Um
diz que o homem atual é um alienado (Marx) e o outro que ele vive
num Niilismo (Nietzsche). Embora cada um tenha lá seus argumentos e
seus pontos de vista, tenho de concordar que estão certos. A
impressão que tenho é de que as pessoas, mergulhadas numa
modernidade onde a informação pipoca aos quatro ventos, não
conseguem lidar com elas e se sentem impotentes diante do
conhecimento. Claro que muita gente esbarra nas próprias convicções
e naquilo que lhe foi ensinado pelos pais e por todos que o cercam
desde os primeiros anos de vida. Mas por que não questionar a mais
inquestionável das convicções, mesmo que seja para afirmar a
própria convicção? E uma das questões que as pessoas resistem em
questionar é justamente a religião e a crença em Deus. Como um bom
ateu, não quero destruir a crença de ninguém (só os
fundamentalistas tentam te convencer a acreditar naquilo que
acreditam). Mas há alguns fatos difíceis de ignorar. Como este: Que
as religiões vivam do sofrimento, da doença, como afirmou Nietzsche
acerca do cristianismo ao dizer que "o
cristianismo tem por base o rancor dos doentes, o instinto voltado
contra os sadios,
contra a saúde",
e da miséria, como afirmou Marx ao declarar que a “a religião é
o ópio do povo”, do ser humano, com algumas raras exceções, eu
não tenho dúvida; pois sem isso as religiões já teriam sido
varridas da face da terra há centenas de anos. Mas o que eu não
conformo é ver pessoas ditas “inteligentes” e com um grau de
conhecimento satisfatório acreditar num Deus rancoroso, vingativo e
ciumento que precisa ser louvado o tempo todo, de um lado; e por
outro, um deus que está disposto a satisfazer os nossos mais
insignificantes e absurdos desejos. Ou essas pessoas se fazem de
idiotas ou são tomadas pela mais absurda ingenuidade. Num ou noutro
caso elas não devem ser levas muito a sério. Citando Nietzsche mais
uma vez, eu pergunto: Será que as pessoas não se dão conta de que
"O Homem, em seu orgulho, criou
a Deus a sua imagem e semelhança"?
Apaixonado por literatura desde pequeno, começou a escrever as primeiras histórias aos 11 anos e desde então não parou mais. Parte desse material escrito nos últimos 30 anos você poderá encontrar aqui, inclusive trechos de obras que estão sendo preparadas para a publicação.
quarta-feira, 14 de março de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
A OPÇÃO PELO PINGUIM
Embora tenha dado aulas de informática por anos e nesse período tenha ensinado Windows, há 4 anos que não o uso, exceto talvez uma vez ou outra no computador de algum conhecido. Desde que tomei contato com o Linux por volta do ano 2000 percebi que havia algo no sistema do pinguim (como o Linux é conhecido) que não havia no Windows: a segurança e a estabilidade (naquela época o Windows ainda era bastante instável). Aliás, ficava muito puto da vida quando o computador pegava vírus e era preciso formatar o computador, pois muitas vezes o vírus não podia ser removido por um antivírus. Outras vezes porém o maldito vírus havia danificado os meus dados, os quais muitas vezes não podiam ser recuperados, e então dava vontade de quebrar o computador. E quem já não passou por isso?
Claro que naquela época o Linux não era como hoje – mais fácil de instalar e usar do que o próprio Windows --, mas com algum esforço e graças a internet acabei aprendendo a instalá-lo, configurá-lo para que tudo no computador funcionasse e a usá-lo, já que para alguém acostumado com o sistema da Microsoft como eu o Linux era bastante estranho. Aos poucos porém, vi que a maioria das tarefas que eu fazia no Windows era possível fazer no Linux. E então gradualmente a troca de um pelo outro foi ocorrendo. Por volta de 2007 o Linux já havia evoluído tanto a ponto de se tornar tão fácil de usar quanto Windows XP. Não tive dúvida em abandonar quase que de vez o Windows.
Já havia trocado o pacote Office da Microsoft pelo OpenOffice e aos poucos troquei o PhotoShop pelo Gimp, o Corel pelo Inkscape e finalmente o PageMaker pelo Scribus. Na realidade, os três últimos eram usados com pouca frequência, só para fazer cartões de visita, convites e cartazes. Confesso que tive certa dificuldade em fazer as mesmas coisas que fazia nos aplicativos para Windows. A substituição mais difícil foi a do CorelDraw pelo Inkscape. Este não havia atingido no nível que tem hoje e muita coisa que fazia no Corel não era possível fazer no Inkscape. Hoje porém isso são águas passadas e tanto o Inkscape quanto o Gimp e o Scribus atingiram um nível de maturidade e possuem uma gama de recursos que não deixam a desejar em nada aos similares para Windows. Aliás, existem versões desses programas para Windows. Sem contar que são gratuitos e você não corre o risco de ser acusado de estar usando um programa pirata.
Hoje eu mudei de profissão. Uso quase que exclusivamente o pacote para escritório LibreOffice (um derivado do OpenOffice) e a internet. Claro que assisto vídeos, ouço música e rádios online, mas isso qualquer sistema faz. Não posso afirmar que jamais usarei o Windows, mas não tenho a menor intenção de instalá-lo nos meus computadores. Os notebooks das minhas filhas tem o Linux e o Windows instalados lado a lado (não é preciso tirar o Windows para instalar o Linux. Ao ligar o computador você opta por um ou outro), mas ainda sim elas preferem o Linux pois dizem que é mais rápido (provavelmente o antivírus seja a causa da lentidão no Windows. Lembro como isso me irritava na época). E como o Linux possui uma infinidade de variantes (chamadas de distribuições) uma das filhas prefere o Linux Mint enquanto a outra (e eu também) o Mandriva.
Independentemente do uso que se faça do computador, só o fato de saber que não há perigo de vírus e de ter as senhas e os dados roubados já é o bastante para optar pelo Linux. Aliás, este foi um dos motivos pelos quais a maioria das empresas fizeram a troca. Então por que não faça o mesmo você também?
ABAIXO UMA IMAGEM DO DO LINUX MINT E MANDRIVA. PARA MELHOR VISUALIZÁ-LAS, CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR.
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