Os poucos fragmentos que o meu cérebro
conseguiu reter não ajudam em muito para reconstituir o que se
passou naqueles poucos minutos. Se ainda consegui recordar de algumas
coisas, estas só vieram à tona após a leitura das anotações de
Ana Carla em seu diário. Sem isso, amigo leitor, minhas lembranças
não passariam de embaralhados retalhos de fotografias, como se
alguém as houvesse rasgado em pedacinhos e misturado tudo tal qual
uma criança travessa. No entanto, recordo-me de penetrá-la
profundamente.
Possivelmente o leitor mais atento e
com uma certa experiência esteja a se perguntar: e a camisinha? Como
alguém que pensa em cada detalhe pode esquecer justamente disso?,
correr o risco de engravidá-la ou mesmo pegar uma doença
sexualmente transmissível? Ainda mais nesses tempos de AIDS. Pois
não é que não me lembrei mesmo! Quanto a pegar uma doença, o
risco era mínimo devido à virgindade de Ana Carla, mas quanto à
gravidez tratava-se de um risco considerável. E isso deveria ter
sido levado em conta, só que não o levei. Talvez se tivesse me
lembrado, ainda assim não a teria usado, pois o objetivo final, o
motivo pelo qual a seduzi foi justamente o desejo de saborear da
forma mais real possível aquele momento ímpar: o instante da
penetração e consequentemente o rompimento do hímen. Como sentir
tudo isso com uma camisinha a envolver-me o pênis? Não que a
camisinha diminua o prazer sexual. A questão não era essa, pois,
naquele momento, não era somente o deleite do ato sexual que eu
buscava como normalmente acontecia (aliás, na maioria das vezes em
que o prazer foi o objetivo único a camisinha não foi esquecida,
deixada de lado), mas sim o deleite maior de sentir-lhe cada músculo
da cavidade vaginal reagir à presença de um corpo estranho, um
corpo a penetrá-la, a forçá-la a se expandir. De modo que falar em
camisinha é uma tremenda incoerência com o que eu buscava. Assim,
deixemos a camisinha para outro momento, para quando o prazer advindo
de sua ausência não mais compensará as consequências de sua
falta.
Tentei recordar sem sucesso se ela
chegou sentir dor. Sei que ela me abraçou fortemente e me beijou com
a boca suave e molhada, como se naqueles lábios jazessem as marcas
mais claras e verdadeiras de seu amor. Eu, no entanto, não sei o que
sussurrei naqueles instantes, se é que lhe sussurrei algo, embora
muitas vezes deixamos escapar sons, grunhidos sem que o percebemos.
Também não sei se ela chegou a me murmurar algo além de uma frase
que ficou perdida em minhas lembranças; uma frase dita não sei em
que momento e circunstâncias. Todavia, pelas palavras e pela
entonação pode-se afirmar que Ana Carla experimentara algo
incrivelmente bom, algo que daria a vida para tornar a experimentar,
pois ninguém diz “Eu quero ser sua para sempre...” sem que um
motivo muito forte a leve a desejá-lo eternamente, como a frase dava
a entender. No mais, qualquer outro gesto ou quaisquer palavras que
vieram a escapar de nossos lábios jazem eternamente perdidas. E o
que me recordo faz parte dos momentos seguintes ao meu “colapso”,
pois o gozo não passa de um colapso que dura apenas alguns segundos.
Quando voltei a mim, quando tomei
consciência de onde estava, meu corpo jazia estirado sobre o dela.
Ana Carla permanecia com os braços envoltos em mim, como que a
prender-me para não escapar. Tanto ela quanto eu arfávamos
intensamente, disso recordo-me perfeitamente. O suor brotava de todos
os poros e banhados estávamos, como quando se emerge de um mergulho.
Meu rosto pendia para o lado, entre os seios dela, cujas marcas
avermelhadas davam a impressão de terem sido maltratados embora sem
a intenção de machucá-los. Aliás, todos esses detalhes dos quais
posso me lembrar levam-me a acreditar que, diferente do que aconteceu
com Daniela e Silmara, cuja penetração arrancou-lhes lágrimas, o
prazer foi infinitamente superior à dor da primeira penetração.
Não bastasse o silêncio – uma forma de prolongar o deleite, de
não quebrar aquele instante mágico –, a falta de choramingo –
pois nessas horas o arrependimento, a culpa por ter se deixado
seduzir causa esse tipo de reação na maioria das mulheres – era
um sinal mais que evidente de que tudo estava bem. E nem o fato de
uma parte de mim ainda tensa (eu a sentia dolorida, com um certo
ardor) estar envolto pelo corpo dela, assim como meu peso parecia lhe
incomodar e tirá-la daquele desprendimento. Talvez, naquele momento,
eu pesasse menos que uma pena e meu falo, ao invés de incomodá-la
ou lhe provocar algum desconforto, agisse sobre si da mesma forma que
aquele silêncio. No entanto, não posso afirmar que isto seja
verdadeiro. Não houve oportunidade de perguntá-la pelo simples fato
de não me ter passado isso pela cabeça. E mesmo que houvesse, não
a teria tirado de seu silêncio, pois se este lhe dava algum prazer,
comigo não era diferente. Eu apenas a observava. Não conseguia
fazer nada, minha alma fervilhava caótica, quase em lágrimas. Mas
se tal pensamento não me ocorreu, o silêncio levou-me a outros,
pois, nessas horas, o cérebro encontra um terreno fértil para
experimentar as mais variadas conexões nervosas e produzir
pensamentos que em nenhum outro momento haveria de florescer. Assim,
ainda um tanto confuso, não pude evitar que o instante levasse-me a
inquirir-me: “O que estou fazendo aqui casa com essa menina?...
Onde estava com a cabeça? Por que me deixei levar pelos desejos? E
agora o que faço? Devo tê-la machucado. É só uma menina. Dessa
vez fui longe demais. Estou ferrado!”
Eu não sabia como reagir naquele
momento, mas precisava fazer algo. Então levantei a cabeça e olhei
em seus olhos, como quem tenta encontrar uma pista acerca do que
fazer. Ela por sua vez os mantinha fechados, como se passasse por uma
madorna. Em seu rosto calmo via-se que a perda da inocência ainda
não fazia parte de suas preocupações, certamente porque ainda não
tomara consciência da imensidão do passo que dera. Por isso, com
muito cuidado, como se não quisesse despertá-la daquele sonho, eu
me apoiei na cama e lentamente ergui os quadris. Achei que ela fosse
abrir os olhos quando sentei ao seu lado, contudo se manteve imóvel,
como se não quisesse despertar. “Dormindo? Desmaiada? Não isso
não. Só não quer abrir os olhos. Vergonha, quem sabe. Deixa ela
assim”, pensei. De forma que, não querendo incomodá-la, desviei a
atenção para outro foco. Era preciso verificar o estrago feito,
pois em suas entranhas jaziam marcas inapagáveis de minha passagem.
Ah, querido leitor! Quase fiquei
decepcionado quando encontrei uma pequenina mancha de sangue na
extremidade da glande. Tão pequena que não sabia ser minha ou dela.
Talvez nem fosse de um sangramento, mas resquício de sua
menstruação. Confesso ter imaginado de forma errônea evidentemente
que o defloramento provocasse um sangramento maior, possivelmente por
influência do ocorrido na penetração forçada em Silmara. Não
posso porém afirmar se a quase ausência de sangramento é comum
nesses casos. Não tenho experiência suficiente e muito menos
conhecimento sobre o assunto, pois se em alguns casos -- como
Silmara, Isoldinha e Suzana – houve o sangramento, noutros –
como Tereza e Ritinha – não encontrei uma única marca de sangue.
Mas talvez não tenha sido maior porque Ana Carla parecia muito
excitada no momento da penetração.
Contemplar mais uma vez aquela flor
desabrochada, encheu-me o coração de alegria e júbilo. O
contentamento de tê-la na minha cama e sob os meus cuidados era tão
intenso que me senti o homem mais plenamente realizado. Foi um
sentimento novo, completamente estranho para mim, nunca experimentado
em situações assim, totalmente oposto ao que eu sentia após
alcançar meus objetivos. Ao invés de um certo desdém e desprezo
até, meus olhos brilharam e se encheram de lágrimas, como se
contemplar Ana Carla fosse uma experiência única, daquelas que a
gente faria o maior dos sacrifícios para repeti-la. Um sentimento
mais forte que eu, algo que estava totalmente fora do meu controle
havia nascido com toda a sua intensidade de dentro de mim, como um
vulcão ao entrar em erupção e cujas larvas consomem tudo que
encontram pela frente, vulcão esse que ao encontrar uma pequena
falha no meu excesso de zelo, foi entrar em erupção não no cérebro
como se poderia imaginar mas sim no coração, num local tão
improvável quanto uma atividade vulcânica num iceberg. E a vontade
de querer tomar posse e de ser o único homem na vida daquela menina
foi imensa, imensurável. Dir-se-ia tomado por intensos delírios. De
repente, tomado pelo mais puro egoismo, eu não queria que outro
homem a tocasse, beijasse e experimentasse com ela aquelas mesmas
sensações que acabara de experimentar, como se só eu possuísse
esse direito. Então eu senti um enorme desejo de posse, desejo que
até aquela manhã me parecia pertencer somente aos seres inferiores
e abjetos cuja insignificância os levam a tais sentimentos, a achar
que a felicidade só pode ser alcançada através do outro e não de
si mesmo. Mas eis que jaz eu a agir assim, a descobrir em mim
exatamente aquilo que tanto condenava nos outros. Eu a queria só
para mim, para sempre.
Definitivamente eu não planejara isso,
não imaginara que algo assim me viesse a acontecer. Como fui me
descuidar do coração? Como não fui capaz de supor que, ao alcançar
meus objetivos, poderia não querer parar por ali? Ah, o destino
havia me pregado uma peça! Talvez me castigado por fazer das
mulheres objetos, por usá-las apenas como parte do prazer; talvez
ele goste de brincar com nossas vidas da mesma forma que um garotinho
sente prazer em brincar com seus bonecos. Então é isso? Somos todos
bonecos de brinquedo nas mãos do destino? Então não somos livres?,
donos do nosso próprio destino? Pensamos agir dessa ou daquela forma
por livre e espontânea vontade quando na realidade somos
manipulados? Quer dizer que o fato de ter nascido homem, num
determinado dia e hora, filho desses pais e não de outro, ter
frequentado determinada escola e não outra, tido esses e não outros
amigos, saído com essas e não com outras mulheres, feito isso e não
outra coisa com seus corpos foram obra do destino? Não, amigo
leitor, não posso acreditar numa coisa dessas, num absurdo desse
tamanho! Se um sentimento ainda estranho a mim me havia despertado
com relação à Ana Carla, tal sentimento haveria de ter uma
explicação racional. E embora tais pensamentos não me ocupassem
naquele momento, pois ainda sentia a embriaguez da pureza do vinho do
corpo de Ana Carla, certamente me ocupariam assim que o efeito
passasse, pois não há embriaguez que dure para sempre. Mas enquanto
a embriaguez não passasse só me restava arriscar a liberdade,
atirar uma parte considerável de minhas crenças, de minhas verdades
no lixo e viver essa nova realidade. O que poderia me acontecer eu
não atinava. Aliás, que importância tinha isso agora? Só desejava
viver dali em diante tão somente o momento. Não queria mais pensar
no amanhã, nas consequências de meus atos, como fizera até então.
O futuro? Que se dane o futuro!
Assim, procurei não pensar em mais
nada. Só queria continuar junto de Ana Carla, despertá-la e
perguntar-lhe se estava bem, se não a teria machucado. Agora mais do
que nunca, eu me importava com a minha Florzinha,
queria agradá-la, ser-lhe o mais atencioso e carinhoso possível, e
acima de tudo fazê-la feliz.
Para despertá-la, dei-lhe um rápido
beijo nos lábios. Ela abriu os olhos e me encarou submissa, feito
uma adolescente apaixonada, dessas que sacrificam a própria
reputação e a de sua família por um homem cuja índole não vale
um grão de areia. Nesse instante, tive a percepção de que só
então ela adquirira consciência de nós dois, de si mesma em
relação a mim e do que de fato lhe ocorrera.
-- Eu te machuquei? - perguntei.
Ela meneou a cabeça negativamente.
Com uma das mãos passei a alisar seus
cabelos. Depois levei a mão ao seu rosto e passei a acariciá-lo com
delicadeza. Diferentemente do que me acontecia antes, quando fazia
algo parecido na mais completa indiferença, apenas com o intuito de
parecer gentil, agora só não sentia necessidade de fazê-lo, como
encontrava um prazer inexplicável, tão deleitoso quanto foi
acariciar-lhe os seios antes de possuí-la. Correspondendo a essa
carícia, Ana Carla estendeu-me os braços e, num gesto inesperado,
me arrastou novamente para cima de si, talvez por temor de que eu
pudesse me levantar, vestir-me e dar nosso encontro por encerrado.
Aliás, amigo leitor, tal gesto não foi exclusividade sua. Por uma
meia dúzia de vezes cena parecida aconteceu. Entretanto, não a
ignorei ou lhe fui grosso, indelicado como cheguei a ser duas ou três
vezes. Cedi. Para não soltar todo o meu peso em cima de seu corpo
frágil – pois agora me parecia mais jovem, mais frágil e delicado
que antes –, eu me apoiei na cama e fui escorregando para o lado.
Então a abracei e joguei uma das pernas sobre as suas, para que ela
não achasse que estava a me esquivar. Súbito, nossos lábios se
tocaram e ela se deixou beijar de forma suave, como uma jovem esposa
após a primeira noite. E depois tão submissa, tão realizada,
perguntou:
-- Você me ama?
-- Claro que te amo, minha florzinha.
--
Eu também te amo muito, muito! - disse ela, virando-se toda faceira
por cima de mim, o que quase nos levou a cair da cama.
Aquelas
palavras fizeram-me refletir novamente acerca do que acabara de
fazer. Antes, quando Ana Carla era tão somente um corpinho sexy,
atraente e virgem, eu só queria possuí-la e satisfazer meus
impulsos, impulsos esses difíceis de domar e os quais me faziam
perder tempo e gastar dinheiro para seduzir mulheres apenas para
acalmá-los. E depois de domados, quando a serenidade tomava conta de
minha alma, tais mulheres já não me serviam para mais nada, até
porque a maioria delas não tinham mesmo nada a oferecer-me além de
alguns momentos de prazer. Às vezes aliás, chegava a sentir pena
dessas pobres coitadas por saber que seus destinos seriam
conformar-se com uma vida inútil ao lado de um bronco que certamente
as maltratariam e as encheriam de filhos. Mas com Ana Carla porém
não foi isso a causa de minhas reflexões, nem mesmo a indiferença
– pois a indiferença não nos provoca reação alguma --, mas sim
o arrependimento. Este não aconteceu só por ter mudado meus
sentimentos para com ela, uma vez que isso só não era suficiente
para causar-me algo do qual me gabava de não sentir, mas também
porque, de alguma forma, eu tinha ciência, embora não houvesse
refletido direito acerca disso, de que nosso relacionamento não
acabaria ali. Como numa grande sacada, eu consegui medir a extensão
dos problemas que teria pela frente, caso continuasse a me encontrar
com Ana Carla. E só então me vieram à memória todos os riscos que
corri -- como se só agora conseguisse me livrar da cortina de fumaça
a cobrir-me os olhos – e teria de correr por seduzir uma jovem
daquela idade. Apesar desses pensamentos insistirem em me roubar à
atenção, eu fazia o possível para afastá-los e evitar que estes
perturbassem aquele momento tão novo, tão cheio de mistérios e ao
mesmo tempo tão fascinante. "Também não adianta chorar o
leite derramado... Preciso dar um jeito de contornar essa situação",
conclui.
Depois de um curto silêncio, Ana Carla
disse:
-- Estou ficando com fome.
-- Eu também. Quer que eu prepare
alguma coisa para a gente comer?
-- Quero!
-- Então vamos tomar um banho
primeiro.
Levantei e peguei em suas mãos para
ajudá-la a sair da cama. Ela soergueu o dorso, dobrou as pernas, fez
um giro, apoiou os pés no chão e pôs-se de pé num movimento
sutil, numa leveza que só onde há a mais pura feminilidade é
possível encontrá-la. Ficamos frente a frente. E então meus olhos
percorreram-lhe o corpo de baixo à cima até nossos olhares se
encontrarem. E os olhos dela brilhavam tanto quanto a mais brilhante
estrela do universo. Talvez seja um exagero de minha parte, mas dada
a intensidade do momento, as estrelas não me parecem brilhar tanto
assim e nem o universo infinito. Aliás, aquele brilho, feito uma luz
forte direcionada de forma súbita para meus olhos, penetrou-me
através dos olhos e, devido a sua intensidade, atingiu-me o interior
do peito, fazendo chegar luz onde até então só houvera escuridão.
Eu nunca vira um brilho tão intenso quanto aquele, embora um certo
brilho também chegara a escapar dos olhos de Francineide, Isoldinha
e mais uma ou outra infeliz cujo nome já não me recordo mais. Eu
não sabia se todo aquele brilho era amor ou uma reação natural
àquele ato de intenso prazer. Talvez até fosse, embora a primeira
alternativa me parecesse a mais provável. E ao supô-lo verdadeiro,
um aperto muito forte – quase uma flechada – atingiu-me o
coração sem que eu compreendesse o porquê. E aquele brilho nos
olhos dela e a pontada em meu peito trouxeram à tona uma verdade,
verdade essa possivelmente há alguns dias em franco processo de
desenvolvimento: a vontade de não deixá-la mais. Aliás, se até
então ainda pensava em me livrar dela na primeira oportunidade,
agora esta vontade perdera de uma vez por todas o sentido.
Abracei-a fortemente, premendo meu
corpo contra o dela, como se tivesse necessidade do seu calor para
ter certeza de que tudo não passava de um sonho. E ao senti-la em
meus braços, a maciez de sua pele, o cheiro da juventude e as
lembranças dos momentos ainda frescos na memória me levaram por um
instante a pensar em novamente atirá-la à cama e voltar a sorver o
néctar de sua pureza. Todavia o prazer de tê-la ali, aninhada e tão
submissa como se lhe escapasse
um fogo de avassaladora ternura, levou-me
a sentimentos mais nobres, fato este inédito até então. E beijei-a
na fronte, na face e nos lábios, como retribuição por me levar a
experimentar algo tão novo e intenso.
-- Eu te amo muito, muito... muito... -
murmurou Ana Carla.
-- Eu também, meu amor! Vem! Vamos
tomar um delicioso banho.
-- Você me faz muito feliz.
-- Você também – foi a minha
resposta, embora ainda sem compreender ao certo aquele desejo tão
estranho de tê-la só minha. Um desejo que se misturava ao deleite
de tê-la nos meus braços, como se ela fosse diferente de todas as
outras mulheres com as quais deitei naquela cama.