Para
muitos, pode parecer um absurdo a declaração de membros do PSC,
culpando o PT pela eleição de Marco Feliciano para a Comissão de
Direitos Humanos. Se por um lado o PT não tem a menor
responsabilidade na eleição desse cidadão para a Câmara dos
Deputados, uma vez que tal escolha partiu dos eleitores que votaram
nele e do PSC que o inscreveu, por outro lado, a fragmentação
partidária pela qual o Brasil vem passando nos últimos anos levou o
governo federal, que é do PT, a repartir os cargos das mais variadas
comissões a fim de agradar os partidos que compõe a base aliada da
presidenta Dilma, base essa da qual faz parte o PSC. É claro que o
PT e os partidos maiores ficam com as comissões mais relevantes,
deixando para os demais aquelas menos expressivas ou cujo orçamento
é irrelevante como é o caso da Comissão dos Direitos Humanos, a
qual sobrou para o nanico PSC. Nesse caso, realmente o PT tem sua
parcela de culpa, mas nada disso justifica a indicação de um
sujeito como esse Marco Feliciano para uma comissão tão antagônica
ao seu pensamento. Nesse caso a culpa não só é em parte do
eleitor, o qual não soube votar direito como também, e
principalmente, do PSC por não indicar alguém mais envolvida com as
principais questões discutidas nessa comissão. Assim, me parece que
acusar o PT neste caso é tirar a responsabilidade de si e jogar para
cima dois outros. Alias isso mostra que o PSC é uma legenda de
quinta, comandado por um bando de radicais religiosos, e o qual não
merecia estar representado no Congresso. Não há dúvida de que o
Brasil precisa de uma reforma política urgente onde um mínimo de
quociente eleitoral seja exigido para a representatividade no
parlamento como ocorre na Europa.
Apaixonado por literatura desde pequeno, começou a escrever as primeiras histórias aos 11 anos e desde então não parou mais. Parte desse material escrito nos últimos 30 anos você poderá encontrar aqui, inclusive trechos de obras que estão sendo preparadas para a publicação.
terça-feira, 19 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 35
O meu destino dir-se-ia
traçado. E o que me parecia uma oportunidade única para me fazer
notar por Marcela, quando a convidei para o passeio de barco com o
meu tio, acabou se revelando um verdadeiro desastre. E naquela ilha
vi uma nova oportunidade de conquistá-la, de fazer com que pelo
menos ela me desse uma chance; todavia, ao deixar que Luciana se
intrometesse entre mim e ela, pus tudo a perder. E mesmo que
conseguíssemos sair daquele lugar num curtíssimo espaço de tempo,
minhas chances seriam quase nulas. Provavelmente aos seus olhos,
Luciana era dona do meu coração, coração esse conquistado
rapidamente nos últimos cinco dias. Eis a triste verdade! Aliás, se
ainda me restava algo a fazer para reverter essa situação, deveria
ser feito o mais breve possível, antes que tudo estivesse perdido
para sempre. Mas o que fazer? Luciana exercia um poder sobre mim que
eu não sabia como me desvincilhar. Dir-se-ia preso numa rede de
pesca, arrastado por um grande navio pesqueiro. Ao longo da noite,
não pensei em outra coisa a não ser nas palavras ameaçadoras de
Luciana; palavras essas determinadas e claras como a luz do dia.
Quase não preguei o olho. E quando chegou a minha vez de tomar conta
da fogueira, passei a maior parte do tempo sentado, com os olhos na
imensidão do oceano, embora a luz do luar fosse fraca e pouco
contribuía para que eu pudesse enxergar alguma coisa ao longe. Jazia
perdido em divagações. Aliás, no vazio que meus olhos alcançavam,
os pensamentos ganhavam força e profundidade, meditativos para dizer
a verdade, pois não havia com o que se distrair. E nessas
meditações, nessa profunda compenetração procurei
desesperadamente uma saída, feito uma vítima que, ao cair na teia
da aranha, vê o predador se aproximar cada vez mais; ou feito aquele
que, após um terremoto, é soterrado num porão e vê a necessidade
de encontrar a qualquer custo uma passagem para não sucumbir de fome
e sede.
Mas onde estava a saída?
Pensei em chegar na Luciana e, olhando-a bem no fundo dos olhos,
dizer-lhe para me deixar em paz, para não se intrometer nos meus
sentimentos, e não tentar impedir-me de buscar a felicidade ao lado
de Marcela; contudo, eu sabia não ser capaz. Bastaria uma única
palavra mais dura para eu me calar, abaixar a cabeça e deixar que
ela voltasse a dar as cartas. E certamente suas ameaças seriam mais
amedrontadoras, coroadas de uma perversidade capaz de fazer gelar a
espinha do mais insensível dos homens. Embora eu ainda não houvesse
compreendido essa perversidade e não fizesse ideia de onde ela era
capaz de chegar, sabia tratar-se de uma pessoa sem limites.
Ah, como fiquei angustiado
naqueles instantes! Lembro-me inclusive, num momento de profundo
desespero, de pensar em aproveitar um segundo de distração quando
estivéssemos as sós e esmagar-lhe a cabeça com uma pedra. A imagem
da pedra descendo-lhe com toda a força sobre a cabeça e o seu corpo
arriando, feito um prédio durante uma implosão, formou-se no meu
cérebro. Logo em seguida porém, tais pensamentos me assustaram,
provocando-me uma vertigem. O leitor há de se lembrar do temor do
inferno, de como praticar atos que contrariam a moral cristã me
horrorizavam e me deixavam imponente. Só em pensá-los já me era
motivo de culpa, quanto mais praticá-los. Talvez eu jamais tivesse
coragem de fazer aquilo ou algo parecido. Na verdade, aquela ilha, de
pouco em pouco e de forma quase imperceptível, consumia tudo o que
adquirimos de civilizado anteriormente; contudo, em mim, a
religiosidade parecia retardar esse processo como que uma capa
protetora. Talvez, num momento de profundo desespero, até viesse a
cometer um ato bárbaro como esse, uma vez que o ser humano nessas
horas não passa de um simples animal, cujo instinto de sobrevivência
fala mais alto.
A hora passou rápido. E
quando olhei para o céu a fim de certificar se meu tempo de tomar
conta da fogueira havia chegado ao fim, vi com espanto que pela
posição das estrelas, este parecia ter findado há muito tempo.
Levantei e fui chamar a minha prima para assumir o meu lugar enquanto
eu deitava no seu. Embora houvesse feito uma série de melhorias na
cabana, as “camas” continuavam insuficiente para nos todos;
aliás, isso não era problema, uma vez que à noite um de nós
sempre permanecia em vigília.
Acordei com a Luciana me
cutucando. Tanto Marcela quanto Ana Paula continuavam deitas, com os
olhos pregados, provavelmente dormindo. Aliás, esta última parecia
roncar baixinho, indiferente aos raios de luz a atingir-lhe o
rostinho.
-- O que foi? -- perguntei
assustado, após um sobressalto. -- O que aconteceu?
-- Nada – respondeu ela,
falando baixinho, com sussurros, como que para não acordar as outras
duas. -- Vamos pegar alguma coisa para comer.
-- Mas já? -- Levantei
ainda meio sonolento e, de pé, esfregando os olhos, acrescentei: --
Então vamos chamar as meninas.
-- Não precisa! Deixe
elas dormindo. Daqui a pouco elas acordam. Até lá a gente da deve
até ter voltado.
Naquele momento não me
passou pela cabeça que por trás daquele convite havia outras
intenções. Acredito que o fato de ter acabo de acordar tenha
contribuído por isso ter passado despercebido, contudo, a minha
inocência, a falta de malícia ainda tão presente nessa idade pode
ter sido outro fator. A verdade porém foi que acreditei seriamente
que Luciana tencionava tão somente apanhar algumas frutas. Como eu
poderia saber que ela, enquanto tomava conta da fogueira – ela foi
a última a assumir tal posto --, ficara maquinando um plano
diabólico, uma forma de me arrastar para longe e mais uma vez me
seduzir?
Hoje fico imaginando o
porquê de tanto desejo por mim. Tratava-se apenas de uma
curiosidade, de uma vontade de experimentar o que não teria como se
não fosse naquela ilha? Ou teria ela plena consciência do que
estava fazendo, e o fazia por prazer, porque era uma mulher capaz de
passar por cima de qualquer coisa para alcançar seus objetivos? Essa
dúvida paira sobre minha cabeça até hoje, embora outros
acontecimentos que o leitor há de ter conhecimento no momento
oportuno me inclinam para a segunda hipótese, uma vez que, na mais
das vezes, ela demonstrava saber perfeitamente o que queria e estava
fazendo.
Ah, querido leitor! Só
fui me dar conta de suas intenções quando, após uns dois
quilômetros, pouco antes de chegar ao destino, onde a faixa de areia
era mais larga, Luciana parou diante de mim, como que para me impedir
de continuar andando, deu um sorrisinho maldoso e disse:
-- Deixa eu ver como ele
fica quando está pequeno.
Não encontro palavras
para descrever o que senti. Lembro-me porém, de, surpreso, ficar sem
ação. E fiquei imóvel como que paralisado, feito uma criança que,
congelada de pavor, torna-se uma estátua. No entanto, não havia
motivos para ficar assim. Afinal de contas ela já me vira nu mais de
uma vez. Então por que fiquei paralisado? Por que não reagi de
outra forma?
A resposta pode estar não
só na surpresa, pois não esperava aquilo, como também nas palavras
do dia anterior. Ela tinha total controle sobre mim. Podia fazer
comigo o que bem entendesse. Eu tinha plena consciência de minhas
fraquezas, de minha impotência diante dela. Talvez isso, ao saber
que ela faria o que eu supunha e o que provavelmente ela tinha em
mente, tenha me paralisado.
Ela por sua vez não
esperou resposta. Aliás, talvez achando que meu silêncio fosse um
sinal de consentimento (talvez consentir ou não nem lhe fizesse
diferença), agarrou-me a borada da sunga e a puxou o bastante para
que o pequenino falo, encolhido feito um animal medroso, ficasse a
mostra.
-- Mais que coisinha mais
pequena! -- exclamou, levando a mão à boca e tapando o sorriso.
Seu sorriso foi
humilhante. Ah, como aquilo me doeu! Aliás, nem poderia ser
diferente. Não há nada mais humilhante para um garoto nessa idade
do que ser motivos de risos por causa do tamanho do pênis. É uma
situação capaz de provocar danos profundos no futuro. Em pessoas
assim, onde a timidez de vez ou outra aflora com intensidade, os
danos psicológicos podem ser ainda maiores.
Tomado pela vergonha, pela
humilhação, com os olhos prontos a se desfazerem em lágrimas,
minha reação foi empurrar-lhe o braço e sair correndo.
Não me ocupei da direção,
apenas saí correndo feito um animal em debandada, que se precipita
morro abaixo, atropelando tudo que encontra pela frente.
Ainda houvi Luciana gritar
por mim, pedir-me para esperá-la, contudo não queria que me visse
chorando, com um ódio enorme no peito, com uma descomunal vontade de
matá-la.
quarta-feira, 13 de março de 2013
NOVO PAPA: NOSSOS HERMANOS LEVARAM A MELHOR
Afinal,
a eleição de um papa argentino pode acirrar ainda mais a rivalidade
entre Brasil e Argentina, ao abrir mais um campo de disputa? É
sabido que tudo que envolve os dois países acaba numa rivalidade. É
assim no esporte, na cultura, na política e até mesmo na economia.
E será também na religião? Pois agora nossos vizinhos poderão
dizer: se deus é brasileiro, o seu representante direto aqui na
terra é argentino. É claro que a rivalidade entre Brasil e
Argentina é saudável e jamais afetou a relação entre ambos os
países. Contudo, assim como os brasileiros não perdem uma
oportunidade de caçoar os argentinos, os nossos vizinhos não a
perderão com relação ao novo papa. E o pior é que o cardeal
brasileiro era um dos favoritos, o que torna a vitória dos nossos
hermanos ainda mais saborosa. Por mais que se diga que com religião
não se brinca, o uso dessa escolha será usada para nos alfinetar.
Por outro lado, a eleição de um argentino tende a aproximar os dois
países, uma vez que há muita semelhança histórica, principalmente
no tocante à ditadura militar, quando a igreja, tanto a argentina
quanto a brasileira, foi conivente com os militares no poder; embora,
nos últimos anos da ditadura, a igreja brasileira tenha se afastado
e se oposto publicamente. Enfim, num caso ou noutro, tanto a igreja
brasileira como argentina serão profundamente influenciadas pelo
novo papa. E quanto à rivalidade, só o tempo dirá.
terça-feira, 12 de março de 2013
O JARDIM NO MEU PEITO
O jardim no meu peito
É um canteiro florido
Por ter na vida colhido
Rosas e margaridas
Se com o tempo murcharam
E suas pétalas então caíram
Na nova estação desabrocharam
Em lembranças perdidas
Por isso, mesmo fora da estação,
Meu jardim dá flores
Pois em meu coração
Há sempre muitos amores
Eu rego o meu jardim
Com o que há de melhor na vida
Pois não quero enfim
Ser um canteiro sem vida.
É um canteiro florido
Por ter na vida colhido
Rosas e margaridas
Se com o tempo murcharam
E suas pétalas então caíram
Na nova estação desabrocharam
Em lembranças perdidas
Por isso, mesmo fora da estação,
Meu jardim dá flores
Pois em meu coração
Há sempre muitos amores
Eu rego o meu jardim
Com o que há de melhor na vida
Pois não quero enfim
Ser um canteiro sem vida.
domingo, 10 de março de 2013
REPÚDIO AO PASTOR MARCO FELICIANO
A
escolha do pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão dos
Direitos Humanos não só é uma afronta à comissão como à toda a
sociedade brasileira. Colocar tal sujeito na presidência dessa
comissão é o mesmo que indicar o chefe de uma quadrilha de
assaltantes como responsável pela segurança duma grande agência
bancária. Por mais que este sujeito tente negar, fatos são fatos. E
ninguém muda suas convicções em função de um cargo. E se mudar,
isso só prova que o individuo vale menos ainda. Renegar suas
declarações homofóbicas, seu preconceito racial e seu desprezo
pelo ser humano é tentar nos fazer a todos de idiota. Aliás, não
me parece o caso desse Marco Feliciano. Por mais que ele diga que
cumprirá sua função de acordo com a lei, é sabido que nossos atos
sempre condizem com aquilo que acreditamos. Ou seja: nossas opiniões
influenciam nossos atos e atitudes, queiramos ou não. E não há a
menor dúvida de que ele agirá com parcialidade. Agora, eu me
pergunto como um sujeito desses chegou não só à presidência dessa
Comissão como também ao próprio Congresso. Se a eleição dele
para o parlamento já foi um erro absurdo, erro maior cometeram
aqueles que o indicaram ao posto e depois o elegeram. E aí, em
primeiro lugar, eu culpo o seu partido. Será que este partido (PSC)
tem quadros tão ruins assim que não havia alguém melhor para ser
indicado? Ou este sujeito, assim como ele fazia na sua igreja,
enganava e extorquia as pessoas como falsas promessas? Pois acredito
que as duas afirmações são verdadeiras. Ou seja: o partido é um
lixo e ele ludibriou os colegas para obter essa indicação. Em
segundo lugar, se a indicação não podia ser evitada, a eleição
sim. Mas pergunto: por que o PSDB e o PV, partidos que se dizem
progressistas, votaram à favor? Não foi porque o tal sujeito era a
melhor opção evidentemente. Provavelmente este apoio foi com o
intuito de afrontar o governo federal e criar fatos negativos para
tentar atingi-lo. Enquanto isso, nós, o povo brasileiro e
principalmente aqueles que dependem dessa comissão, somos feitos de
idiotas e ficamos à mercê de um sujeito nojento como esse Marco
Feliciano. É por isso que de vez em quando a política me dá nojo.
quarta-feira, 6 de março de 2013
VOCÊ ME FEZ NASCER DE NOVO
Às
vezes, o desespero invade-me a alma de tal forma que a sinto
dilacerar. O ceticismo, a crença no nada e na insignificância da
vida entram em choque com um sentimento e o qual representa
exatamente o contrário de tudo isso: o amor. E ao me aperceber que
amar é dizer um sim à vida e a tudo de intenso e mágico que o amor
possa nos proporcionar, sinto que talvez estivera enganado ao longo
de todos esses anos. Talvez a vida me tenha deixado nesse vazio por
tanto tempo justamente para, quando te conhecesse e assim viesse a
experimentar o outro lado, ficar tão inebriado que não desejasse
mais, nem por um segundo, aquela vida anterior.
Não
posso negar o que passado não existiu e menos ainda negá-lo
completamente, mas que proveito tirar daqueles anos onde naveguei à
deriva nos mares da incerteza por tanto tempo? Tudo agora me parece
coisa de outro mundo. É como se eu tivesse sido teletransportado e
caído num outro planeta; num planeta igual ao nosso, onde as pessoas
fossem as mesmas mas ao mesmo tempo fossem diferente, como se tudo
tivesse uma nova perspectiva. Talvez eu até não esteja sabendo me
expressar. Mas como expressar o que sinto se nem mesmo eu sei
direito o que é? Sei que de repente o meu mundo, o qual não passava
de um caos, encontrou uma estrela – a mais poderosa do universo –
e pôs ordem em toda aquela confusão. Agora você é o centro de
tudo, assim como o sol no nosso sistema solar. E tudo que eu faça,
por mais insignificante que pareça ser, tem como centro você. Não
que tudo que eu tenha feito até hoje fosse de fato tão importante
assim, mas até aquelas coisas para as quais eu me importava de fato,
dum momento para outro se tornaram tão sem sentido.
De
um momento para outro, um sorriso teu, um olhar, um toque e até
aquelas frases sem muito sentido tornaram-me importantes e cheias de
símbolos. Uma roupa que você põe, a forma de pentear o cabelo e
inclusive o teu silêncio entre uma frase e outra me passaram não só
a serem notadas como amiúde preenchem meus pensamentos. Aquelas
palavras tão apaixonadas, as tuas carícias, as quais me fazem
experimentar um deleite inexplicável, e os teus beijos, todos eles
me tornaram tão relevantes que se fixam na minha memória para
sempre. Os dias, as semanas e os meses não são suficientes para
apagá-los.
Quando
estou só e então não consigo pensar noutra coisa que não seja em
você, tua imagem me remetem a essas lembranças e então, com um
prazer intenso, revivo cada um desses momentos. E como essas
recordações me afetam, meu amor! Muitas vezes, sou tentado a sair
correndo ao teu encontro, mesmo sabendo que por um motivo ou outro
isso não é possível. Mas como explicar para minha alma, que não
entende o porquê de você não estar sempre ao meu lado, que naquele
momento isso não é possível? Que o meu “querer” vez ou outra
esbarra no teu “poder”?
Enfim,
meu amor... Eu nasci pela segunda vez quando te conheci. E posso te
afirmar sem medo de estar enganado que tudo que eu poderia desejar na
vida é tão ínfimo comparado com o teu amor. Amar, como os poetas
gostam de declamar, talvez seja realmente isso: cair sempre no
exagero. Mas existe algo melhor que do isso? Só se for te amar duas
vezes. Isso porém é impossível. Meu amor por ti é tão imenso que
multiplicá-lo por dois ultrapassa até mesmo a concepção do
infinito. E isso vai além da incompreensão humana...
domingo, 3 de março de 2013
BRINCADEIRA DE CRIANÇA
Nada
é tão sincero e natural
Do
que o sorriso de uma criança
Quando
a percepção do mal
Ainda
não destruiu a inocência
Nada
é tão belo e puro
Do
que a seriedade das brincadeiras
Infantis.
São tão seguros
E
o faz de conta tão verdadeiro
Nada
é tão incrível e excepcional
Do
que aquele excesso de confiança
No
brincar. E nem nos parece real
Por
isso o vemos com desconfiança
Mas
é aí que se constrói o futuro
Nesse
mundo de brincadeiras
Os
sonhos encontram um porto seguro
Para
uma vida dura e verdadeira
sexta-feira, 1 de março de 2013
UM APAIXONAR-SE
Um
sorriso
Um
olhar
Uma
razão
Para
afetar
Um
ver
Um
querer
Uma
sensação
De
sonhar
Um
abraço
Um
beijo
Uma
convicção
De
amar
Um
sim
Um
enfim
Uma
paixão
Sem
parar
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