domingo, 27 de setembro de 2015

O NADA DEPOIS

Um pequeno poema em redondilha menor, composto de três versos. Para quem não sabe, redondilha menor é um poema cujos versos são compostos de 5 sílabas poeticas. 

Se não te dizer
Que o mundo é belo 
Não hei de ter 
Sido sincero 

Se não te dizer
Que a vida é morte 
- eterno sofrer - 
Mentirei em parte 

Assim mundo e vida
São do mesmo partes:
Um tudo e um nada
Que co'a morte parte

domingo, 20 de setembro de 2015

O CONGRESSO E O REBAIXAMENTO DA NOTA DO BRASIL

O rebaixamento da nota de crédito do Brasil para especulativo pela agência de classificação de risco Standard & Poor's é um reflexo da situação política e econômica pela qual o país vem passando nos últimos meses. Aliás, mais por questões políticas do que econômicas, uma vez que não há aparentemente razão para a redução dessa nota, uma vez que o Brasil é um país capaz de honrar seus compromissos a médio e longo prazo. No entanto, é preciso reconhecer que, no âmbito político, a situação está complicadíssima e não há a curto prazo uma solução. Independentemente dos erros do governo, erros esses que culminaram com a crise atual, o Congresso Nacional tem um papel fundamental no agravamento dessa crise, pois parece fazer de tudo para criar problemas para o Executivo, que procura fazer o impossível para reequilibrar as contas públicas. Embora o Senado esteja mais alinhado com o Governo Federal, procurando muitas vezes apagar o incêndio provocado pela Câmara dos Deputados, ainda sim não deixa de criar entraves. Claro que o embate em Câmara dos Deputados e Governo Federal é fruto em parte da fragilidade do Governo Dilma e da falta de coordenação entre o Palácio do Planalto e os parlamentares. Mas não é só isso. O governo não tem uma maioria de fato, capaz de acompanhá-lo para o que der e vier. E isso faz com que boa parte dos deputados chantageie o Governo Federal a fim de obter algum ganho, já que a política nacional sempre foi na base do toma lá dá cá. E infelizmente nossos deputados preferem, antes de tudo, pensar em si mesmos do que nos seus eleitores ou no próprio país; aliás, o que muitos querem infelizmente é o “quanto pior melhor” . Por isso eles têm a sua parcela de culpa no rebaixamento da nota de crédito do Brasil, mesmo não sendo eles que tenham gerado essa crise. Além de não ajudarem a resolvê-la, procuraram, por outro lado, torná-la mais aguda. Agora não adianta dizer que o Congresso não tem nada a ver com essa história porque esse papo furado não cola. Eles têm culpa sim e muito!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

OS DIVERSOS SISTEMAS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS


Muita gente não sabe, mas, diferente do que acontece no mundo dos computadores, onde o Windows, sistema operacional da Microsoft, reina absoluto com o IOS, sistema operacional da Apple presente ms Macs, e o Linux correndo por fora, no mundo dos dispositivos móveis (celulares, tablets, relógios inteligentes e carros conectados entre outros) a situação é bem diferente. E embora o Android, desenvolvido pelo Google, seja o dominante, seu domínio não é tão grande quanto o Windows nos computadores e o número de concorrentes é bem maior. Claro que a maioria das pessoas – principalmente aqui no Brasil e na América Latina – pensa que só existem o Android com os mais variados dispositivos rodando o sistema do robozinho e o IOS da Apple com os seus Ipads e Iphones. Mas na verdade existem outros sistemas para esses tipos de dispositivos. A maioria deles é bem mais recente, lançados nos últimos meses, e por isso ainda praticamente desconhecido do público em geral. Aliás, além do Android e IOS, só o Windows Phone da Microsoft tem alguma popularidade e seja conhecido do público brasileiro. Até porque, excetuando-se o Firefox OS (presente em mais de uma dezena de aparelhos celulares e nas smarts Tvs da Panasonic), cujo desenvolvedor (fundação Mozilla) é o mesmo do navegador Firefox, os outros ainda não foram oficialmente lançados aqui no Brasil e na América Latina, embora possam ser legalmente importados. Além dos quatro sistemas já citados acima, somente o Sailfish OS da Jolla, uma empresa finlandesa fundada por ex-funcionários da Nokia após a venda para a Microsoft, já tem algum tempo no mercado com um celular e um tablet, o qual foi lançado há pouco mais de um mês. A Samsung, em parceria com a Intel e um grupo de outras empresas, vem desenvolvendo o Tizen. Essas empresas, principalmente a Samsung, está investindo pesado no Tizen com o objetivo de acabar com a dualidade Android e IOS. O Tizen está presente em dois modelos de celulares (Z1 e Z3 da Samsung), lançados recentemente na Índia e na África, nos relógios inteligentes da linha Gear, nas novas Smarts TVs da empresa Sul Coreana e nas câmeras fotográficas. A Samsung pretende, aos poucos, substituir o Android pelo Tizen nos seus aparelhos top de linha. E finalmente temos o Ubuntu Phone da Conical, a mesma empresa que está por trás do Ubuntu, a distribuição Linux mais conhecida, presente em vários notebooks e desktops. O Ubuntu Phone foi lançado há poucos meses e está presente em dois aparelhos (Aquarios E4.5, da espanhola BQ e MX4 da chinesa Meizu), vendidos principalmente na Europa e China. O que há em comum a todos os sistemas operacionais, exceto o Windows Phone e IOS, é o fato de todos serem derivados do Linux. Embora cada um dos sistemas tenha as suas particularidades, vantagens e desvantagens, o que pode agradar mais uns e outros menos, no fim das contas todos fazem praticamente as mesmas coisas. Não é objetivo desse artigo apresentar as características de cada um desses sistemas; aliás para saber um pouco mais cada um deles é só acessar este LINK A intenção do autor é tão somente mostrar ao leitor a existência de uma grande variedade de sistemas para dispositivos móveis, pois muita gente ainda não sabe disso. Aliás, se hoje essa informação pode até parecer irrelevante, o mesmo não será num futuro bem próximo, pois não há dúvida de que a guerra e a disputa por relevância entre os sistemas citados acima está para começar. Quem sobreviverá é difícil saber, mas não há a menor sombra de dúvida que, no fim das contas, quem sairá ganhando é o usuário, que terá cada vez mais recursos ao alcance da mão. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

QUEM CULTIVA O ÓDIO

Nessa vida tão breve e passageira
Onde tudo se esvai tão facilmente,
Cultivar o ódio a vida inteira
É ensinar a falar um elefante

Perdem-se inutilmente os mais preciosos
Momentos a fim de manter aceso
Esse veneno que cega os olhos
E ao viver acrescenta-se um grande peso

O ódio deve ser coisa passageira
Que vem e depois vai assim de repente.
Jamais cultive-o como uma figueira
Que dura bem mais que a vida da gente

Não torne os teus belos dias rancorosos
Por causa desse teu ódio persistente
No fim te sobrarão só os remorsos
Por odiado e não vivido realmente

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A EUROPA É CULPADA DISSO:

A invasão de imigrantes, fugindo das regiões em conflito no Oriente Médio e na África, que a Europa vem sofrendo é um exemplo claro de como o Ocidente fracassou em apoiar as revoltas da Primavera Árabe e no combate aos grupos extremistas que aterrorizam as populações por onde passam. Pois a maioria esmagadora desses refugiados, os quais arriscam a vida para fugir muito provavelmente da morte ou até mesmo da escravidão, vêm de algum país dessa região: ou é de países onde a tentativa de derrubar o governo não só criou um caos como também fez surgir uma guerra sangrenta entre os mais diversos grupos a fim de tomar o poder, o que fez aumentar a repressão por parte de quem se mantém no poder como na Síria por exemplo; ou é de países onde há forte atuação de grupos extremistas, como é o caso do Estado Islâmico, o qual aterroriza e escraviza as populações das regiões que caem em seu poder. É o que ocorre no Iraque e principalmente na Síria, provocando uma grave crise humanitária. Seja qual for o caso, a responsabilidade da Europa e de boa parte da comunidade internacional é muito grande, uma vez que são culpados direta ou indiretamente pelo caos nesses países. E de mais a mais nunca é bom lembrar que essas nações eram, até a Segunda Guerra Mundial, colônias europeias e as quais eram exploradas impiedosamente para manter a guerra imperialista do continente. Portanto, a Europa, mesmo meio século depois, continua tendo uma dúvida com a população desses países, já que a pobreza e situação presente é, senão de todo, pelo menos em parte, herança do passado de exploração à qual as gerações anteriores foram submetidos por vários séculos. Receber esses imigrantes que arriscam tudo e principalmente a própria vida para fugir do sofrimento e chegar a Europa, deixando para trás o país, a comunidade, o lar e tudo que conquistaram ao longo de uma vida inteira é mais do que uma obrigação. A Europa tem o dever de fazer tudo que for necessário para dar uma uma esperança e uma vida melhor a esses refugiados. E tentar negar-lhes isso, proibindo-os de entrar em seus territórios e tratando-os como animais, além de desumano é, sem sombra de dúvida, um crime contra a humanidade. Se os europeus não querem que eles deixem seus países de origem, então que se unam e ponham fim aos conflitos e às causas dessa fuga desesperada e o último fio de esperança que essas pessoas têm para não sucumbir à fome e à brutalidade inimaginável desses grupos extremistas, os quais nos trazem de volta em pleno o século XXI os horrores da Idade Média.