quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A MENINA DO ÔNIBUS - Capítulo 7 - Parte 4

 Os poucos fragmentos que o meu cérebro conseguiu reter não ajudam em muito para reconstituir o que se passou naqueles poucos minutos. Se ainda consegui recordar de algumas coisas, estas só vieram à tona após a leitura das anotações de Ana Carla em seu diário. Sem isso, amigo leitor, minhas lembranças não passariam de embaralhados retalhos de fotografias, como se alguém as houvesse rasgado em pedacinhos e misturado tudo tal qual uma criança travessa. No entanto, recordo-me de penetrá-la profundamente.
Possivelmente o leitor mais atento e com uma certa experiência esteja a se perguntar: e a camisinha? Como alguém que pensa em cada detalhe pode esquecer justamente disso?, correr o risco de engravidá-la ou mesmo pegar uma doença sexualmente transmissível? Ainda mais nesses tempos de AIDS. Pois não é que não me lembrei mesmo! Quanto a pegar uma doença, o risco era mínimo devido à virgindade de Ana Carla, mas quanto à gravidez tratava-se de um risco considerável. E isso deveria ter sido levado em conta, só que não o levei. Talvez se tivesse me lembrado, ainda assim não a teria usado, pois o objetivo final, o motivo pelo qual a seduzi foi justamente o desejo de saborear da forma mais real possível aquele momento ímpar: o instante da penetração e consequentemente o rompimento do hímen. Como sentir tudo isso com uma camisinha a envolver-me o pênis? Não que a camisinha diminua o prazer sexual. A questão não era essa, pois, naquele momento, não era somente o deleite do ato sexual que eu buscava como normalmente acontecia (aliás, na maioria das vezes em que o prazer foi o objetivo único a camisinha não foi esquecida, deixada de lado), mas sim o deleite maior de sentir-lhe cada músculo da cavidade vaginal reagir à presença de um corpo estranho, um corpo a penetrá-la, a forçá-la a se expandir. De modo que falar em camisinha é uma tremenda incoerência com o que eu buscava. Assim, deixemos a camisinha para outro momento, para quando o prazer advindo de sua ausência não mais compensará as consequências de sua falta.
Tentei recordar sem sucesso se ela chegou sentir dor. Sei que ela me abraçou fortemente e me beijou com a boca suave e molhada, como se naqueles lábios jazessem as marcas mais claras e verdadeiras de seu amor. Eu, no entanto, não sei o que sussurrei naqueles instantes, se é que lhe sussurrei algo, embora muitas vezes deixamos escapar sons, grunhidos sem que o percebemos. Também não sei se ela chegou a me murmurar algo além de uma frase que ficou perdida em minhas lembranças; uma frase dita não sei em que momento e circunstâncias. Todavia, pelas palavras e pela entonação pode-se afirmar que Ana Carla experimentara algo incrivelmente bom, algo que daria a vida para tornar a experimentar, pois ninguém diz “Eu quero ser sua para sempre...” sem que um motivo muito forte a leve a desejá-lo eternamente, como a frase dava a entender. No mais, qualquer outro gesto ou quaisquer palavras que vieram a escapar de nossos lábios jazem eternamente perdidas. E o que me recordo faz parte dos momentos seguintes ao meu “colapso”, pois o gozo não passa de um colapso que dura apenas alguns segundos.
Quando voltei a mim, quando tomei consciência de onde estava, meu corpo jazia estirado sobre o dela. Ana Carla permanecia com os braços envoltos em mim, como que a prender-me para não escapar. Tanto ela quanto eu arfávamos intensamente, disso recordo-me perfeitamente. O suor brotava de todos os poros e banhados estávamos, como quando se emerge de um mergulho. Meu rosto pendia para o lado, entre os seios dela, cujas marcas avermelhadas davam a impressão de terem sido maltratados embora sem a intenção de machucá-los. Aliás, todos esses detalhes dos quais posso me lembrar levam-me a acreditar que, diferente do que aconteceu com Daniela e Silmara, cuja penetração arrancou-lhes lágrimas, o prazer foi infinitamente superior à dor da primeira penetração. Não bastasse o silêncio – uma forma de prolongar o deleite, de não quebrar aquele instante mágico –, a falta de choramingo – pois nessas horas o arrependimento, a culpa por ter se deixado seduzir causa esse tipo de reação na maioria das mulheres – era um sinal mais que evidente de que tudo estava bem. E nem o fato de uma parte de mim ainda tensa (eu a sentia dolorida, com um certo ardor) estar envolto pelo corpo dela, assim como meu peso parecia lhe incomodar e tirá-la daquele desprendimento. Talvez, naquele momento, eu pesasse menos que uma pena e meu falo, ao invés de incomodá-la ou lhe provocar algum desconforto, agisse sobre si da mesma forma que aquele silêncio. No entanto, não posso afirmar que isto seja verdadeiro. Não houve oportunidade de perguntá-la pelo simples fato de não me ter passado isso pela cabeça. E mesmo que houvesse, não a teria tirado de seu silêncio, pois se este lhe dava algum prazer, comigo não era diferente. Eu apenas a observava. Não conseguia fazer nada, minha alma fervilhava caótica, quase em lágrimas. Mas se tal pensamento não me ocorreu, o silêncio levou-me a outros, pois, nessas horas, o cérebro encontra um terreno fértil para experimentar as mais variadas conexões nervosas e produzir pensamentos que em nenhum outro momento haveria de florescer. Assim, ainda um tanto confuso, não pude evitar que o instante levasse-me a inquirir-me: “O que estou fazendo aqui casa com essa menina?... Onde estava com a cabeça? Por que me deixei levar pelos desejos? E agora o que faço? Devo tê-la machucado. É só uma menina. Dessa vez fui longe demais. Estou ferrado!”
Eu não sabia como reagir naquele momento, mas precisava fazer algo. Então levantei a cabeça e olhei em seus olhos, como quem tenta encontrar uma pista acerca do que fazer. Ela por sua vez os mantinha fechados, como se passasse por uma madorna. Em seu rosto calmo via-se que a perda da inocência ainda não fazia parte de suas preocupações, certamente porque ainda não tomara consciência da imensidão do passo que dera. Por isso, com muito cuidado, como se não quisesse despertá-la daquele sonho, eu me apoiei na cama e lentamente ergui os quadris. Achei que ela fosse abrir os olhos quando sentei ao seu lado, contudo se manteve imóvel, como se não quisesse despertar. “Dormindo? Desmaiada? Não isso não. Só não quer abrir os olhos. Vergonha, quem sabe. Deixa ela assim”, pensei. De forma que, não querendo incomodá-la, desviei a atenção para outro foco. Era preciso verificar o estrago feito, pois em suas entranhas jaziam marcas inapagáveis de minha passagem.
Ah, querido leitor! Quase fiquei decepcionado quando encontrei uma pequenina mancha de sangue na extremidade da glande. Tão pequena que não sabia ser minha ou dela. Talvez nem fosse de um sangramento, mas resquício de sua menstruação. Confesso ter imaginado de forma errônea evidentemente que o defloramento provocasse um sangramento maior, possivelmente por influência do ocorrido na penetração forçada em Silmara. Não posso porém afirmar se a quase ausência de sangramento é comum nesses casos. Não tenho experiência suficiente e muito menos conhecimento sobre o assunto, pois se em alguns casos -- como Silmara, Isoldinha e Suzana – houve o sangramento, noutros – como Tereza e Ritinha – não encontrei uma única marca de sangue. Mas talvez não tenha sido maior porque Ana Carla parecia muito excitada no momento da penetração.
Contemplar mais uma vez aquela flor desabrochada, encheu-me o coração de alegria e júbilo. O contentamento de tê-la na minha cama e sob os meus cuidados era tão intenso que me senti o homem mais plenamente realizado. Foi um sentimento novo, completamente estranho para mim, nunca experimentado em situações assim, totalmente oposto ao que eu sentia após alcançar meus objetivos. Ao invés de um certo desdém e desprezo até, meus olhos brilharam e se encheram de lágrimas, como se contemplar Ana Carla fosse uma experiência única, daquelas que a gente faria o maior dos sacrifícios para repeti-la. Um sentimento mais forte que eu, algo que estava totalmente fora do meu controle havia nascido com toda a sua intensidade de dentro de mim, como um vulcão ao entrar em erupção e cujas larvas consomem tudo que encontram pela frente, vulcão esse que ao encontrar uma pequena falha no meu excesso de zelo, foi entrar em erupção não no cérebro como se poderia imaginar mas sim no coração, num local tão improvável quanto uma atividade vulcânica num iceberg. E a vontade de querer tomar posse e de ser o único homem na vida daquela menina foi imensa, imensurável. Dir-se-ia tomado por intensos delírios. De repente, tomado pelo mais puro egoismo, eu não queria que outro homem a tocasse, beijasse e experimentasse com ela aquelas mesmas sensações que acabara de experimentar, como se só eu possuísse esse direito. Então eu senti um enorme desejo de posse, desejo que até aquela manhã me parecia pertencer somente aos seres inferiores e abjetos cuja insignificância os levam a tais sentimentos, a achar que a felicidade só pode ser alcançada através do outro e não de si mesmo. Mas eis que jaz eu a agir assim, a descobrir em mim exatamente aquilo que tanto condenava nos outros. Eu a queria só para mim, para sempre.
Definitivamente eu não planejara isso, não imaginara que algo assim me viesse a acontecer. Como fui me descuidar do coração? Como não fui capaz de supor que, ao alcançar meus objetivos, poderia não querer parar por ali? Ah, o destino havia me pregado uma peça! Talvez me castigado por fazer das mulheres objetos, por usá-las apenas como parte do prazer; talvez ele goste de brincar com nossas vidas da mesma forma que um garotinho sente prazer em brincar com seus bonecos. Então é isso? Somos todos bonecos de brinquedo nas mãos do destino? Então não somos livres?, donos do nosso próprio destino? Pensamos agir dessa ou daquela forma por livre e espontânea vontade quando na realidade somos manipulados? Quer dizer que o fato de ter nascido homem, num determinado dia e hora, filho desses pais e não de outro, ter frequentado determinada escola e não outra, tido esses e não outros amigos, saído com essas e não com outras mulheres, feito isso e não outra coisa com seus corpos foram obra do destino? Não, amigo leitor, não posso acreditar numa coisa dessas, num absurdo desse tamanho! Se um sentimento ainda estranho a mim me havia despertado com relação à Ana Carla, tal sentimento haveria de ter uma explicação racional. E embora tais pensamentos não me ocupassem naquele momento, pois ainda sentia a embriaguez da pureza do vinho do corpo de Ana Carla, certamente me ocupariam assim que o efeito passasse, pois não há embriaguez que dure para sempre. Mas enquanto a embriaguez não passasse só me restava arriscar a liberdade, atirar uma parte considerável de minhas crenças, de minhas verdades no lixo e viver essa nova realidade. O que poderia me acontecer eu não atinava. Aliás, que importância tinha isso agora? Só desejava viver dali em diante tão somente o momento. Não queria mais pensar no amanhã, nas consequências de meus atos, como fizera até então. O futuro? Que se dane o futuro!
Assim, procurei não pensar em mais nada. Só queria continuar junto de Ana Carla, despertá-la e perguntar-lhe se estava bem, se não a teria machucado. Agora mais do que nunca, eu me importava com a minha Florzinha, queria agradá-la, ser-lhe o mais atencioso e carinhoso possível, e acima de tudo fazê-la feliz.
Para despertá-la, dei-lhe um rápido beijo nos lábios. Ela abriu os olhos e me encarou submissa, feito uma adolescente apaixonada, dessas que sacrificam a própria reputação e a de sua família por um homem cuja índole não vale um grão de areia. Nesse instante, tive a percepção de que só então ela adquirira consciência de nós dois, de si mesma em relação a mim e do que de fato lhe ocorrera.
-- Eu te machuquei? - perguntei.
Ela meneou a cabeça negativamente.
Com uma das mãos passei a alisar seus cabelos. Depois levei a mão ao seu rosto e passei a acariciá-lo com delicadeza. Diferentemente do que me acontecia antes, quando fazia algo parecido na mais completa indiferença, apenas com o intuito de parecer gentil, agora só não sentia necessidade de fazê-lo, como encontrava um prazer inexplicável, tão deleitoso quanto foi acariciar-lhe os seios antes de possuí-la. Correspondendo a essa carícia, Ana Carla estendeu-me os braços e, num gesto inesperado, me arrastou novamente para cima de si, talvez por temor de que eu pudesse me levantar, vestir-me e dar nosso encontro por encerrado. Aliás, amigo leitor, tal gesto não foi exclusividade sua. Por uma meia dúzia de vezes cena parecida aconteceu. Entretanto, não a ignorei ou lhe fui grosso, indelicado como cheguei a ser duas ou três vezes. Cedi. Para não soltar todo o meu peso em cima de seu corpo frágil – pois agora me parecia mais jovem, mais frágil e delicado que antes –, eu me apoiei na cama e fui escorregando para o lado. Então a abracei e joguei uma das pernas sobre as suas, para que ela não achasse que estava a me esquivar. Súbito, nossos lábios se tocaram e ela se deixou beijar de forma suave, como uma jovem esposa após a primeira noite. E depois tão submissa, tão realizada, perguntou:
-- Você me ama?
-- Claro que te amo, minha florzinha.
-- Eu também te amo muito, muito! - disse ela, virando-se toda faceira por cima de mim, o que quase nos levou a cair da cama.
Aquelas palavras fizeram-me refletir novamente acerca do que acabara de fazer. Antes, quando Ana Carla era tão somente um corpinho sexy, atraente e virgem, eu só queria possuí-la e satisfazer meus impulsos, impulsos esses difíceis de domar e os quais me faziam perder tempo e gastar dinheiro para seduzir mulheres apenas para acalmá-los. E depois de domados, quando a serenidade tomava conta de minha alma, tais mulheres já não me serviam para mais nada, até porque a maioria delas não tinham mesmo nada a oferecer-me além de alguns momentos de prazer. Às vezes aliás, chegava a sentir pena dessas pobres coitadas por saber que seus destinos seriam conformar-se com uma vida inútil ao lado de um bronco que certamente as maltratariam e as encheriam de filhos. Mas com Ana Carla porém não foi isso a causa de minhas reflexões, nem mesmo a indiferença – pois a indiferença não nos provoca reação alguma --, mas sim o arrependimento. Este não aconteceu só por ter mudado meus sentimentos para com ela, uma vez que isso só não era suficiente para causar-me algo do qual me gabava de não sentir, mas também porque, de alguma forma, eu tinha ciência, embora não houvesse refletido direito acerca disso, de que nosso relacionamento não acabaria ali. Como numa grande sacada, eu consegui medir a extensão dos problemas que teria pela frente, caso continuasse a me encontrar com Ana Carla. E só então me vieram à memória todos os riscos que corri -- como se só agora conseguisse me livrar da cortina de fumaça a cobrir-me os olhos – e teria de correr por seduzir uma jovem daquela idade. Apesar desses pensamentos insistirem em me roubar à atenção, eu fazia o possível para afastá-los e evitar que estes perturbassem aquele momento tão novo, tão cheio de mistérios e ao mesmo tempo tão fascinante. "Também não adianta chorar o leite derramado... Preciso dar um jeito de contornar essa situação", conclui.
Depois de um curto silêncio, Ana Carla disse:
-- Estou ficando com fome.
-- Eu também. Quer que eu prepare alguma coisa para a gente comer?
-- Quero!
-- Então vamos tomar um banho primeiro.
Levantei e peguei em suas mãos para ajudá-la a sair da cama. Ela soergueu o dorso, dobrou as pernas, fez um giro, apoiou os pés no chão e pôs-se de pé num movimento sutil, numa leveza que só onde há a mais pura feminilidade é possível encontrá-la. Ficamos frente a frente. E então meus olhos percorreram-lhe o corpo de baixo à cima até nossos olhares se encontrarem. E os olhos dela brilhavam tanto quanto a mais brilhante estrela do universo. Talvez seja um exagero de minha parte, mas dada a intensidade do momento, as estrelas não me parecem brilhar tanto assim e nem o universo infinito. Aliás, aquele brilho, feito uma luz forte direcionada de forma súbita para meus olhos, penetrou-me através dos olhos e, devido a sua intensidade, atingiu-me o interior do peito, fazendo chegar luz onde até então só houvera escuridão. Eu nunca vira um brilho tão intenso quanto aquele, embora um certo brilho também chegara a escapar dos olhos de Francineide, Isoldinha e mais uma ou outra infeliz cujo nome já não me recordo mais. Eu não sabia se todo aquele brilho era amor ou uma reação natural àquele ato de intenso prazer. Talvez até fosse, embora a primeira alternativa me parecesse a mais provável. E ao supô-lo verdadeiro, um aperto muito forte – quase uma flechada – atingiu-me o coração sem que eu compreendesse o porquê. E aquele brilho nos olhos dela e a pontada em meu peito trouxeram à tona uma verdade, verdade essa possivelmente há alguns dias em franco processo de desenvolvimento: a vontade de não deixá-la mais. Aliás, se até então ainda pensava em me livrar dela na primeira oportunidade, agora esta vontade perdera de uma vez por todas o sentido.
Abracei-a fortemente, premendo meu corpo contra o dela, como se tivesse necessidade do seu calor para ter certeza de que tudo não passava de um sonho. E ao senti-la em meus braços, a maciez de sua pele, o cheiro da juventude e as lembranças dos momentos ainda frescos na memória me levaram por um instante a pensar em novamente atirá-la à cama e voltar a sorver o néctar de sua pureza. Todavia o prazer de tê-la ali, aninhada e tão submissa como se lhe escapasse um fogo de avassaladora ternura, levou-me a sentimentos mais nobres, fato este inédito até então. E beijei-a na fronte, na face e nos lábios, como retribuição por me levar a experimentar algo tão novo e intenso.
-- Eu te amo muito, muito... muito... - murmurou Ana Carla.
-- Eu também, meu amor! Vem! Vamos tomar um delicioso banho.
-- Você me faz muito feliz.
-- Você também – foi a minha resposta, embora ainda sem compreender ao certo aquele desejo tão estranho de tê-la só minha. Um desejo que se misturava ao deleite de tê-la nos meus braços, como se ela fosse diferente de todas as outras mulheres com as quais deitei naquela cama.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A PAZ MUNDIAL SÓ SERÁ POSSÍVEL QUANDO...


Os versos abaixo foram escritos em 2003, quando tanto o Brasil quanto o resto do mundo viviam outra realidade. De lá para cá muita coisa mudou, mas os conflitos que sacrificam milhares de vidas ao redor do Planeta continuam todos aí. Embora algumas iniciativas neste sentido tenham sido feitas, ainda sim aquele mundo sonhado por John Lennon em Imagine parece cada vez mais distante.



A paz mundial só será possível...
Quando os países do primeiro mundo 
Se sentirem responsáveis
Pelo caos e miséria do terceiro mundo;
Quando os políticos chegarem a conclusão
De que discursos e promessas não põem fim às desigualdades sociais,
De que raça, cor e credo não fazem disso uns melhores que outros;
Quando os empresários de todo o mundo perceberem
Que a ganância e o lucro fácil tem limites;
Quando os homens de todas as crenças descobrirem
Que não se deve matar em nome de Deus,
Que a vida é um direito inalienável,
Que vivemos todos sobre o mesmo chão,
E nascemos e morremos da mesma forma;

Enfim... 
A paz mundial só será possível...
Quando o homem descobrir
Que nada – exceto nossos conceitos e preconceitos –
Nos faz sermos diferentes uns do outros...
Só então poderemos viver em paz
E em harmonia com nossos semelhantes.
Mas talvez esse dia nunca chegará,
Pois a humanidade terá destruído a si mesma.

domingo, 18 de setembro de 2011

A INTERNET E A REVOLUÇÃO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


A Internet, ao longos dos últimos anos, tem passado por uma série de transformações. Muitas delas provocaram verdadeiras revoluções e contribuíram para a sua disseminação e popularização. E nada contribuiu tanto para transforar a internet em algo corriqueiro, fazendo parte do nosso dia a dia, quanto as redes sociais. Hoje em dia há redes sociais para todo o tipo de propósito. A maioria de nós inclusive faz parte de mais dessas redes ao mesmo tempo. E as redes sociais não são só uma febre que vem e passa como muitas febres na internet. Elas só não vieram para ficar como também estão mudando o comportamento e o gosto das pessoas. E uma das maiores mudanças e talvez a mais significativa de todas é com relação ao entretenimento. Até pouco tempo o rádio e a televisão reinavam absolutos na preferência do público em geral. Mas hoje eles vêm perdendo ouvinte e telespectadores de forma continua. Embora o rádio e a TV não irão desaparecer, pelo menos num futuro próximo, a perda de preferência para a internet deve levar inevitavelmente a uma drástica redução de estações de rádio e TV. As rádios online, os sites de vídeo como o YouTube por exemplo serão os grandes favorecidos. Aliás, os novos aparelhos de TV que permitem acessar a internet são consequência dos novos tempos. Tanto o ouvinte quanto o telespectador não quer mais ficar preso às grades de programação para ouvir suas músicas preferidas ou assistir seus programas. Ele quer ter a mobilidade de ouvi-las ou assisti-los quando quiser e quando puder. E no momento nem o rádio e nem a televisão são capazes de lhe proporcionar isso. Somente a internet tem esse poder. Quando nos anos 80 achar que um dia o computador, o aparelho de som a TV e o telefone fossem se unir num único aparelho o sujeito era chamado de louco. Hoje isso é realidade e a previsão se confirmou. Portanto achar que num futuro próximo a TV e Rádio como hoje a gente conhece desaparecerão não é mais tão absurdo quanto foi aquela previsão dos anos 80. Uma nova era só está começando. A verdadeira revolução ainda está por vir.