Há algum tempo escrevi um artigo onde afirmava que o Google havia vencido a disputa com os concorrentes na disputa por um sistema operacional padrão para smartfones e tablets. Na época do artigo, ainda não havia sido anunciado a parceria da Nokia com a Microsoft e consequentemente o abandono do Meego pela mesma. Alegando que o Meego não estava pronto para ser usado, a Nokia preferiu os milhões da Microsoft e assim adotar o Windows em seus futuros aparelhos. O problema é que o Windows também não estava (e ainda não está) pronto para o uso. E para complicar, a participação dela no mercado de celulares vem em queda livre. Às pressas, lançou um aparelho com o Meego, mas logo em seguida declarou que possivelmente não lançará outro. Aliás, recentemente afirmou que não lançará o N9 com Meego em vários países, inclusive no Brasil, Estados Unidos e Inglaterra. Agora foi a vez da HP anunciar que desistiu do WebOS, sistema desenvolvido por ela para ser usado em Smartfones e Tablets. O único tablet lançado com o WebOS foi um fracasso de vendas. Enfim, mais um que não consegue competir com o Android. Embora o Meego continua a ser desenvolvido pela Intel e seus parceiros, ainda não decolou. A RIM pode ser a próxima vítima do Android. Seu sistema também é um fracasso. E se continuar assim o Android do Google poderá se tornar entre os celulares e tablets o que o Windows se tornou nas últimas décadas entre os PCs. O Linux, apesar de inúmeras vantagens com relação ao Windows, não consegue arranhar a hegemonia da Microsoft. O mesmo pode ocorrer com Windows mobile com relação ao Android. Quando os primeiros aparelhos forem lançados, o Android terá se tornado um padrão. Nessa disputa aliás, a Apple é um mundo a parte, pois sua intenção não é a disseminação de seu sistema, mas integrá-lo perfeitamente a um pequeno número de aparelhos e atingir um público específico.
Belo post, caro Edmar, mas devo discordar de um ponto apenas. Dizer que o Linux "não consegue arranhar a hegemonia da Microsoft" é exagero. De fato, vemos inúmeros aparelhos com Linux embarcado inundando o mercado (indo desde DVDs e WebTVs, até videogames e celulares).
ResponderExcluirO que acontece é que, no mundo dos PCs domésticos aqui nas Américas, a Microsoft simplesmente não considera o Linux um risco, um concorrente à altura. A Microsoft se vale apenas do comodismo de seus usuários (o que ela mesma boicotou com o Windows Se7en; poucos usuários aderiram a este de pronto, simplesmente por medo da nova interface), contando que, por ser o Linux tão diferente em usabilidade, este simplesmente não atrai o usuário doméstico. Ponto pra eles.
Porém, a história muda quando passamos ao mundo corporativo, onde o Linux representa a maioria esmagadora dos servidores de grandes empresas. Cito até mesmo a Petrobrás no Brasil, que mantém um core de rede em GNU/Linux (e muito respeitável, por sinal).
Há bem pouco tempo a Microsoft derramou uma enxurrada de marketing anti-Linux na Rede Mundial e em revistas especializadas, tentando convencer os empresários que seu Windows Server 2008 era "mais rápido e seguro" do que qualquer Linux da vida. Claro que surtiu pouco efeito, mas isso demonstra que sim, a Microsoft está com sua hegemonia arranhada não apenas pelo Linux, como também pela Apple (a maioria dos usuários Europeus prefere a plataforma da maçã em tudo o que puder pôr as mãos; já na África o Linux dominou o território, vide Ubuntu Linux).
Enfim, eu jamais diria que a janela está com seus dias contados. Mas que estamos presenciando uma calma e lenta mudança no mercado da informática, afirmo com certeza. E não tenho dúvidas de que a Google e seu robô possam danificar ainda mais esta hegemonia da Microsoft.
Seja bem-vindo ao doode, tambem sou escritor!!! E lá no doode também trocamos informações literárias, não apenas sobre Linux... hehe
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