Depois do
lançamento do FirefoxOS e do Sailfish, cegou a vez do Tizen, sistema
de dispositivos móveis desenvolvido pela Samsung em parceria com a
Intel e várias outras do ramo de tecnologia. Para quem ainda não
sabe, o Tizen é uma herança do Meego, sistema que chegou a ser
desenvolvido pela Nokia em parceria com Intel mas que foi abandonado
pela Nokia depois do acordo com a Microsoft. Acordo esse que, dizem
as más línguas, foi o maior erro da empresa finlandesa, uma vez que
o Meego era superior ao Windows Phone e tinha tudo para concorrer em
pé de igualdade com o Android do Google e o IOS da Apple. Assim como
o Android, o FirefoxOS e Sailfish o Tizen é baseado no Linux, mas
com uma diferença: Dá mais poder ao HTML5 – linguagem usada pela
internet – o que deve tornar os aplicativos mais velozes e menos
pesados. Enfim, a Samsung resolveu entrar na parceria com a Intel e,
após grandes mudanças nos rumos do sistema, rebatizou-o de Tizen.
Com ele, a intenção da Samsung é diminuir a dependência do
Android e com isso reduzir o altos custos com o pagamento de patentes
tanto ao Google quanto às demais empresas como a Apple e a
Microsoft, uma vez que o Android usa várias patentes dessas
empresas. Apesar do sucesso da Samsung e do fato de ter se tornado a
segunda maior fabricante de smartphones do mundo se dever ao Android,
que ela soube como nenhuma outra empresa, ajustar ao gosto e às
necessidades do usuário, ela parece disposta a tomar um novo rumo.
Ainda é cedo para sabermos se o Tizen de fato terá condições de
ser competitivo e de agradar ao público a ponto de levá-los a
comprar aparelhos com o novo sistema. Mas tudo indica que o Tizen
pode sim vir a ser um concorrente de peso, uma vez que vai equipar os
aparelhos de ponta da empresa sul-coreana e muito provavelmente de
outras empresas. Outro fator que pode favorecer o Tizen é o fato de
equipar outros aparelhos eletrônicos como smarttvs, noteboks,
tablets, câmeras fotográficas e veículos. Mas a Samsung sozinha
não terá condições de levar o Tizen a desbancar o Android e o
IOS. Aliás, o caso da Apple é único e muito dificilmente surgirá
outra empresa que faça o mesmo. A Microsoft com o seu Windows Phone
vem engatinhando há quase uma década e só agora, depois da
aquisição da Nokia – empresa que já foi a maior fabricante de
celulares do planeta --, que seu sistema operacional passou a ter
alguma relevância no mercado de dispositivos móveis, ainda sim
muito pequena. Apesar dos esforços da Microsoft, ainda assim os
tablets com Windows não decolam. A Samsung por outro lado parece não
estar disposta a cometer o mesmo erro e vai continuar a lançar
aparelhos com o Android, mas a medida que o Tizen for crescendo, é
bem possível que ela acabe dando preferência ao seu próprio
rebento. Então, que venha mais um sistema e que os consumidores se
encarreguem de dizer quem sobreviverá.
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