V3l9I5PMSRqHLvpjqotW9SnukgRDdnU45lHuCYCrCdKN4a9YNycTi7fBtReTRprkrXgKNNaDzbidRbD22GFAPM-UCRQGL-0GJYiZBq-2lZlpW1TZwN18AEogYWi3Mi42ScXGNynZbS1QVvDRUDylCm4NTcqqSDo4VhdaTDbcm2CHVZ1IT7her8sTcgzRQyN-MtcG5fEyMaxvQat9ncz_YqNWg3FtRhlxWew5RVIQYsocpTV7MGJEIQmOUGIpqps-Y_vBKtEb6BSTj4yg2u1lieRAeHzIQ379D-Vm4_GiNZh9xGC9-ewXktdX0V1-KI2ko6EsU7904rOodLY4R5TeUadgW9VNg3WvGBlaFlnqmtakitEVD5kDeTS4qDPHQiI0W5XHFUF1exD3wQ9nYhasF5io3O--q8_WkoiwQxplKUc9PqoZimgcsBVPjg3Up-Jq9-KdR9UoMkgGCwnJrpQCQ3K7jEGxAL_rXrUgnydnfkyyiniLv4ANtol8Z=w300-h200-no" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/L0w6Dm2lN1F3vQZhupGPnIEBDOedCvPA4DegtZMEaen3LXEzLcnCGjVrHNlcIY_MpZ4f1RYEbi3V3l9I5PMSRqHLvpjqotW9SnukgRDdnU45lHuCYCrCdKN4a9YNycTi7fBtReTRprkrXgKNNaDzbidRbD22GFAPM-UCRQGL-0GJYiZBq-2lZlpW1TZwN18AEogYWi3Mi42ScXGNynZbS1QVvDRUDylCm4NTcqqSDo4VhdaTDbcm2CHVZ1IT7her8sTcgzRQyN-MtcG5fEyMaxvQat9ncz_YqNWg3FtRhlxWew5RVIQYsocpTV7MGJEIQmOUGIpqps-Y_vBKtEb6BSTj4yg2u1lieRAeHzIQ379D-Vm4_GiNZh9xGC9-ewXktdX0V1-KI2ko6EsU7904rOodLY4R5TeUadgW9VNg3WvGBlaFlnqmtakitEVD5kDeTS4qDPHQiI0W5XHFUF1exD3wQ9nYhasF5io3O--q8_WkoiwQxplKUc9PqoZimgcsBVPjg3Up-Jq9-KdR9UoMkgGCwnJrpQCQ3K7jEGxAL_rXrUgnydnfkyyiniLv4ANtol8Z=w300-h200-no" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d;">Independentemente de ser de esquerda ou direita, já que estes rótulos não fazem mais sentido hoje em dia, é preciso reconhecer que o capitalismo passa por uma grave crise, tão grave quanto aquela ocorrida entre as duas grandes guerras, onde o mundo mergulhou na maior crise de sua história, o que contribuiu significativamente para a eclosão da Segunda Guerra Mundial, embora não tenha sido diretamente a causa. Desde o desmoronamento do comunismo em 1989 dizia-se que finalmente o capitalismo triunfara. E de fato parecia uma verdade incontestável, embora o atual capitalismo não seja o mesmo que perdurou até meados da década de 50 do século passado. Para não sucumbir, acabou adotando medidas defendida pelos socialistas e fazendo concessões, como proteção aos trabalhadores, redução da jornada de trabalho e uma série de garantias trabalhistas. Nesse ponto, o socialismo teve o seu papel benéfico, pois humanizou o capitalismo, reduzindo a exploração da classe trabalhadora. No entanto, como Sistema Político, o socialismo fracassou ao se transformar em ditaduras implacáveis, disposta a sacrificar tudo e todos para a sobrevivência de quem estava no poder. Talvez o maior erro desse sistema, que prometia libertar os trabalhadores da exploração capitalista mas os transformou em escravos do sistema, foi justamente ir contra o que pregava: ao querer libertar o homem, acabou por transformá-lo num mero instrumento, em alguém que deveria sacrificar seus interesses particulares em nome do coletivo. Com o fim do socialismo, o capitalismo agora mais humanizado, prometeu a liberdade e a reumanização do ser humano, com ênfase no. individual E num primeiro momento, realmente cumpriu sua promessa. Mas encontrou os seus próprios limites. Sem um sistema que o ameaçasse, como ocorreu durante quase todo o século XX, o capitalismo começou a mostrar suas garras. A liberdade de certa forma permanece preservada embora muitas vezes essa liberdade não passe de ilusão, pois num mundo consumista e totalmente dependente de capital, quem não tem dinheiro está fora do sistema e portanto não é livre e nem levado em conta: vive-se uma liberdade aparente, já que o acesso a praticamente tudo depende de dinheiro. O mesmo vale para a reumanização do ser humano. Só se tem valor como ser humano se você tem algo a oferecer. Se não tem, você também não tem valor como pessoa e não passa de um estorvo, de um fardo que a sociedade é obrigada a carregar. O problema desse capitalismo pós 89 é que ele é faminto, nunca está satisfeito e quer cada vez mais. Ele visa maie e mais lucro, e tudo isso sem ser produtivo de fato. O Mercado Financeiro, e principalmente o especulativo, tornou-se a grande fonte de investimento. E como população em sua maioria não tem acesso ao Sistema Financeiro, a desigualdade social só se faz crescer. Há mais duas décadas que a diferença entre os mais ricos e os mais pobres não só vem aumentando como também em taxas cada vez maiores.. Isso em todos os países, sem exceção. Não por acaso, o berço do moderno capitalismo – os Estados Unidos – vê o contingente de pobres e miseráveis crescer de forma vertiginosa, isso com o PIB crescendo mais de 3% ao ano. Se não bastasse, cresce na mesma proporção a insatisfação social, gerando turbulências políticas cujas consequências são imprevisíveis. Talvez, antes que o sistema desmorone e leve o mundo a um novo conflito de proporções mundiais, cujos sinais são mais evidentes a cada dia, como a nova Gerra Fria entre Estados Unidos e Rússia por exemplo, o capitalismo encontre uma alternativa e procure se reinventar. Mas até lá o mundo vai passar um grande crise e por profundas transformações. Isso será inevitável.</span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-56023091679333766812016-03-02T21:12:00.000-03:002016-03-02T21:12:02.137-03:00UM VIR A SER TALVEZ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-QRk62y0Dhy4/VqPeHJs5J4I/AAAAAAAAJw4/QvXJCFijt7c/s1600/EMO-352.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://2.bp.blogspot.com/-QRk62y0Dhy4/VqPeHJs5J4I/AAAAAAAAJw4/QvXJCFijt7c/s200/EMO-352.jpg" width="150" /></a></div>
<i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Este momento,<br />Este agora <br />É tudo que tenho,<br />É tudo que preciso <br />Para me sentir vivo.<br />O amanhã é só<br />Uma possibilidade, <br />Um vir a ser talvez...</span></span></i>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-62362153006167737512016-03-01T17:58:00.001-03:002016-03-01T17:58:29.402-03:00O BRUSCO APAGAR DA CHAMA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-d21rob1roLc/VqPqDmtAmdI/AAAAAAAAJxI/nkRFSsOlkWE/s1600/akamitkumar347.blogspot.in.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-d21rob1roLc/VqPqDmtAmdI/AAAAAAAAJxI/nkRFSsOlkWE/s320/akamitkumar347.blogspot.in.jpg" width="213" /></a></div>
<span style="color: #073763;"><i><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">A vida, que flui do nada,<br />É mágica e bela até<br />Envolta numa jornada<br />Na qual há ciência e fé<br /><br />A vida é um fluir constante<br />Um rio ora de águas calmas<br />Ora um fluxo intermitente<br />Como o balançar das chamas<br /><br />A vida é uma enxurrada<br />Que colhe o que lhe estiver<br />Na frente. E assim acumulada<br />Faz de cada ser o que é<br /><br />Mas aí sorrateiramente<br />A morte à vida reclama<br />Num ato insignificante<br />Num brusco apagar da chama</span></i></span>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-55262988684155757152016-02-25T17:14:00.000-03:002016-02-25T17:14:09.796-03:00FOI A VONTADE DE DEUS<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Garamond, serif; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV8Bhp9JY7qAA0x2L5J-8ozRAwUJSUZW7vo6eHMjQ-LulLs91GsD3tYQSlc_N_4cnR_hh_120tEAEQdKhGKJ3v1qM4Ne1-QPm5qHmXAGux44z0s-TSEXv3JS7H-bZ0q7Nt103nPwGaIPk/s1600/vontadedeus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV8Bhp9JY7qAA0x2L5J-8ozRAwUJSUZW7vo6eHMjQ-LulLs91GsD3tYQSlc_N_4cnR_hh_120tEAEQdKhGKJ3v1qM4Ne1-QPm5qHmXAGux44z0s-TSEXv3JS7H-bZ0q7Nt103nPwGaIPk/s1600/vontadedeus.jpg" /></a></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Depois
de planejar por meses, uma família do interior decide passar o de
fim de ano na praia. É a primeira vez que os dois filhos do casal,
um garotinho de 7 anos e uma menina de 4 anos, terão contato com o
mar.</span></span><br />
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> Antes
da viagem, o automóvel, tirado num consórcio há pouco mais de um
ano, vai para a revisão. Afinal não se deve pegar a estrada sem
fazer uma revisão no carro. Ainda mais quando se transporta os
filhos e a esposa, uma senhora de 31 anos, que divide sua devoção
entre os filhos, o marido e Deus, frequentado a igreja uma vez por
semana em companhia da família.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> No
dia 22 de dezembro, após uma oração, eles saem cedo de casa. Seu
Roberto, como é conhecido no bairro, é um homem prudente que
respeita a sinalização e os limites de velocidade. Por isso sabe
que gastará mais tempo do que a maioria dos motoristas para fazer o
mesmo trajeto. Mas ele não se importa com isso. “Não se deve ter
pressa. O importante é chegar em segurança”. É o seu lema, o
qual costuma dizer aos amigos quando estes pegam a estrada.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> Apesar
do trânsito, a viagem até o litoral corre da melhor forma possível.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> E
durante aqueles 12 dias, a família se diverte como nunca. Vão à
praia quase todos os dias e passeiam pela cidade quase todos os
começos de noite. E tudo aquilo que a cidade oferece aos turistas,
aquela família procura desfrutar. Mas não esquecem de seus deveres
para com Deus e assim vão à missa de domingo.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> E
como todo passeio, aquele também chegou ao fim. Mas isso não foi
motivo de tristeza. No dia 2, acordaram todos antes da aurora e
pegaram a estrada de volta.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> Mas
não chegaram em casa.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> Numa
curva de um trecho sem acostamento, uma carreta, vindo em sentindo
contrário, fez uma ultrapassagem proibida e atingiu de frente o
carro onde jazia a família do Sr. Roberto. Tanto ele quanto a esposa
morreu na hora. A menina de 4 anos ainda chegou a ser levada com vida
ao hospital, mas morreu horas depois. O garoto de 7 anos, sobreviveu.
Mas uma fratura na coluna, na região do pescoço, deixou-o
tetraplégico. O motorista do caminhão, apesar da gravidade do
acidente, sofreu ferimentos leves, tendo de mais grave uma perna
quebrada, a qual se recuperou completamente semanas depois.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> No
seu depoimento, ele justificou a ultrapassagem da seguinte forma:</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> --
Não sei o que me deu na cabeça pra fazer aquilo. Talvez eu
estivesse um pouco cansado, já que tava dirigindo há mais de seis
horas sem parar. Parece que alguma coisa me levou a cometer essa
loucura... Talvez tenha sido a vontade de Deus...</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> Durante
o enterro daqueles inocentes, não faltou um ombro amigo que de uma
forma ou de outra tentava confortar os pais e avós daquelas três
vítimas da irresponsabilidade de um motorista. Ainda mais que eram
pessoas muito queridas na cidade, cuja morte chegou a causar uma
comoção.</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"> E
foram muitas as palavras de consolo. Mas o mais que se ouviu foi:</span></div>
<br />
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;"> “Foi
a vontade de Deus”.</span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-16526645389562951372016-02-16T22:52:00.004-02:002016-02-16T22:52:38.929-02:00CHAGA DOLOROSA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-XP7EOXUoKN8/Vo7BCAHeScI/AAAAAAAAJu8/ZW37gaPfuDE/s1600/solid%25C3%25A3o1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-XP7EOXUoKN8/Vo7BCAHeScI/AAAAAAAAJu8/ZW37gaPfuDE/s320/solid%25C3%25A3o1.jpg" width="228" /></a></div>
<i><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="color: #073763;">Não sei o que fazer<br />Com esse sentimento<br />Aqui no peito a roer.<br />Dói a todo momento<br /><br />É uma dor insana<br />Sem fim, sem uma pausa<br />Que até a alma desengana<br />Sem entender a causa<br /><br />Mas é no te querer<br />Sem te ter entretanto<br />A razão do sofrer<br />Sem apaziguamento<br /><br />Mas sei que a vida engana<br />Como espinho de rosa<br />Amar não é bacana<br />É chaga dolorosa</span></span></i>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-11985150810203119482016-02-14T10:36:00.003-02:002016-02-14T10:36:40.965-02:00A SEDUTORA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-RovjeUasNjc/VohJ0lgHCHI/AAAAAAAAJuI/5U0qpocGVqE/s1600/sensual11.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-RovjeUasNjc/VohJ0lgHCHI/AAAAAAAAJuI/5U0qpocGVqE/s320/sensual11.jpg" width="201" /></a></div>
<span style="color: #990000;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Não venha com esses olhos inebriantes<br />Seduzir-me assim. Sou fraco e até me deixo<br />Levar facilmente pelas deleitantes<br />Pulsões do prazer. Ah, e como me deixo!<br /><br />Árdua luta travo contra essa vontade<br />De me perder em ti, de me deixar<br />Sucumbir à tua pura sensualidade<br />Cujo deleite é o mais intenso que há<br /><br />Tuas carícias tão ternas e tão excitantes<br />Tem grande poder. E nesse meu desleixo<br />Onde se permite atos inconsequentes<br />Ajo como louco, como fora do eixo<br /><br />Mas essa loucura não é insanidade<br />É minha paixão que me faz renunciar<br />À razão, ao bom senso e à realidade<br />Para no teu gozo o meu se misturar</span></span>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-11702880470026663042016-02-12T19:04:00.000-02:002016-02-12T19:04:32.763-02:00O ZIKA VÍRUS E O FIM DA HUMANIDADE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-2bdd4R1p48A/VrE1PR4SvnI/AAAAAAAAJzY/TbdklUbPy7c/s1600/microcefalia1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-2bdd4R1p48A/VrE1PR4SvnI/AAAAAAAAJzY/TbdklUbPy7c/s1600/microcefalia1.jpeg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Após uma série de casos de microcefalia em recém-nascidos, parece não haver mais dúvida quanto à causa dessa deficiência genética, que provoca cegueira, surdez, retardamento mental, dificuldade motora entre outras, tornando a vítima num incapaz para o resto da vida, já que parece que o Zika vírus provoca os casos mais graves da doença E não há dúvida de que haverá milhares de casos de microcefalia não só na América Latina como em todo o mundo. Aliás, é imprevisível o que poderá ocorrer quando essa doença chegar à África e aos países mais pobres e populosos do planeta como a Índia e a China por exemplo. Será uma tragédia humanitária sem precedentes. O Zika vírus produzirá uma geração de incapazes, afetando profundamente as gerações futuras devido ao custo humano e financeiro para ligar com as vítimas desse nefasto vírus. E há ainda um outro problema: o baixo índice de nascimentos, provocados pelo aumento de abortos e o adiamento da gravidez com o temor da microcefalia, pois muitos casais adiarão seus planos de ter filhos. As taxas de natalidade nos países afetados deve cair consideravelmente nos próximos anos, levando inclusive a um crescimento populacional negativo. Veremos algo parecido com o que ocorreu com a Peste Negra na Idade Média. É bem possível que nas próximas décadas veremos um decréscimo da população de muitos países como já vem ocorrendo na Europa, embora por outros motivos. Então eu me pergunto: será o começo do fim da humanidade? Poderá o Zika vírus, aliado às mudanças climáticas, as quais já vem afetando o crescimento populacional do planeta, causar a extinção do homem? Não creio. Esses dois fatores por si só não são suficientes, mas certamente provocarão profundas mudanças sociais e econômicas nas próximas décadas, mudanças para as quais a maioria das nações não estão preparadas.</span></span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-70129338031643387852015-12-22T19:09:00.003-02:002015-12-22T19:09:47.202-02:00O VERDADEIRO MOTIVO DO IMPEACHMENT DA DILMA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-aCtvOiyRt08/VmdAbuGTWYI/AAAAAAAAJeE/0cttih2jUm4/s1600/dilma13.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-aCtvOiyRt08/VmdAbuGTWYI/AAAAAAAAJeE/0cttih2jUm4/s1600/dilma13.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #990000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Após a deflagração do processo de impeachment da presidenta Dilma, iniciou-se um embate entre os apoiadores da presidenta e os que se opõem ao seu governo. Os primeiros insistem na ilegalidade do processo, dizendo que se trata de um golpe, enquanto o outro lado insiste que há provas de que Dilma cometeu crime de responsabilidade e por isso ela deve ser cassada. Não sou especialista no assunto para afirmar qual dos lados tem razão, até porque nem mesmo os juristas mais renomados desse país se entendem; embora a maioria tenha se posicionada contrário ao impeachment. Mas até onde sei, Dilma realmente não cometeu um crime que justifique a perda de mandato. Mesmo que ela tenha praticado as tais pedaladas fiscais, ainda sim tenho de concordar com a maioria dos juristas que afirmam que ela não se beneficiou delas, portanto não praticou nenhum ato ilícito. No entanto, culpada ou não das tais pedaladas, o que está em jogo não é o crime em si. Aliás, isso é o que menos importa. Trata-se apenas duma desculpa para julgá-la pela péssima administração que vem fazendo. Como não há na Constituição nenhum tipo de condenação por inaptidão, incompetência e coisas do gênero, procura-se uma forma alternativa de tirá-la do poder. O processo conta Dilma é só mais um dos vários que vem ocorrendo na América Latina, onde governantes impopulares são destituídos pelo parlamento sem que tenham cometido de fato um crime; como ocorreu no Paraguaí, Equador, Bolívia, entre outros. Claro que a democracia brasileira é mais sólida do que nesses países e o processo segue plenamente a Lei. Ainda sim, o processo de impeachment é, na mais das vezes, um processo puramente político onde o presidente é destituído tão somente por ter perdido a capacidade de governar. E é o que se vê no processo contra Dilma. Afinal, ela cometeu algum ato que justifica a perda de mandato? Muito provavelmente não, mas ela perdeu a legitimidade. E este é o maior problema. Se ela vai ser cassada ou não é difícil saber. Vai depender do que ela ainda tem na manga para mostrar alguma força no parlamento. Se escapar do impeachment, Dilma sai fortalecida e finalmente pode começar a governar o país; se, por outro lado, for caçada, mostrará que a permanência dela no comando do país seria desastroso, pois estaria completamente isolada e sem a menor condições de governar. Esperamos que, para o bem do país, o processo seja rápido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-31825266312755216422015-12-20T22:46:00.000-02:002015-12-20T22:48:19.075-02:00SANGRANDO ILUSÕES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XIGYf4TT6SA/UBV0JR4oxDI/AAAAAAAADQE/xKSIe7gaZaU/s1600/solidao7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-XIGYf4TT6SA/UBV0JR4oxDI/AAAAAAAADQE/xKSIe7gaZaU/s320/solidao7.jpg" width="256" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Por que se preocuparem</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Com as minhas verdades?</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Se por minhas só serem</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Só a mim há utilidade?</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Por que então se importar</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Com a opinião alheia?</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Se isso não moverá</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nem um só grão de areia</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>De minhas convicções?</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Pobres almas que creem</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Ser melhor sua verdade,</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Quando aí não veem</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A mão da ingenuidade!</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Como podem deixar</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Correr dentro da veia</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Veneno que não há</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Pior? Pois fure tua veia</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>E sangre as ilusões!</i></span>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-85492256375465954352015-12-14T21:52:00.001-02:002015-12-14T21:59:49.445-02:00NIETZSCHE: O FILÓSOFO “POP”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-CnaB2cvwjJU/Vl7m8MoIxII/AAAAAAAAJbk/Zp43pZeFqIc/s1600/4D5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-CnaB2cvwjJU/Vl7m8MoIxII/AAAAAAAAJbk/Zp43pZeFqIc/s320/4D5.jpg" width="232" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif;">Nietzsche é um pensador que, diferentemente da maioria dos filósofos, não possui um pensamento conciso e ordenado. Toda a sua vasta obra é fragmentária e vez ou outra contraditória. Além do mais, por usar um estilo muitas vezes poético e metafórico, sua obra é de difícil compreensão, o que gera muitas interpretações equivocadas, desvirtuadas e não condizentes com o seu pensamento. Por isso, durante boa parte do século XX, seu pensamento foi usado para os mais variados interesses e fins como para justificar o autoritarismo e a perseguição aos judeus por exemplo. O caso mais notório é o uso de seu pensamento pelos nazistas, um uso que o próprio Nietzsche, temendo a deturpação de seu pensamento, fez questão de alertar meio século antes. Ainda hoje, com a enorme popularidade que Nietzsche e o grande interesse que sua filosofia desperta por se tratar de um pensador atual, é possível encontrar seu pensamento sendo usado para os mais variados fins e sendo usado para sustentar as mais diversas bandeiras. E porque isso acontece? Basicamente devido ao estilo usado pelo filósofo alemão em suas obras. O uso do aforismo – um texto breve, normalmente de cunho moral, que encerra na mais das vezes uma sentença filosófica – é a principal razão. Além do mais, Nietzsche é um dos poucos pensadores a abordar os mais variados temas em suas obras. Ao usar sentenças breves, mutias não passam de duas linhas, e de impacto, faz com que sejam de fácil leitura e memorização, mesmo que nem sempre o leitor compreende de fato o seu real sentido. Quem nunca ouviu falar que “toda a vida humana está profundamente embebida na inverdade”(1), “Quem não sabe pôr no gelo seus pensamentos não deve se entregar ao calor da discussão”(2), “A exigência de ser amado é a maior das pretensões”(3), “É mais fácil lidar com sua má consciência do que com sua má reputação”(4), “A decisão cristã de achar o mundo feio e ruim tornou o mundo feio e ruim”(5), “A humanidade prefere ver gestos a ouvir razões”(6), “Onde quer que a neurose religiosa tenha aparecido na terra, nós a encontramos ligada a três prescrições dietéticas perigosas: solidão, jejum e abstinência sexual”(7), “Não existem fenômenos morais, apenas uma interpretação moral dos fenômenos”(8), “Aprendemos a desprezar quando amamos, e justamente quando amamos melhor”(9), “As paixões tornam-se más e pérfidas quando são consideradas más e pérfidas”(10), “Pode-se recusar um pedido, mas nunca recusar um agradecimento”(11) e “Quanto mais alto nos elevamos, tanto menores parecemos àqueles que não sabem voar”? São por sentenças assim que Nietzsche caiu no gosto popular e se tornou um filósofo “pop” mas muito pouco compreendido infelizmente. E o que poderia ser um ponto a favor acaba se tornando um problema, já que se coloca na boca de Nietzsche aquilo de fato ele nunca disse ou pretendeu dizer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Notas</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>1. Humano, Demasiado Humano, Cap. I, aforismo 34</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>2. Humano, Demasiado Humano, Cap. VI, aforismo 315</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>3. Humano, Demasiado Humano, Cap. IX, aforismo 523</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>4. A Gaia Ciência, Livro I, aforismo 52</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>5. A Gaia Ciência, Livro III, aforismo 130</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>6. O Anticristo, aforismo 54</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>7. Além do Bem e do Mal, Cap. III, aforismo 47</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>8. Além do Bem e do Mal, Cap. IV, aforismo 108</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>9. Além do Bem e do Mal, Cap. VII, aforismo 216</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>10. Aurora, Livro I, aforismo 76</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>11. Aurora, Livro IV, aforismo 235</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>12. Aurora, Livro V, aforismo 574</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-41241767002103640742015-12-13T22:20:00.003-02:002015-12-13T22:20:52.419-02:00FOI DEMAIS PRA MIM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-mhcgVPvyxJI/VltL_Y6uf2I/AAAAAAAAJY0/0D9IlFz1eI8/s1600/nachuva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-mhcgVPvyxJI/VltL_Y6uf2I/AAAAAAAAJY0/0D9IlFz1eI8/s320/nachuva.jpg" width="240" /></a></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>A
chuva caindo naquela tarde cinzenta</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Era
um imenso mar de lágrimas descendo</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Pela
minha face tão cheia de tormenta,</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Vazia
de vida como se eu tivesse morrendo.</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Era
tudo tão sombrio, sem esperança</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Como
se de fato o mundo chegara ao fim</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>E
então ansiava por uma fatal sentença</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Que
à morte me levasse aquela dor enfim</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Como
pode ser o amor uma ferramenta</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Capaz
de causar tamanha dor? É sofrendo</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Que
o supremo valor da vida se apesenta?</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Nesse
viver contudo à morte querendo</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Mas
por que não querer? Só tem desesperança</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>No
meu sofrer. Perdê-la desse jeito assim</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Para
um amigo, no qual toda confiança</i></span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Eu
lhe depositava foi demais pra mim</i></span></div>
<br />
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-7575013432648301852015-12-08T21:28:00.001-02:002015-12-08T21:28:17.615-02:00ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 62<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Agora ela não vai se apagar tão cedo – disse com seus lábios sorridentes, quando me apanhou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ignorei-a e continuei em frente. Ela passou alegre por mim, virou e parou na minha frente. Com olhos perscrutadores e um sorriso desavergonhado, acrescentou:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Finalmente as sós, sem ninguém para atrapalhar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>No meu peito, as palpitações intensificaram. Experimentei um medo inquietante. Sabia que dessa vez não haveria escapatória. Desculpas não funcionariam. Correr e fugir só complicaria as cosias e só adiaria o inevitável. Teria de enfrentar aquilo e reviver os fantasmas do passado, por mais assombrosos que fossem. De forma que não fugi. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Se por um lado ela me manipulava e me forçava a fazer coisas que não queria, como Fabrício também fizera, por outro ela estava me dando a oportunidade de me colocar no lugar dele e assim experimentar as sensações que ele experimentara. E ainda mais: poderia descobrir o porque que ele gostava tanto de me possuir. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ainda me recordo de como ele confessara em uma das oportunidades, pouco antes de gozar em mim, que o meu cu era mais apertado e mais gostoso que uma boceta. Eu nunca pude compreender por que um homem podia preferir outro a uma mulher. Deus fizera o homem e a mulher para se unir e ter filhos. Era assim a natureza e a vontade Dele. Mas um homem com um outro homem? Tratava-se duma aberração, dum pecado sem tamanho. Eu sabia que meu primo era um garoto, embora mais velho do que eu, e que também já tinha se deitado com uma mulher; portanto sabia que deveria ser assim: um homem e uma mulher. Não dois homens. É por isso que eu não entendia como ele poderia fazer aquilo comigo. Eu não era mulher. Era seu primo. Tinha ido a sua casa para fazer-lhe companhia enquanto seus pais viajavam. Por que ele foi fazer aquilo comigo? Eu era um garoto bobo, inocente e muito ingênuo, mas era um garoto como qualquer outro. Por que ele quis fazer de conta que eu era mulher? Por que ele queria fazer aquilo o tempo inteiro? Por que me ameaçava e me coagia daquele jeito toda vez que eu recusava? Por que me agarrava a força quando eu dizia que não queria? Será que ele não via o quanto eu me sentia humilhado, sujo, pecaminoso ao ser usando daquela forma? Ele não se comovia com minhas lágrimas? Só sabia dizer: Para de chorar como uma mulherzinha, seu viadinho, sua menininha com pinto!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Essas perguntas ainda ecoam na minha memória até hoje, amigo leitor. Nunca fui capaz de me livrar totalmente delas. Ainda as carrego como um fardo, embora hoje a vergonha e o medo da danação eterna não me afligem mais. Aliás, o motivo por eu me sentir tão humilhado e ultrajado após Fabrício sair de mim não era só o fato de ter sido usado como uma mulher, mas o temor de um castigo eterno e a vergonha de meus pais. Acreditava que seria castigado eternamente por aquilo tanto quanto temia a humilhação e a vergonha, caso meus pais viessem a saber. Imaginava-os me castigando severamente e até me expulsando de casa por tê-los envergonhado. Eu me sentia mais culpado que o meu próprio primo, o qual não parecia sentir o menor remorso. Aquilo se parecia quase natural. Aliás, a culpa e o medo era a razão pela qual eu cedia tão fácil às ameaças dele. Se para ocultar aquele ato vergonhoso eu tinha de me sujeitar mais uma vez, que assim fosse. E foram muitas e muitas vezes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Embora Luciana quisesse que eu fizesse o que meu primo fizera, não via muita diferença na minha culpa. Deus me castigaria da mesma forma. Éramos homem e mulher, mas o que ela queria fazer era contra os ensinamentos de Deus. Onde ela queria meu pinto era um lugar imundo, feito para defecar e não para ser penetrado e receber a semente da vida. “Por que ela quer fazer isso? Ia dar certo os dois. Fabrício. Ele nela por trás, na bunda dela. Outras pessoas também gostam. Mas por quê?”, lembro-me de pensar. Se por um lado, em casa a sexualidade não fosse um tema discutido na minha frente, por outro, a curiosidade me levava a manter os ouvidos atentos não só no lar como entre os colegas de escola, principalmente aqueles das séries mais adiantadas. Súbito, conclui que era porque elas eram atentadas pelo diabo. Era ele quem induzia as pessoas a fazer isso para terem sua alma perdida. “Ele atenta elas pra roubar sua alma.”, foi minha conclusão. E me lembro de acrescentar quando Luciana abraçou e disse que queria um beijo: “Ela também tá possuída. Ele tá obrigando ela a fazer essas coisas. Por isso ela age assim. Por isso ela é tão má. Me atormenta também. O diabo. Ele quer usar ela pra roubar minha alma também”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Beijei-a.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ela premeu seu corpo no meu e roçou os quadris nos meus. Sabia que não podia lutar contra a natureza. Contra minha vontade, os instintos aflorariam e eu não poderia fazer nada. Assim, não tentei conter o excitamento, o qual foi rápido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Assim que eu gosto – lembro-me de ouvi-la dizer, quando, tomando pelo desejo, agarrei-lhe um dos seios e chupei o outro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Súbito, ela se desvincilhou, sentou-se na areia, deitou de barriga para cima e me chamou com uma voz meiga e submissa. Meus olhos escorreram por ela ali -- ela jazia aos meus pés -- e tive por um breve momento a percepção de fragilidade nela. Ela era uma mulher dominadora e manipuladora, mas ali parecia capaz de qualquer coisa para em ter.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ah, se eu soubesse manipular o seu igual como alguns fazem! Teria mudado não só o futuro dela como também o da maioria de nós. Mas eu não soube o que fazer com aquele momento de vulnerabilidade e fraqueza dela. Minha ingenuidade impediu-me barganhar, de tirar algum proveito daquela situação, como ela magistralmente fazia comigo. Por isso eu tenho de reconhecer que as pessoas manipuladoras já nascem com esse dom. Elas não deixam jamais uma oportunidade passar. E a todo momento veem como tirar benefício de uma situação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Agachei ao seu lado e deitei sobre ela. Após algumas carícias, penetrei-a, pensando que ela esquecera aquela história de “dar o cu”. E para evitar que ela relembrasse, ora beijava-a entusiasmadamente, ora lhe apertava os seios e os chupava de forma a provocar-lhe intenso prazer, o qual poderia levá-la ao gozo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Mas não funcionou. De repente, ela me empurrou para o lado e disse:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Agora quero que você faça por trás. -- Virou de bruços e abanou a areia das nádegas brancas. -- Quero experimentar. Você vai enfiar no meu cu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Mas vai doer, vai te machucar – falei, lembrando de como algumas vezes de fato foi dolorido e de como Fabrício realmente chegou a me machucar, principalmente quando, já deitados, prontos para dormir, ele vinha até mim, tirava a minha cueca e molhando insuficientemente o seu falo com a própria saliva, penetrava-me sem qualquer outro tipo de lubrificação, enquanto eu permanecia sob ele, calado, passivo, como que paralisado ou completamente imobilizado, apenas aguardando que ele terminasse o mais breve possível.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Como você sabe que dói e machuca?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Fiquei sem palavras, num embaraço sem precedentes. Era como se ela tivesse descoberto o meu segredo, um segredo que eu não revelaria por nada desse mundo. Preferia encarar a morte do que sofrer tamanha humilhação. Por isso, desconversei:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Não, eu não sei. Eu acho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Não, não vai doer e nem me machucar. Na minha classe tem um garoto, o Sandrinho, que é gay. É meu melhor amigo. E ele já transou com alguns homens. Disse que não dói e é muito gosto. É só você enfiar bem devagarzinho, com jeito. E se doer, você para – explicou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Tive alguma dificuldade em penetrá-la, pois meu falo ainda imaturo era muito fino e não tinha a resistência de um rapaz ou de um homem mais velho. E quando a penetrei as sensações a as lembranças do passado confundiram-se de tal forma que eu não sabia o que era novo ou experiência vivida. Ao mesmo tempo que descobria um mundo de sensações, sensações experimentadas tão somente pelo meu primo quando me penetrava, velhas sensações também vinham à tona. E embora fosse Luciana a experimentá-las (aliás com um certo receio no início, mas depois intensamente) eu não podia deixar de senti-las presente. Cada movimento do meu falo remetia-me aos movimentos do falo de meu primo em mim, confundindo as sensações. E então eu me punha no lugar dela. Talvez até seja um exagero, mas era como se não fosse o meu falo a penetrar ânus de Luciana, mas um outro falo a penetrar o meu. Havia momentos em que a sensação de algo a se mover entre minhas nádegas era tão real que o meu ânus se contraia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Talvez se meu primo não tivesse me tratado com tanta indiferença e me possuído como se eu fosse um objeto que se usa e depois descarta; pois, ao atingir seu objetivo, abandonava-me de tal forma como se eu simplesmente desaparecesse como num devaneio ou como se eu fosse um brinquedo que se abandona depois de não o querer mais, o meu destino e minhas escolhas teriam sido outras. Afirmar que eu teria me tornado um gay não passa de especulação, mas, ao longo de todos esses anos, tal questionamento foi feito por incontáveis vezes, principalmente quando eu deparava com um homossexual da minha idade. E se em todas as vezes que ele me possuiu tivesse sido carinhoso, demonstrando algum tipo de consideração e feito daquele ato um ato de amor? Afinal, ele me possuiu mais de uma dezena de vezes e só em três dessas oportunidades demonstrou algum carinho. Se é que posso chamar aquilo de carinho. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A primeira delas foi na segunda vez em que transamos. Tínhamos acabado de deitar, depois de ficar brincando até tarde. Súbito, ele saltou de sua cama para a minha, abraçou-me, e chamou-me para “namorar” (foi a única vez em que usou essa palavra. Assim como eu, também ele usava somente uma cueca, pois fazia um calor terrível naqueles dias; mas mesmo assim pude senti-lo excitado, pois não fez questão de ocultar isso. Ele me acariciou as penas, as nádegas e arrastou-se para cima de mim. De frente um para o outro, nossos olhos se cruzaram. Ele deu um sorriso estanho (hoje eu sei que era voluptuoso e com segundas intenções) enquanto o meu escapou timidamente, cheio de vergonha. Ele me beijou. Sem saber como agir, correspondi ao seu beijo. Aliás, usou isso com uma estratégia, pois enquanto nos beijávamos, sua mão encontrou a minha cueca e a puxou para baixo, até os joelhos. Seus lábios abandonaram os meus e deslizaram pelos meu pescoço e sua língua encontrou minha orelha. Súbito, ele ergueu a cabeça, olhou-me novamente nos olhos e seus lábios famintos, cheios de volúpia, buscaram os meus. Uma de seus braços enlaçava-me o pescoço e eu o abraçava-lhe o dorso com os dois como se fossemos um casal. Enquanto sua língua procurava a minha, senti-o erguer os quadris e empurrar a sua peça de roupa pernas abaixo. Quando seus quadris abaixaram, senti seu falo teso e úmido tocarem-me os testículos e deslizar para baixo, a procura do ânus. Tentou me penetrar assim, nervoso e desajeitadamente, mas não obteve sucesso, nem mesmo comigo facilitando as coisas, ao afastar um pouco as pernas, pois não me ocorreu que ele fosse realmente me penetrar. Pediu-me para virar e não houve mais carícias. Apenas seus braços me envolveram fortemente; na verdade, para se firmar enquanto a parte inferior de seu corpo premiam minhas nádegas, no meio das quais eu sentira o ir e vir de seu falo impaciente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A segunda vez foi no dia seguinte, à tarde, no banheiro. Embora eu procurasse me esquivar, ele não perdia a oportunidade de agarrar-me por trás. Isso o excitou em dado momento. Lembro-me de ouvi-lo proferir: “Tô num tesão danado. Olha como o meu pau tá duro. Pega nele para você ver”. Incapaz de recusar, segurei-o com dois dedos. Estava. Antes que eu tirasse a mão, segurou os meus dedos e mexeu-os para frente e para trás, gemendo. Entreolhamo-nos e antes que eu pensasse em escapar, seus lábios avançaram sobre os meus. Foi apenas um beijo, embora não tenha sido breve como os primeiros. Então ele me disse para virar. Ainda me lembro de como ele acrescentou em tom jocoso: “Vou te dar um pouco do meu leitinho”. Virei, apoiei as mãos na parede e ele teve o seu gozo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A terceira vez que me fez algum carinho, foi dois dias depois. Nazaré, tinha ido ao correio e ao mercado. Era um final de tarde. Estávamos sentados frente a frente no chão da sala jogando pega varetas. De repente, sua mão escorregou por uma das minhas coxas. Surpreso, olhei para ele. Ele sorriu e me atirou um beijo. Envergonhado, abaixei a cabeça, como se o ignorasse. Ele se aninhou do meu lado e beijou-me várias vezes na nuca e no rosto, deslizando seus dedos pelas minhas coxas, a fim de me excitar. De repente, seu rosto surgiu na minha frente e sua boca procurou a minha. Embora fossemos homens, ele gostava de me beijar como se eu fosse uma garota. Enquanto beijávamos, suas mãos continuavam a escorregar para lá e para cá nas minhas coxas e minhas nádegas. Foi uma das raras vezes em que fiquei muito excitado, a ponto de superar a timidez, o medo do castigo divino, e desejá-lo. Talvez porque também foi a única vez em que disse que meu corpo era bonito e minhas coxas excitavam-no e minhas nádegas eram macias e gostosas. Chegamos a ficar nus ali, mas por precaução, convidou-me para seu quarto, onde dormíamos e para o qual fui de bom grado. Diferentemente do que costumava fazer, não deitei de bruços. Havia gostado das carícias na sala e queria mais. Ele não me pediu para virar. Deitou sobre mim e continuamos a nos acariciar entre o beijo e outro. Aliás, cheguei a acariciar-lhe o falo por alguns instantes, imitando-o, já que ele havia pego o meu e também o acariciava. Ele por sua vez abandou o meu falo e voltou para as coxas e as nádegas, acariciando-as a maior parte do tempo, chegando inclusive a procurar-me o ânus e introduzir-lhe um dedo. Isso me levou a abrir-lhe as pernas para que me penetrasse. Seu falo chegou a entrar, mas não o suficiente. A posição atrapalhava. Por isso ele mandou eu dobrar as pernas e segurá-las na região dos joelhos. Penetrou-me mais profundamente do que havia conseguido até então. Talvez por estarmos de frente um para o outro, voltou a me beijar. Pouco depois porém, ele teve o seu deleite, saiu de mim, vestiu a cueca e de forma dura, como muitas vezes fazem os homens rústicos com as prostitutas, ordenou: “Anda! Levanta, seu bichinha! Antes que a porra escorre do teu cu e suja a minha cama”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não há dúvida de que isso contribuiu para que minhas lembranças daqueles momentos fossem as mais desagradáveis possíveis. Se tivesse sido diferente, talvez eu não teria me recusado a passar as próximas férias em sua casa, apesar do convite de meus tios e da insistência de meus pais. Pois eu sabia que se fosse, Fabrício, agora seis meses mais velho e com 14 anos estaria provavelmente mais insaciável, dominar-me-ia ainda com mais facilidade e descarregaria em mim suas taras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Luciana não era vítima da timidez, não estava limitada por ela e nem era escrava de seus temores. Por isso não se manteve passiva como eu. Não ficou apenas esperando, esperando que aquilo terminasse, como eu fiquei tantas vezes. Ela queria sentir prazer e o procurou, exigindo de mim que lhe desse. Em dado momento, pediu-me para enfiar a mão por baixo dela, ir até o meio das pernas, introduzir o dedo na “xana” e mexer ele para frente e para trás. Fez questão de mostrar aonde e como o dedo deveria passar, já que para mim não fazia a menor diferença passá-lo num lugar ou noutra, uma vez que jamais ouvira falar do clitóris.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O gozo dela acabou levando ao meu. E quando este aconteceu, o passado ficou de lado e não me assombrou mais, pelo menos naquele momento. Então pode experimentar todo o deleite que meu primo experimentara todas as vezes que me possuíra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não sei se foi a imaturidade ou a inexperiência a razão pela qual não consegui ver muita diferença entre possuí-la de uma forma ou de outra. Claro que havia diferença. Das outras vezes, eu a possuíra de frente, ora olhando-a nos olhos, ora fitando as expressões de seu rosto, ora contemplando os seus seios, ora beijando seus lábios, ora lhe chupando os mamilos já que isso me dava prazer. Dessa vez, porém, isso não foi possível. Havia o prazer de vê-la de costas, sem seus braços a enlaçar, sem seus olhos a me observar, o que me dava a sensação de poder sobre dela, um poder que eu jamais experimentara. Talvez o prazer maior estivesse nisso, pois eu estava no controle, comandando os movimentos. Contudo, havia uma outra fonte de prazer, a qual contribui até mais para que aquele ato tenha sido diferente: as nádegas. Aliás, era por causa das minhas nádegas que meu primo tanto gostava de me possuir. Ele chegou a confessar isso mais de uma vez. E ali, sobre Luciana, sentindo os meus quadris socarem aquelas nádegas brancas e macias, experimentei um prazer que ainda não havia experimentado, um prazer intenso, que num primeiro momento não associei ao coito anal, e sim a sensação de poder que aquela posição me dava. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ainda sobre ela e agora sem o domínio dos instintos, ao refletir e tentar entender as razões de meu primo, conclui que precisava experimentar de novo. Precisava tirar a prova e quiçá livrar de meus fantasmas, os quais começavam a se desfazerem. E se não fosse com Luciana, seria com minha prima.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> Diferentemente de Fabrício, não me levantei e abandonei Luciana a própria sorte, deixando-a com aquela terrível sensação de abandono. Permaneci-lhe sobre algum tempo, talvez porque estivesse tão acostumado a obedecer ordens que tenha ficado esperando que ela me mandasse sair, o que de fato aconteceu algum tempo depois.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Chega, vai! Tira isso aí do meu cu. Já tá me incomodando – disse ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Rolei para o lado e fiquei estirado na areia, olhado para o céu, no qual formavam-se algumas nuvens escuras, apesar de nada indicar que fosse chover.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O silêncio nos envolveu e por algum tempo ficamos pensativos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Você gostou? -- perguntou ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Eu? -- exclamei, surpreso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- É. Gostou de foder o meu cu? -- fez questão de explicar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Gostei.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Eu também. No começo, achei estranho. Mas quando você enfiou o dedo na minha xana e ficou mexendo, foi ficando bom. É diferente! Parece que dá mais prazer. Não sei direito. Depois vamos fazer de novo. -- Virou-se de frente para mim, aninhou em meus braços e apoiou a cabeça nos meus peitos. Parecia tão feliz e apaixonada. -- Quero ver se vou sentir isso de novo. Você faz comigo de novo amanhã?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Poderia ter dito que não, mas diferentemente do que sentira até então, estava em paz e não havia aquela sensação de culpa que toda vez me invadia após o ato sexual. Havia uma transformação em curso dentro de mim. Era como se realmente os fantasmas do passado começassem a desaparecer. Por isso respondi:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Se você quiser, eu faço.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ela me beijou carinhosamente e numa das raras oportunidades, disse:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Te amo, sabia!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não respondi. Não queria mentir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Fez-se um novo silêncio. Sua mão acariciava-me a face e a minha deslizava por suas costas, indo até as nádegas e voltando até a altura do pescoço.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ficamos assim por algum tempo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Mas não podíamos ficar para sempre. Não tardaria a anoitecer e eu precisava garantir o jantar, caso as meninas não encontrasse nada para comermos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- Precisamos pescar – falei.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Ela me deu um beijo, se levantou e disse com naturalidade, com uma naturalidade que só as putas mais experientes são capazes de ter.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-- E eu preciso cagar tua porra! Ela já está começando a escorrer pela minha bunda. -- disse ela com naturalidade, como se falasse de algo trivial. Aliás, isso me fez ficar com uma sensação de nojo, pois ela usara praticamente as mesmas palavras de meu primo que, após sair de cima de mim, costumava dizer: “Vai no banheiro, senta no vaso e faz força pra tu cagar a minha porra que eu gozei no teu cu senão ela via ficar escorrendo depois”. Embora só tenha dito isso nas primeiras vezes, depois eu já sabia o que tinha fazer, apesar de não ter feito por duas ou três vezes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-3403026789605324842015-11-30T21:58:00.004-02:002015-11-30T21:58:43.972-02:00QUANDO A SAUDADE É INSUPORTÁVEL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-SQE6JB91LJk/T1N8kfgu9OI/AAAAAAAACAM/DXORZZudx98/s390-Ic42/saudades%252520de%252520um%252520amor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://3.bp.blogspot.com/-SQE6JB91LJk/T1N8kfgu9OI/AAAAAAAACAM/DXORZZudx98/s390-Ic42/saudades%252520de%252520um%252520amor.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Eu
vejo os dias passarem, na expectativa de poder te reencontrar, de me
atirar em teus braços e, olhando bem fundo nos teus olhos
brilhantes, dizer-te o quanto te amo e o quanto me foi difícil e
doloroso passar todos esses dias sem você, meu amor.</span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Eu
até tento encontrar um meio de me distrair ou alguma coisa com a
qual me ocupar para não ficar todo o tempo com os pensamentos em
você, mas confesso que não consigo, pois as mais comuns e
insignificantes coisas me trazem à memória a tua lembrança. Ah,
meu amor! Tudo parece me levar a você. Muitas vezes, eu digo a mim
mesmo: "Não adianta, não posso estar com ela agora", mas
o meu coração teima em não me ouvir. Ele é como uma criança
teimosia e mimada que só quer saber de suas vontades.
</span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Ah,
meu amor! Como é horrível querer estar com uma pessoa e não poder!
Fico pensando em todos os momentos que poderia estar contigo,
cobrindo-te de carinhos e beijos, vendo o teu sorriso, ouvindo a tua
voz estonteante dizendo-me coisas insignificantes mas que para mim é
de um valor inestimável, pois tudo que me diz respeito a você é
importante para mim.
</span></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Eu
não sei se você sente essa falta que eu sinto de ti, mas se sente,
então sabe do que eu estou dizendo. E se é assim, seus dias também
são aflitos que nem os meus e a espera tem um sabor amargo, onde o
dia seguinte será tão ou mais doloroso que o anterior.</span></div>
<br />
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4c1130; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Mas
eu sei que essa separação não será duradoura. Brevemente vou
poder estar aí contigo e então compensaremos todos esses dias que o
destino nos separou, interpondo a distância entre nós só para nos
mantermos afastados. Talvez não possamos recuperar todo o tempo
perdido, mas tentaremos recuperá-lo ao máximo. Enquanto isso,
enquanto a distância nos mantém longe um do outro, tento pelo menos
acalentar-te. E esta carta ao menos te dará uns momentos de alegria,
mesmo que sejam poucos, e lembrar-te-ão que estar longe de ti só
faz o meu amor maior e mais forte.</span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-56937856831027999392015-11-29T17:08:00.000-02:002015-11-29T17:08:24.282-02:00OUTRAS FORMAS DE DEMONSTRAR AMOR
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zo0uhPj7Y3M/Vj-uVvAcU1I/AAAAAAAAHvQ/Ara30bgbSvM/s1600/bragadecasal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="201" src="http://3.bp.blogspot.com/-zo0uhPj7Y3M/Vj-uVvAcU1I/AAAAAAAAHvQ/Ara30bgbSvM/s320/bragadecasal.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #990000; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo, esse inimigo impiedoso de todos
nós, é capaz dos mais profundos danos não só em nosso passado,
nossa história e nossas lembranças, apagando e envolvendo nas mais
profundas brumas tudo que ficou para trás, como também tem um
efeito devastador sobre o nosso dia a dia. Principalmente num
relacionamento amoroso, onde a rotina tem um papel semelhante, senão
maior, em provocar desgastes e levar ao esfriamento da paixão, a
qual é forjada nas mais intensas chamas. Isso deveria ser encarado
com mais naturalidade pelas partes envolvidas, já que os sentimentos
não são eternos e, por serem fruto de reações químicas no
cérebro, tendem a perder força com o passar do tempo. Afinal não
existe fogo que arde eternamente. Aliás, o tempo não afeta só os
sentimentos, mas nossas ideias, nossas percepções e nossas reações
diante de qualquer estímulo. O problema é que a maioria das pessoas
não dispõe desses conhecimentos e são incapazes de compreender
tais mudanças. E isso faz com que muitas vezes uma parte acuse a
outra de falta de amor, atenção, carinho, alegando que não a ama
mais, o que pode até ser verdadeiro. Na mais das vezes porém, a
coisa não é bem assim. O fato de a paixão ter esfriado não é
sinal de falta de amor. Há tantas outras formas de demonstrar amor
sem que essas envolvam diretamente o sentimentalismo. O respeito, o
companheirismo, o apoio, a compreensão, a atenção, o respeito, a
renúncia entre outros também é forma de demonstrar amor. O que
acontece é que, para algumas pessoas, isso passa despercebido ou até
mesmo não tem importância alguma. Mas para outras isso tem um
significado muito grande e lhe pode custar mais do que simples jogar
palavras da boca para fora. De forma que, se uma pessoa já não
demonstra seu amor através de palavras e carícias, pode ser que ela
esteja demonstrando de outra forma. E pode ser que o outro
simplesmente não esteja vendo isso.</span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-80059370413266402742015-11-24T18:00:00.001-02:002015-11-24T18:00:44.697-02:00PARIS: ÓDIO À LIBERDADE E À DEMOCRACIA
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaS2sWfwQnYIRTdjNoQ28iObSEkMXmdb9TC3MknVYcBh3wFtRMwLCt9utJJ6vKOzPArHBtJleQcqYGtUg__qIniaDn8C09A1bocidLGpQVWAU-3KcN27qSNsIofHRYFIXLl0ez3nWBy7o/s1600/ataqueparis.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaS2sWfwQnYIRTdjNoQ28iObSEkMXmdb9TC3MknVYcBh3wFtRMwLCt9utJJ6vKOzPArHBtJleQcqYGtUg__qIniaDn8C09A1bocidLGpQVWAU-3KcN27qSNsIofHRYFIXLl0ez3nWBy7o/s320/ataqueparis.jpeg" width="320" /></a></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Dez
meses depois, a França sofre um novo ataque terrorista promovido
pelo Estado Islâmico, matando até o momento 129 pessoas. E
justamente a França que é um país democrático, tolerante,
multirracial e berço da luta pelos direitos humanos. Nenhum país
merece uma barbárie dessas, menos ainda a França. Mas terroristas
não escolhem vítimas e muito menos o país. Querem apenas promover
o caos, a comoção popular e combater a liberdade, a igualdade e a
fraternidade. É um dos poucos meios que dispõem para chamar a
atenção, para mostrar alguma força. Embora não pareça, no fundo
os líderes dessa organização terrorista sabem que não vão chegar
a lugar algum, que lutam uma guerra perdida. Por isso, eles usam os
meios mais bárbaros para demonstrar força e poder, seja nos
territórios onde dominam, seja nos lugares mais democráticos do
mundo. Aliás, nada lhes é mais perigoso que a democracia. Eles a
temem tanto, ou até mais, quanto temem o Diabo. A escolha da França
não foi um acaso. Os franceses fazem parte da coalizão que vem
promovendo ataques aos territórios dominados por esses terroristas.
E de todos os integrantes da coalizão, a França talvez seja o país
onde os terroristas teriam maiores chances de serem bem sucedidos e
onde poderiam causar maior comoção. Talvez os EUA fossem o alvo
desejado, mas o sistema de vigilância norte americano certamente
frustraria qualquer tentativa de um ataque de grandes proporções.
Nos outros países da coalizão, um ataque assim talvez até
provocasse mais danos e mortes, mas não teria o mesmo efeito e no
ocidente isto seria mais uma notícia corriqueira, sem muita
relevância. Daí a França. E de fato conseguiram o que desejavam.
Não resta dúvidas de que foram bem sucedidos. Resta saber o que os
franceses farão. Somente uma resposta capaz de provocar perdas
incalculáveis ao Estado Islâmico fará com que desistam de novos
ataques. Talvez o mais sensato a fazer seja o envio do que há de
mais moderno em armamento bélico e de um grande contingente de
tropas para lutar em várias frentes, em conjunto com o exército
iraquiano numa das frentes e com os curdos em outra. Chegou a hora de
reconhecer que ataques aéreos por si só não vai derrotar esses
terroristas, pois tendem a se dissiparem e combater os inimigos com
atentados terroristas. Só há um meio de acabar com isso:
dizimando-os. Ou isso ou é só questão de tempo para novos
atentados terroristas. A França está numa encruzilhada e se deseja
continuar a ser um exemplo de tolerância e democracia terá de fazer
sacrifícios. Não há outra saída.</span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-85444354605401209062015-11-23T20:05:00.000-02:002015-11-23T20:05:14.298-02:00LONGA ESPERA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg79tG3FV1qWjxK-jF76srM6vlEXh3sTsRMxByFSI1nRyuHawqcj_myVmW0Do6aa9D3B44zbs08jMJKOeK6YBjjaJkx-8kOUAQMsw_CLAR1BurAKPtfBA4ZGDPNthXAaxl_t06g3A6XIMY/s1600/espera+mulher+amada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg79tG3FV1qWjxK-jF76srM6vlEXh3sTsRMxByFSI1nRyuHawqcj_myVmW0Do6aa9D3B44zbs08jMJKOeK6YBjjaJkx-8kOUAQMsw_CLAR1BurAKPtfBA4ZGDPNthXAaxl_t06g3A6XIMY/s320/espera+mulher+amada.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #660000;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Deixo tristemente o dia passar<br />Com um profundo aperto no peito<br />E a saudade prestes a me dar<br />Um desatino que não tem jeito<br /><br /> Como será que ela está?<br /> O que deve tá fazendo?<br /> Em mim pensando estará<br /> Como nela estou pensando?<br /><br />Eu faço tantas indagações<br />As quais não me tranquilizam a alma<br />Novas e novas inquietações<br />Arrancam-me o que resta da calma<br /><br /> Eu preciso dela já<br /> Pois muito estou sofrendo<br /> Por que não deixa pra lá<br /> Logo tudo e vem correndo?<br /><br />O dia passa. Nada dela chegar<br />No ouvido um diabinho diz: “bem feito!<br />Para ti ela não vai mais voltar”<br />Mas tais palavras eu não aceito<br /><br /> Sim. Eu sei que ela virá<br /> E já deve tá chegando<br /> Ela não me deixará<br /> Com o coração sangrando<br /><br />Chega a noite e minhas desrazões<br />Ardem na mais inquietante flama<br />Uma ligação dá-me as razões:<br />Num assalto, roubaram-lhe a chama</span></span>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-28927277155940869272015-11-22T15:14:00.000-02:002015-11-22T15:14:08.705-02:00AGARRANDO-SE AO PASSADO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-COdHHOQVshY/VjkWBy5QsHI/AAAAAAAAHuE/09N4zfzig94/s1600/voltaaopassado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-COdHHOQVshY/VjkWBy5QsHI/AAAAAAAAHuE/09N4zfzig94/s320/voltaaopassado.jpg" width="213" /></a></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nas incansáveis viagens ao passado</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Eu tento trazer de volta as lembranças</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Daqueles momentos ali guardados,</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Dos quais a saudade sem fim é imensa</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>É uma busca inútil, infelizmente</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Já que o passado não volta jamais.</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Ainda sim procuro insistentemente</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Vivê-los nem que seja uma vez mais</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A força com que neles eu me agarro</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Dir-se-ia dum Hércules -- de tão
grande.</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>E embora tudo me seja tão caro</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>E sofrível. Aí minh'alma se prende</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Mas quem caminha rumo ao fim certo</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Sem muito mais esperar desta vida</i></span></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Melhor porto é o passado decerto</i></span></div>
<br />
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Pra se crer que a vida não foi perdida</i></span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-7467196618817751052015-11-11T22:29:00.002-02:002015-11-11T22:29:31.218-02:00QUADRINHA DE AMOR(22)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-5Y76gT-k9kc/ViPMkJXc_gI/AAAAAAAAHsU/jfM_jFPlJ5Q/s1600/sonhado%2Bacordado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="http://3.bp.blogspot.com/-5Y76gT-k9kc/ViPMkJXc_gI/AAAAAAAAHsU/jfM_jFPlJ5Q/s200/sonhado%2Bacordado.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Esta é mais uma das quadrinhas de amor de minha autoria. Para quem não sabe, a quadrinha de amor é composta de 4 versos com 7 sílabas poéticas. </span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i><span style="color: #990000;">Quero sonhar acordado </span></i></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i><span style="color: #990000;">Com uma garota bem linda </span></i></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i><span style="color: #990000;">E quando a tiver achado </span></i></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><i><span style="color: #990000;">Amá-la-ei por toda a vida</span></i></span>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-59153123150059235602015-11-10T23:22:00.000-02:002015-11-10T23:22:21.452-02:00A REVOGAÇÃO DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-WZYvnd5piqU/VjKyqiKSbzI/AAAAAAAAHs8/S2IpxKHh_nQ/s1600/pistola%2Bautomatica.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-WZYvnd5piqU/VjKyqiKSbzI/AAAAAAAAHs8/S2IpxKHh_nQ/s320/pistola%2Bautomatica.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #274e13;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Talvez de todos os erros cometidos pelo parlamento brasileiro ao longo de sua história, o maior venha a ser o projeto de lei que revoga o Estatuto do Desarmamento, pois trata-se de um enorme equivoco achar que armar a população irá reduzir a criminalidade. Digo equivoco porque é um enorme absurdo achar que o alto índice de violência e criminalidade presente na sociedade brasileira é em grande parte fruto da impossibilidade de reação das vitimas por estarem desarmadas. O fato de uma pessoa está ou não desarmada não irá impedir um criminoso de cometer crimes; pelo contrário, irá torná-lo mais violento, mais disposto a matar com o intuito de impedir uma reação da vitima, o que muito provavelmente irá aumentar a criminalidade, já que os criminosos terão facilitado o acesso às armas de fogo tanto ao adquiri-las no mercado negro quanto ao roubá-las das próprias vitimas, as quais muitas vezes vão preferir entregar sua arma ao bandido do que usá-la contra o agressor. Aliás, muitos dos crimes de roubo que acontecem hoje em dia são praticados por criminosos com armas de brinquedo e armas brancas. Essas últimas inclusive, apesar de causar ferimentos nas vítimas, são bem menos letais que armas de fogo. O problema da criminalidade não é se a vitima é vulnerável ou não, mas sim a sensação de impunidade. É sabido que a maioria dos crimes não são solucionados e os culpados jamais pagam por eles. Esse é grande problema, embora não seja o único, já que a brandura das penas aplicadas a maioria dos crimes também contribui para o aumento da criminalidade, assim como o sistema prisional que, além de não recuperar o condenado, acaba na realidade servindo-lhe de escola do crime. Uma pessoa que é encarcerada por um por um crime leve, o qual poderia muito bem ser convertido em trabalho social ou outra forma de penalização, acaba saindo da cadeia como um criminoso de alta periculosidade. Isso tudo junto é a verdadeira razão dos altos índices de violência e criminalidade no Brasil. Armar a população não vai impedir o criminoso de ser criminoso, mas pode sim levá-lo a matar apenas porque a vítima tentou reagir, ainda mais que o criminoso está sempre mais preparado para atirar e não hesitará um seguindo se quer ao matar. Eu não tenho dúvida de que se o Estatuto do Desarmamento for revogado como querem um grupo de parlamentares, veremos os índices de assassinatos atingirem níveis inimagináveis. Eu já sou um homem de quase cinquenta anos e as chances de que venha ser assassinado por um assaltante não se modificam muito, mas temo muito por todos os jovens dessa geração e das próximas, pois a insegurança e o medo fará parte do dia a dia de todos, muito mais do já faz hoje. Para o bem de nossos jovens, espero que esse projeto não vá para frente, pois trata sim de uma grande loucura.<br /></span></span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-36664736846149667002015-11-04T22:44:00.002-02:002015-11-04T22:44:25.369-02:00À CAÇA DE MEUS SONHOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7gNK67P_K0E/Via92y4zdPI/AAAAAAAAHsk/oQ2MPbUWfyk/s1600/meus%2Bsonhos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-7gNK67P_K0E/Via92y4zdPI/AAAAAAAAHsk/oQ2MPbUWfyk/s320/meus%2Bsonhos.jpg" width="215" /></a></div>
<span style="color: #20124d;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Meus sonhos parecem impossíveis<br />Difíceis de alcançar<br />Teimam sempre em fugir<br />Sempre que eu tento me aproximar<br />Como um animal faminto<br />Para não deixá-los escapar.<br /><br />Mas escapam,<br />Voam ainda mais para distante<br />E minha alma em desespero<br />Cede a uma dor pungente<br />Como uma punhalada no peito<br /><br />Mas eu não desisto tão fácil assim<br />São meus sonhos,<br />As razões que eu tenho para viver<br />Não posso deixá-los fugir de mim<br />Tão fácil assim<br /><br />Sonhar é saber que se está vivo<br />Na dor de toda a realidade<br />Sonhar é se ver no paraíso<br />E acreditar na própria imortalidade<br /><br />Porque a realidade da vida<br />É sombria, perversa<br />E cheia de desencantos<br />Não perdoa os erros<br />E nos cobra um alto preço<br />Tirando cada um dos sonhos<br />Tão caros a cada um de nós<br /><br />Sonhar é suportar a vontade<br />De mergulhar no abismo do nada<br />Sonhar é resistir aos desenganos<br />Sem ceder a uma morte antecipada </i></span></span>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-25651487086519815652015-10-29T22:17:00.001-02:002015-10-29T22:32:40.616-02:00EDUARDO CUNHA E O TITANIC<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-SXv28m0AGwY/ViGGFzU2HeI/AAAAAAAAHrg/_e-S-0RnfNY/s1600/Eduardo-Cunha1-380x300.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="http://1.bp.blogspot.com/-SXv28m0AGwY/ViGGFzU2HeI/AAAAAAAAHrg/_e-S-0RnfNY/s320/Eduardo-Cunha1-380x300.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0b5394; font-family: Verdana, sans-serif;">A situação de Eduardo Cunha piorou consideravelmente depois da confirmação de que as contas na Suíça são realmente dele, de que ele as movimentara até recentemente, de que há coincidência entre contratos fechados pela Petrobras e transferências para essas contas correntes na Suíça, de que ele omitiu o fato de possuir vários veículos no nome da esposa e de que seu patrimônio aumentou drasticamente nos últimos anos. Até então havia tão somente acusações contra si, mas agora existem as provas, provas essas irrefutáveis. E isso muda-lhe completamente a situação. Dado o que vem acontecendo com todos os acusados na operação Lava a Jato, não tenho a menor dúvida de que é bom ele ir se preparando para passar algum tempo atrás das grades. Embora tenha foro privilegiado e portanto só possa ser processado pelo STF, não creio que o presidente da Câmara dos Deputados conseguirá segurar seu mandato por muito tempo. A oposição, que se aliara a ele com a finalidade de promover o impeachment de Dilma, resolveu atirá-lo aos leões, abandonando-o como ratos ao primeiro sinal de que o navio está afundando. E mesmo que consiga num acordo escuso com o governo (pois agora só lhe resta isso) em troca da recusa dos pedidos de impeachment da presidenta Dilma, ele acabará perdendo o mandato quando for julgado pelo supremo. As investigações só estão no começo e ainda há muito o que vir à tona. Eduardo Cunha não foi só mais um beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras. Embora seja do PMDB, é um dos cabeças desse esquema de desvio de recursos públicos e sua queda pode inclusive levar muita gente importante consigo como ocorreu com o Titanic. Ele é um homem vingativo e não cairá sozinho. Mas mesmo que isso aconteça, não há dúvida de que isso trará mais benefícios que danos ao país, embora mais uma vez a imagem do parlamento fique profundamente manchada. </span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-66053801910328495852015-10-28T23:02:00.000-02:002015-10-28T23:02:12.700-02:00A MUSA QUE PASSA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-5hTn_l26e74/ViLIde1HdnI/AAAAAAAAHsE/AsNtDvJ9NcY/s1600/garota%2Bna%2Bpraia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-5hTn_l26e74/ViLIde1HdnI/AAAAAAAAHsE/AsNtDvJ9NcY/s320/garota%2Bna%2Bpraia.jpg" width="213" /></a></div>
<i><span style="color: #073763;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Num entardecer de um dia de verão<br />À beira mar, sob um sol escaldante<br />Ela passa, cegando-me de paixão<br />E me fita com seus olhos triunfantes<br /><br />Dos lábios escapam quase um sorriso<br />Que me leva a um profundo desespero<br />Seus beijos e carícias. Eu preciso<br />Para assim aplacar o meu destempero<br /><br />Mas ela vai, e não me olha mais não<br />Segue com passos firmes e imponentes<br />Deusa tocando levemente o chão<br />Como se a dura areia fosse um tapete<br /><br />Olhando-a, sinto-me perder o juízo<br />Então me queima um fogo intenso e efêmero <br />Pareço flutuar, estar no paraíso<br />E danar-me em seus braços. É o que quero</span></span></i>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-63546947575658102832015-10-27T17:34:00.001-02:002015-10-27T17:34:23.366-02:00E SE O MUNDO SEMPRE EXISTIU?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDyRBJEsz4Pgai4tETiys5kbyAJhohAcaGEkvtVlZjapS6Juf27LM5pN-DDpDfVHOD_fBIjiDC5fBHEJSZChsCaGCIZGysXQwxwLwz6Y420HBJRTXpEGbQgbKjC_lwsUT0YQA9Ssur_m8/s1600/eternidade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDyRBJEsz4Pgai4tETiys5kbyAJhohAcaGEkvtVlZjapS6Juf27LM5pN-DDpDfVHOD_fBIjiDC5fBHEJSZChsCaGCIZGysXQwxwLwz6Y420HBJRTXpEGbQgbKjC_lwsUT0YQA9Ssur_m8/s320/eternidade.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;">Uma coisa muito caro a maioria daqueles que acreditam em Deus é não é tanto o fato de os ateus negarem que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança mas sim a inadmissão da não existência de um criador do mundo, de um ser que planejou meticulosamente tudo o que existe. Alguns até aceitam o darwinismo e reconhecem que o livro do Gênesis fala da criação do mundo de forma alegórica, não devendo de forma alguma tomá-lo ao pé da letra; outros mais esclarecidos vão além e admitem inclusive a teoria do Big Bang, justificando que ela é, na realidade, o instrumento usado por Deus para criar o universo. Na verdade, não importa muito o que essas pessoas acreditam ou não. O que elas não conseguem admitir é a possibilidade de o mundo nunca ter sido criado, de não ter um começo e nem um fim e portanto ser eterno, pois o fato de nós e tudo ao nosso redor ter um começo e um fim nos leva a supor que o mundo também segue o mesmo princípio. Não estou falando do planeta Terra, da nossa galáxia e do próprio universo, já que estes de fato não são eternos e realmente nasceram e em algum momento no futuro irão desaparecer. Mas mesmo que o universo desapareça, ainda sobrará um imenso vazio. E esse vazio continuará a ser o mundo, um mundo que por ser eterno poderá dar origem a um outro universo. Talvez este universo que aí está nem desapareça totalmente, até porque é grande demais e a todo instante estrelas e galáxias surgem e desaparecem sem que isso faça alguma diferença. E mesmo que exista de fato algo que deu origem a isso tudo, o qual nós, os insignificantes terráqueos, insistimos em chamar de Deus, esse "Deus" não tem a menor semelhança com o Deus que a maioria de nós ainda acreditamos. Não há menor dúvida de que esse Deus é uma invenção humana, uma vez que só seres humanos seriam capazes de atribuir a um Deus características humanas, tais como: vingança, irá e castigo. Infelizmente, as pessoas não são inteligentes o bastante para se dar conta desse absurdo e se relacionam como esse suposto “Deus” como no passado os súditos se relacionavam com seus governantes.</span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-5292001757941462222015-10-20T20:13:00.000-02:002015-10-20T20:13:11.830-02:00SÃO OS LOUCOS QUE MUDAM O MUNDO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-73J09DPWlWk/VhXO0kendoI/AAAAAAAAHqw/nbiQzLUDCgA/s1600/Einstein.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-73J09DPWlWk/VhXO0kendoI/AAAAAAAAHqw/nbiQzLUDCgA/s320/Einstein.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #990000;">Aquele que se deixa afetar pelas opiniões alheias não só dá razão aos detratores como também expõe as próprias fraquezas, mostrando não ser merecedor do apreço que tem e das verdades que prega. A nossa sociedade chegou aonde hoje está graças a perseverança, a coragem e obstinação daqueles que eram na maioria das vezes taxados de loucos, por desafiar as verdades aceitas por todos a sua volta, verdades essas que muitas vezes remontavam de um passado distante e as quais, para aqueles de visão mais ampla, eram inconsistentes e difíceis de aceitar. Hoje sabemos que a Terra é redonda e não plano como se acreditava antes; que não é o centro do Universo, que gira em torno do sol e não o contrário como se pensou por milhares de anos; que existem milhares de outros sistemas solares iguais aos nossos. O avanço do conhecimento jogou por terra todos os mitos que regiam a vida dos primeiros homens. Ah, como nossos antepassados eram escravos desses mitos! A maioria dos dogmas religiosos já não encontram mais uma base de apoio capaz de mantê-los de pé. E embora o homem ainda não tenha encontrado provas da existência de vida em outros planetas, nunca se esteve tão próximo dessa descoberta. Eu não tenho a menor dúvida de que isso ocorrerá no futuro; não num futuro próximo, mas daqui a meio século ou até um pouco mais. E quando isso acontecer, o único pilar que ainda sustenta a maioria das crenças religiosas, principalmente as três grandes religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e muçulmana, -- ruirá e então o homem chegará a conclusão que esse deus, um deus que criou o homem sua imagem e semelhança, e ao qual o homem se escravizou por milhares de anos, simplesmente não existe e nunca existiu. E então todos nós que, em pleno século XXI ainda somos chamados de loucos e vistos com desconfiança, inclusive condenados à morte em alguns países, por sermos ateus, por vermos o mundo sob uma outra perspectiva e enxergar nos dogmas religiosos a desrazão, seremos engrandecidos, assim como hoje se exalta Giordano Bruno, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico e tantos outros, antes acusados de hereges e condenados por dizer aquilo que hoje é uma verdade incontestável pela ciência. Não se deve julgar e ridicularizar aqueles ainda presos às crenças do passado, pois muitos não estão preparados para a verdade dos fatos e não a suportariam. Da mesma forma não se deve deixar levar por essa maioria, pela maior onda, apenas porque nos sentimos um grão de areia diante dela; pois não são as grandes ondas que transformam o mundo – elas apenas provocam estragos e destruições --, mas os grãos de areia que, depositados lentamente um a um, formam os alicerces do saber e do avanço da humanidade em direção a um futuro melhor.</span></span></div>
Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3098420191274640350.post-261253358007486372015-10-19T22:57:00.001-02:002015-10-19T22:57:31.324-02:00O MEU FILOSOFAR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Zu79cLCc1D0/T9JdI9GXtEI/AAAAAAAADDk/F9AEVHgnFhk/s1600/estrada4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-Zu79cLCc1D0/T9JdI9GXtEI/AAAAAAAADDk/F9AEVHgnFhk/s400/estrada4.jpg" width="266" /></a></div>
<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Nos meus passos errantes<br />Por este mundo afora<br />Eu aprendi o suficiente<br />Para pôr para fora<br />Num longo vomitar<br />O meu filosofar<br /><br />Repudio toda crença<br />Que prega a sua verdade<br />Isso só traz descrença<br />Em toda realidade<br />Fazendo do presente<br />Um viver indecente<br /><br />Acredito no viver<br />O mais intensamente<br />Cada dor e prazer<br />Pois não há maior presente <br />Que o mundo pode dar<br />Antes do fim chegar<br /><br />Após o véu da morte<br />Nada mais tem valor<br />Decidida está a sorte<br />E só o eterno nada<br />É a nossa vil morada</span></i>Edmar Guedeshttp://www.blogger.com/profile/11610173535661281956noreply@blogger.com0