
Para
a grade a maioria dos usuários de computador, o Linux é algo
estranho, inacessível e só usado por nerds, ou seja: por quem
entende realmente de computadores. De fato, isso era verdadeiro
quando o Linux nasceu em 1997. E por alguns anos foi acumulando essa
fama de sistema complicado e difícil, fama essa que perdura até
hoje. Mas isso faz parte do passado e há pelo menos 7 ou 8 anos que
essa fama não tem mais razão de ser. Mesmo com a grande pressão da
Microsoft sobre os fabricantes de computadores e o boicote da maioria
deles em colaborar para que o Linux fosse compatível com os mais
variadas partes de seus computadores, o Linux, graças principalmente
a grande comunidade de usuários e entusiastas ao redor do mundo,
tornou-se um sistema fácil de usar e de ser instalado no computador.
De forma que o mais leigo dos usuários é capaz de instalá-lo de
forma fácil, bem mais fácil que o próprio Windows. Aliás, durante
muitos anos o Linux seguiu os passos do Windows, procurando imitá-lo
naquilo que ele tinha de melhor como a interface gráfica por
exemplo, mas hoje, por ironia do destino, a coisa mudou de figura e é
o Windows quem vem imitando o Linux naquilo que ele tem de melhor,
como ocorreu no visual do Windows 7 – embora para muitos trata-se
tão somente de uma coincidência – e criação de uma Central de
Programas, que já existe no Linux há mais de uma década. Nossa!
Como é estranho para um usuário do Linux instalar programas no
Windows! Seja qual for o aplicativo, basta tão somente acessar a
Central de Aplicativos, como ocorre nos celulares e tablets, e baixar
o aplicativo que você queira, seja ele um editor de imagens, um
navegador web, um processador de textos ou um jogo. Mas e no Windows,
como isso é feito? Se não se tem o CD ou DVD dele, terá de
procurar na Internet e ainda por cima baixar uma cópia pirata, o que
é crime, embora a maioria dos usuários Windows o faça. No Linux,
praticamente todos os aplicativos são gratuitos, assim como o
próprio sistema operacional. Diferentemente do Windows, o Linux é
conhecido por ser um sistema seguro, estável e praticamente imune a
a essa praga chamada vírus, evitando que você tenha de instalar
vários programas de segurança, os quais deixam o computador mais
lento, mesmo nas máquinas mais modernas. Por ser um sistema aberto,
onde qualquer um pode ter acesso a todos os seus componentes, o Linux
é mais seguro e capaz de se adaptar aos mais variados tipos de
computadores. Não é como o Windows que é um sistema único,
independentemente da máquina onde será instalado. Por exemplo, não
existe uma mesma versão Windows para um computador que acabou de ser
lançado e outro para um computador digamos de 2008. Por isso a uma
versão nova do Windows não roda em computadores mais velhos. Isso
não ocorre com Linux, uma vez que o sistema pode ser ajustado para
máquinas com processadores mais lentos e que tenham pouca memória,
sem ter de abrir mãos dos aplicativos mais recentes. Aliás, é por
se tratar de um sistema aberto, flexível e seguro que o Linux serve
de base para o Android do Google, o FirefoxOS da Fundação Mozilla,
o Ubuntu Touch da Conical, o Tizen da Samsung e Intel e o SailFish da
Jolla; todos esses sistemas para smartphones e tablets estão no
mercado ou serão lançado nos próximos meses, como é o caso do
Ubuntu Touch, do Tizen e do Sailfish que virão se juntar ao IOS da
Apple, o Android do Google, o Windows Phone da Microsoft e FirefoxOS
da Mozilla que já embarcam dispositivos móveis disponíveis no
mercado. Dessa lista de sistemas, apenas o Windows Phone e o IOS não
tem como base o Linux, os demais são modificações do Linux.
Portanto, se você nunca ouviu falar do Linux ou não se interessou
por ele ainda, talvez esteja na hora de rever sua posição. Claro
que ainda é muito cedo para se falar de um mundo sem Windows, mas
dada a dificuldade que a Microsoft vem enfrentando para entrar no
mercado de dispositivos móveis; a queda acentuada na venda de
computadores pessoais, onde o Windows ainda reina absoluto; na falta
de inovação e na falta de aceitação que a última versão do
Windows vem enfrentando, talvez esse dia esteja mais próximo do que
muita gente imagina. Não por acaso, as grandes empresas de
tecnologia como o Google, Intel, HP, Dell, IBM, AMD, LG, Siemens,
Motorola, Samsung e tantas outras são parceiras da Linux Fundation –
uma organização que ajuda a desenvolver e a divulgar o Linux --,
sem falar na Valve que desenvolve jogos para computadores e que é
dona, por exemplo, do Half-Life, Counter-Strike e Left 4 Dead, que
não só disponibilizou a maioria de seus jogos para Linux como
resolveu desenvolver uma versão própria do Linux chamado de
StreamOS para ser usado nos seus consoles de videogame que serão
lançados em 2014. Aliás, diga-se de passagem, hoje é bem mais
difícil viver sem o Google do que sem a Microsoft, o que seria
impensável há 8 ou 10 anos atrás.

Debain 7 - Uma das mais antigas e populares distros Linux. Deu origem a várias outras como o Ubuntu por exemplo.
Ubuntu 13.10 - Talvez a distro Linux mais usada atualmente. Recentemente foi lançada uma versão para celulares e tablets cujo maior trunfo é ser igual a usada em computadores. Usa o ambiente gráfico Unity
Fedora 19 - Distro open source da Hed Hat, uma das mais bem sucedidas empresas do ramo.Usa o ambiente gráfico GNOME
Lubuntu 13.10 - É um Ubuntu para computadores mais antigos ou que tenham pouca memória e pouco poder de processamento. É bastante rápida e leve. Usa o ambiente gráfico LXDE
Linux Mint 15 - Distro derivada do Ubuntu cujo maior trunfo é a beleza, elegância e a facilidade de uso. Sua popularidade vem crescendo muito nos últimos anos. Usa o ambiente gráfico Cinnamon
Elementary OS Luna - Também é derivada do Ubuntu e é atualmente a distro mais badalada do momento por sua beleza e velocidade. Usa o ambiente gráfico Pantheon.
ROSA Desktop Fresh - É a minha distro preferida e a qual uso. Usa o ambiente gráfico KDE é também é considerada uma das distros mais bonitas do mundo Linux.