segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 41

    A noite caiu rápido, como se o tempo tivesse pressa. Foi um alívio. Pois o fato de Luciana estar impossibilitada de se locomover alterou por completo a nossa rotina, uma rotina construída desde o primeiro dia em que chegamos à ilha. Os três peixes que eu consegui pescar foram comidos em silêncio, como se aquela nova forma de se alimentar – um avanço considerável em relação ao que vinhamos comendo até então -- não fosse motivo de comemoração. Aliás, de quando em quando, o silêncio era interrompido pelos gemidos da convalescente, a qual reclamava de muita dor. Dor essa fácil de supor pelo estado em que se encontrava a parte lesionada, onde um inchaço muito grande envolvia-lhe não só a parte inferior da canela como também o pé todo, deixando-o quase redondo.
    Não se podia contar com Luciana para tomar conta da fogueira. Talvez até fosse a pessoa mais indicada para essa tarefa, uma vez que certamente não conseguiria dormir. No entanto não seria justo com ela naquele estado. De forma que nós três teríamos de revesar, permanecendo acordo por mais tempo. E na ordem de costume cada um fez a sua parte sem reclamar ou demonstrar indisposição.
    Lembro-me perfeitamente de como me foi terrível – assim como deve ter sido para Marcela e Ana Paula – ficar todo aquele tempo acordado, quando na maior parte do tempo, os olhos teimavam em pesar, quase necessitando de algo para manter as pálpebras abertas,. Luciana deu-me uma força, ao permanecer conversando comigo, já que eu já não aguentava mais manter os olhos abertos.
    Antes que ela despertasse, ouvi várias vezes seus gemidos, principalmente ao se virar. E quando acordou, chamou-me com sussurros e pediu-me para ajudá-la a se levantar e levá-la para fora da cabana porque ela queria fazer xixi. Fui prestativo e a ajudei prontamente. Aliás, quando ela precisou se agachar, pois as mulheres não são como nós homens que mijamos de pé, o que é uma vantagem a nosso favor, pois caso tenhamos de sair correndo não perdemos tempo em se levantar e se vestir, tive de agachar com ela, uma vez que se apoiava no meu ombro. Na realidade, ela não ficou bem agachada e sim sobre os joelhos, porque não podia pôr peso sobre o pé ferido. Aliás, para que as nádegas não apoiassem no calcanhar ferido, teve de pender o dorso para frente num ângulo de quinze graus. Aliás, foi por isso que ela se segurou em mim, para não tombar para frente.
    Enquanto ela fazia suas necessidades, lembro-me de pensar na fraqueza do ser humano. “Coitada! Tão forte, poderosa e agora dependendo de mim até para mijar. Talvez ela nem tenha se dado conta, mas até mais cedo eu estava em suas mãos, agora é ela quem estar nas minhas. Podia mandar ela fazer qualquer coisa. Ela teria de me obedecer. Podia até me vingar dela, bater na cara dela, mostrar o pinto para ela, balançar ele bem embaixo do nariz dela que ela não ia poder fazer nada. Talvez me xingar, gritar pelas meninas, nada mais. Bem feito! Agora vai ter que ficar assim. Só quero ver por quanto tempo. Vai demorar. Aposto como vai...”
    No outro dia, assim que o sol nasceu, ela nos acordou, dizendo estar com fome. Não havia o que comer. De forma que eu mesmo teria de ir buscar. Então pensei em chamar a Marcela para ir comigo, mas lembei-me que não poderia deixar Ana Paula e Luciana sozinhas na cabana, uma vez que as duas não se entendiam. Outro motivo que me fez mudar de ideia, embora a contra gosto, foi o oportunismo. Não poderia aproveitar a primeira chance para ficar as sós com Marcela e assim despertar a fúria de Luciana que, apesar de não poder fazer muita coisa naquele estado, poderia se vingar da outra na primeira oportunidade. Era bem capaz disso. Estaria livre de Luciana por um bom tempo e chances de ficar com Marcela não me faltariam. Desta feita, chamei minha prima para me acompanhar na coleta de frutas para o desjejum.
    Fizemos o possível. Onde estávamos acostumados a apanhá-las, não haviam em quantidade suficiente para matar nossa fome ao longo do dia, de forma que mais tarde teria de pescar. Enquanto retornávamos com pouco mais de meia dúzia de goiabas e umas quatro bananas com um amarelo meio esverdeado, Ana Paula opinou:
    -- Luciana vai ficar um tempão sem andar. Você não acha?
    -- Acho – anui. E após um breve silêncio acrescentei: -- Meu medo é que ele não melhore e a gente tenha de cuidar dela.
    -- Será? Mas e se não melhorar, o que pode acontecer?
    -- Ah, não sei direito! -- exclamei. -- Talvez ela tenha que ficar assim até a gente sair daqui. Já vi na TV, mas não sei se era por causa disso, não lembro, pessoas com os pés inchados, enormes, pretos. Aí não tinha mais jeito e os médicos amputavam eles. Sabe o que é amputar?
    Ana Paula ficou pensativa por um momento, depois respondeu:
    -- Não. Não sei não.
    -- Amputar é serrar. Cortar ele com uma serra, que nem aquelas que usam para serrar madeira, ferro e etc. Eles cortam a perna da pessoa e depois colocam uma perna mecânica no lugar dela – expliquei. Talvez estivesse fazendo tempestade, mas lembro-me de imaginar Luciana com o pé tão inchado e roxo que parecia o pé de um gigante.
    -- Assim, serrando? – mostrou com movimentos de braço
    -- Isso mesmo.
    -- Nossa! Deve doer muito – supôs Ana Paula.
    -- Não sei direito como fazem, mas sei que é isso. Talvez Marcela saiba explicar melhor. Ela é uma sabe tudo – acrescentei.
    Ana Paula asseverou que a perguntaria quando as duas estivessem as sós, pois não queria que Luciana ouvisse. Apesar de não gostar dela, isso poderia deixá-la com mais raiva.
    Concordei.
    Na cabana, Marcela e Luciana conversavam alegremente. Aliás, até estranhei tamanha descontração dada a gravidade da lesão. Dir-se-ia inclusive ter-se melhorado. Ao nos avistar, tentou sentar-se, mas não conseguiu. Fez uma expressão de dor, o que me levou a concluir que seu estado continuava sem alteração. Aliás, ao examinar-lhe atentamente a perna lesionada, vi que o tornozelo inchara ainda mais, seu pé parecia ainda mais roliço. Então pensei comigo mesmo: “Ela piorou. A gente precisava de um remédio pra ela tomar. Enfaixar também. Acho que a gente devia. Mas com o quê? Não temos pano. Será que alguma delas tem uma ideia?”
    Perguntei.
    -- Não sei se resolve muito – declarou Marcela após refletir --, mas poderíamos tentar com folhas de Bananeira. A gente enrola elas em volta do pé dela e amarra com tiras secas. Talvez isso ajuda a melhorar mais rápido.
    -- Vamos tentar – falei.
    -- No meu pé? Com ele desse jeito? Ninguém vai por a mão nele não – afirmou Luciana.
    -- Mas assim ele vai melhorar mais rápido – argumentou Marcela. --Se ficar assim, ele pode piorar ainda mais.
    Luciana concordou à princípio. Então me ofereci para ir imediatamente buscar as folhas de bananeira. Ana Paula se ofereceu para ajudar. Todavia sugeri que enquanto isso fossem ela e Marcela apanhar lenha para a fogueira antes que esta se apagasse por falta do que queimar.
    Saímos os três em grupo, mas pouco metros a frente tomamos rumos diferentes: eu segui em frente e as duas amigas entraram pela trilha na mata.
    Enquanto ia em direção ao bananal, pus-me a pensar: “Ela sozinha lá daquele jeito. Sem poder fazer nada. Só esperando, esperando... Uma longa espera. Inútil. Ela também deve estar se sentindo. Eu me sentiria também. Qualquer um de nós. Se ela estivesse aqui, comigo, era capaz de tentar me agarrar. Ela sempre faz isso. O meu pinto. Quer ver ele. Crescendo, duro. Pegar. Mexer nele. Ela gosta. Manda eu por ele para fora assim. E pega nele desse jeito. Ele começa a crescer. Igual agora. Depois ia mandar eu enfiar nela. No meio das pernas. Na buceta. Quente. Úmida também. Ela aperta. Parece que quer morder ele. Será como ela consegue? Pensa nela mexendo e aí ela mexe. Deve ser assim. Melhor quando ela abre bem as pernas. Põe mais. Gostoso ficar mexendo. Assim com a mão também. Indovindo, indovindo, indovindo... Mas nela é diferente. A gente cansa mais.  Fica mole, sem forças. Marcela. Com ela será que também é igual? Queria fazer. Mas não como a Luciana. Beijar, fazer carinhos antes. Dizer: eu te amo. Sonho com você o tempo todo. E é verdade: amo ela. É mais gostoso sim. A gente fica com mais vontade. Como deve ser a dela? Maior? Mais cabeluda? Apertada também. A gente se beijando durante. Vontade. Estou ficando com muita. Luciana lá, sem poder fazer nada. A gente poderia sair para buscar alguma coisa. Vir aqui. Parava na areia, começava a se beijar. Pegava nos peitos dela. Gostoso fazer isso. Ele está crescendo mais. Mais duro. Não tem ninguém. De onde elas estão não dá para ver. As árvores encobrem. Podia fazer sozinho pensando nela. Igual outro dia. Ele está querendo. Muito. Não posso voltar assim. Dá pra ver. Elas vão ver. Qualquer um. Vou ter que dar um jeito. Parar aqui. Só o mar de um lado e a floresta do outro. Ninguém para ver. Vou fazer...”
    Andara poucos metros desde que me separara de Ana Paula e Marcela. Numa entrada, encontrava-me de pé, com o falo ereto entre os dedos, indeciso se me masturbava ou não. No entanto, a indecisão durou pouco. Por fim decidi pelo sim. Ir contra a natureza e conter os instintos não teria cabimento. Aliás, qualquer garoto na ninha idade também teria feito o mesmo, mesmo aqueles que, como eu, fossem fruto de princípios morais rígidos, onde qualquer coisa que nos leva a perder o controle fosse considerado um pecado, pois nos primeiros anos da adolescência ainda somos escravos dos nossos instintos bem mais do que na fase adulta, quando totalmente contaminados pela moral e pela razão nos tornamos mais infelizes.
    Quando o desejo é latente, como era o meu por Marcela, e nos arrasta a um profundo estado de absorção, a coisa acaba rápido, numa intensa explosão de sensações, as quais vêm e desaparecem na mesma velocidade que o brilho no céu durante uma queima de fogos de artifício. É tudo muito intenso e rápido. E comigo ali, de frente para o mar, não foi diferente. E se não fosse a necessidade de ir até a água para me limpar, poderia ter prosseguido imediatamente em direção ao bananal, o qual estava próximo. Ao entrar no mar, perdi algum tempo, pois aproveitei para refrescar, uma vez que novamente o dia amanhecera ensolarado e extremamente abafado. E talvez essa perda de tempo, se não tivesse ocorrido, poderia ter evitado um ato vergonhoso de minha parte pouco depois, muito mais vergonhoso do que ter me masturbado pensando em Marcela: o medo do nada.
    Digo medo do nada porque não me ocorre nada melhor para explicar o que se passou e me levou a acreditar em algo inexistente, em um bicho grande, feroz e monstruoso apenas porque pensara na possibilidade dele estar a minha espreita naquela mata. Tal possibilidade ocorreu-me assim que terminei de apanhar a terceira folha de bananeira. Ao virar para trás e olhar para a mata virgem, pensei: “E se Deus quiser me castigar por ter feito aquilo de novo? É pecado, eu sei. Não devia fazer. E se um monstro vem me pegar para me levar para o inferno? Uma coisa horripilante. Cheio de tentáculos. Que nem uma Lula Gigante. Mais monstruoso. E se ele sai da floresta?” Nisso, por coincidência, um som vindo daquela direção penetrou-me nos ouvidos.
    Lembro-me do gelo percorrer-me a espinha de cima abaixo. Apavorado, crente de que aquela coisa sairia do mato e me pegaria, agarrei o maço de folhas de bananeiras e desembestei em direção à cabana. Corri e corri sem parar. E nem mesmo ao avistar a cabana ao longe desacelerei. Aliás, não sei o que pensei, se é que cheguei a pensar em alguma coisa. Confesso no entanto, amigo leitor, que só parei diante de Luciana, ao atravessar a porta da cabana.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A SAMSUNG E O TIZEN


Depois do lançamento do FirefoxOS e do Sailfish, cegou a vez do Tizen, sistema de dispositivos móveis desenvolvido pela Samsung em parceria com a Intel e várias outras do ramo de tecnologia. Para quem ainda não sabe, o Tizen é uma herança do Meego, sistema que chegou a ser desenvolvido pela Nokia em parceria com Intel mas que foi abandonado pela Nokia depois do acordo com a Microsoft. Acordo esse que, dizem as más línguas, foi o maior erro da empresa finlandesa, uma vez que o Meego era superior ao Windows Phone e tinha tudo para concorrer em pé de igualdade com o Android do Google e o IOS da Apple. Assim como o Android, o FirefoxOS e Sailfish o Tizen é baseado no Linux, mas com uma diferença: Dá mais poder ao HTML5 – linguagem usada pela internet – o que deve tornar os aplicativos mais velozes e menos pesados. Enfim, a Samsung resolveu entrar na parceria com a Intel e, após grandes mudanças nos rumos do sistema, rebatizou-o de Tizen. Com ele, a intenção da Samsung é diminuir a dependência do Android e com isso reduzir o altos custos com o pagamento de patentes tanto ao Google quanto às demais empresas como a Apple e a Microsoft, uma vez que o Android usa várias patentes dessas empresas. Apesar do sucesso da Samsung e do fato de ter se tornado a segunda maior fabricante de smartphones do mundo se dever ao Android, que ela soube como nenhuma outra empresa, ajustar ao gosto e às necessidades do usuário, ela parece disposta a tomar um novo rumo. Ainda é cedo para sabermos se o Tizen de fato terá condições de ser competitivo e de agradar ao público a ponto de levá-los a comprar aparelhos com o novo sistema. Mas tudo indica que o Tizen pode sim vir a ser um concorrente de peso, uma vez que vai equipar os aparelhos de ponta da empresa sul-coreana e muito provavelmente de outras empresas. Outro fator que pode favorecer o Tizen é o fato de equipar outros aparelhos eletrônicos como smarttvs, noteboks, tablets, câmeras fotográficas e veículos. Mas a Samsung sozinha não terá condições de levar o Tizen a desbancar o Android e o IOS. Aliás, o caso da Apple é único e muito dificilmente surgirá outra empresa que faça o mesmo. A Microsoft com o seu Windows Phone vem engatinhando há quase uma década e só agora, depois da aquisição da Nokia – empresa que já foi a maior fabricante de celulares do planeta --, que seu sistema operacional passou a ter alguma relevância no mercado de dispositivos móveis, ainda sim muito pequena. Apesar dos esforços da Microsoft, ainda assim os tablets com Windows não decolam. A Samsung por outro lado parece não estar disposta a cometer o mesmo erro e vai continuar a lançar aparelhos com o Android, mas a medida que o Tizen for crescendo, é bem possível que ela acabe dando preferência ao seu próprio rebento. Então, que venha mais um sistema e que os consumidores se encarreguem de dizer quem sobreviverá.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

VEM AÍ MAIS APAGÕES


Embora as causas do último apagão em várias regiões do Brasil ainda não tenha sido esclarecidos, não há dúvida que a onda de calor que assola o país contribuiu para o problema, uma vez que as redes de transmissão estão sobrecarregas e no limite. É bem possível que este apagão seja o primeiro de uma série que ocorrerão, caso não volte a chover rápido e as chuvas não sejam abundantes (é bom a gente começar a fazer a dança da chuva). Os reservatórios estão nos mais baixos níveis dos últimos anos quando, na verdade, deveriam estar cheios, pois estamos numa época de chuvas e onde os reservatórios normalmente estão em melhor situação. Pode ser que haja termoelétricas suficientes para suprir a demanda no período de estiagem, período esse que coincide com a Copa do Mundo de Futebol, o que deve aumentar ainda mais o consumo. Temo que o Brasil possa dar um vexame não em campo (e por que não? Futebol é uma caixinha de surpresas) mas com os apagões durante os jogos da copa. É obvio que o problema de energia se arrasta há décadas e culpar exclusivamente este ou aquele governo pelo problema não tem cabimento, mas é preciso reconhecer que se cada um dos governos tivesse feito a sua parte, isto não estaria acontecendo. E o governo Dilma é direta ou indiretamente o mais culpado. Não só por não ter feito os investimentos necessários, mas também por ter barateado a conta de luz, fazendo com que o preço baixo da energia elétrica levasse a população a gastar mais. Por outro lado, o incentivo ao consumo de eletrodomésticos com a redução de impostos, cujo objetivo era manter a economia aquecida e as baixas taxas de desemprego, objetivo esse que foi alcançado, agravou o problema uma vez que elevou bastante o consumo de energia sem que esse aumento fosse compensado com a entrada em funcionamento de novas usinas hidroelétricas. Agora, a saída será por em funcionamento o maior número possível de termoelétricas para suprir a demanda. Só que essas usinas têm um custo muito alto e consequentemente vai pesar no bolso do consumidor, direta, através da conta de luz; ou indiretamente, através de aumento de impostos ou da inflação – nesse caso, o aumento da inflação virá se o governo decidir bancar sozinho esse custo, o que vai aumentar ainda mais o rombo nas contas públicas e um desequilíbrio fiscal. E toda vez que há um desequilíbrio fiscal, há um aumento na inflação, uma disparada do dólar, uma desconfiança com o país o que reduz o investimento, etc, etc... Enfim. Não tem jeito! Se correr o bicho pega, se fixar o bicho come. Qual você prefere?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O AMOR PODE SER MINHA SALVAÇÃO


Eu sei que não tenho o direito de te pedir nada
E muito menos exigir alguma coisa de você
Mas meu peito anda com uma dor danada
E eu já não sei mais o que fazer.

Minha alma anda perdida e vaga sem rumo
A procura de um pouco de compreensão
Mas tudo que eu encontro é o escuro
E olhares frios e sem um pingo de paixão

Talvez você pudesse ser a minha amada
E conseguisse me dar uma razão para viver
Pois a vida me parece não valer nada
Sem sentido e sem nenhum prazer

Talvez você pudesse me dar um rumo
E me mostrar o que é amar e sentir paixão
Embora a morte me pareça um porto seguro
Quero viver e o amor pode ser minha salvação

domingo, 2 de fevereiro de 2014

NÃO SE EXPLICA O AMOR

Não, eu não quero as razões
De teu amor por mim
Quero apenas as sensações
Que causas em mim

O amor, como todo sentimento,
Não se explica.
Vem e provoca contentamento
E quando vai, só a dor fica.

Então, por que dar explicações
Se não as conheces enfim?
Ame-me sem preocupações
Com o porquê de ser assim

E quando veres entretanto
Que o amor nada mais significa
Parta, sem arrependimento.
Sem amor, toda partida se justifica