domingo, 22 de fevereiro de 2015

NO VÁCUO DE MINHA MENTE

No vácuo de minha mente sem ideias
Escapa um pensamento funesto:
Seriam realmente verdadeiros e reais
Este eu, esta vida, o mundo e todo o resto?

Não seria uma ilusão tudo que se tem vivido?
Não seria a realidade uma mera aparência?
E se tudo que até então tem existido
For fruto de nossa própria ignorância?

Talvez a vida com suas verdades irreais
E suas certezas enterradas num deserto
Façam de nós, seres humanos, animais
Infelizes, doentes e de um futuro incerto

Talvez a razão – esse mal adquirido
Na aurora da civilização – seja a essência
De nossas desilusões, onde a vida sem sentido
Desperta-nos o animal e leva-nos a decadência

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