Afinal,
a eleição de um papa argentino pode acirrar ainda mais a rivalidade
entre Brasil e Argentina, ao abrir mais um campo de disputa? É
sabido que tudo que envolve os dois países acaba numa rivalidade. É
assim no esporte, na cultura, na política e até mesmo na economia.
E será também na religião? Pois agora nossos vizinhos poderão
dizer: se deus é brasileiro, o seu representante direto aqui na
terra é argentino. É claro que a rivalidade entre Brasil e
Argentina é saudável e jamais afetou a relação entre ambos os
países. Contudo, assim como os brasileiros não perdem uma
oportunidade de caçoar os argentinos, os nossos vizinhos não a
perderão com relação ao novo papa. E o pior é que o cardeal
brasileiro era um dos favoritos, o que torna a vitória dos nossos
hermanos ainda mais saborosa. Por mais que se diga que com religião
não se brinca, o uso dessa escolha será usada para nos alfinetar.
Por outro lado, a eleição de um argentino tende a aproximar os dois
países, uma vez que há muita semelhança histórica, principalmente
no tocante à ditadura militar, quando a igreja, tanto a argentina
quanto a brasileira, foi conivente com os militares no poder; embora,
nos últimos anos da ditadura, a igreja brasileira tenha se afastado
e se oposto publicamente. Enfim, num caso ou noutro, tanto a igreja
brasileira como argentina serão profundamente influenciadas pelo
novo papa. E quanto à rivalidade, só o tempo dirá.
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