segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ADEUS À INOCÊNCIA - Cap. 22

Cheguei a dar alguns passos em direção à água, mas mudei de opinião quando pensei em Marcela. “Não posso deixar que Ana Paula conte para ela. Se ela fizer isso, nunca mais a Marcela vai querer saber de mim...”. Então virei em direção a minha prima. Ela corria em direção à cabana, mas sem velocidade, como se não quisesse se cansar; ou talvez não quisesse correr para assim ter mais tempo de pensar no que fazer. “Preciso alcançar ela antes de chegar lá”, continuei a pensar, enquanto corria com todas as forças para alcançá-la. “Vou falar para ela que se disser alguma coisa, vou bater nela. Isso deve fazer ela mudar de ideia. Ela vai me obedecer”.
Não foi difícil alcançá-la. E ao me aproximar, agarrei em seu braço e falei:
-- Espera aí, Ana Paula.
Paramos.
-- O que você quer? Você não vai me impedir de contar para ela o que você e aquela cadela estavam fazendo – disse ela fora de si, gesticulando desordenadamente e gritando.
-- Pare de gritar! Não sou surdo. – Dei-lhe uma sacudidela pelo braço e virei a fiz virar de frente para mim. – Você não vai dizer coisa nenhuma. Vai ficar caladinha, como se não tivesse acontecido nada.
-- Não vou e não vou – respondeu ela, demonstrando estar ainda mais enraivecida.
“Vou dar uns tapas nela é já”, pensei, quando vi que ela parecia decidida a dar com a língua nos dentes. O problema era que se batesse nela ali, Marcela poderia aparecer na porta da cabana e nos ver. E então ia correr em nossa direção e se intrometer na nossa discussão; ia querer saber o motivo da briga e certamente Ana Paula contaria a verdade. Foi então que ocorreu-me de puxá-la para o mato e tentar me entender com ela ali.
-- Vem cá – falei, puxando-a.
Ela tentou se soltar, todavia eu era mais forte; então tentou resistir. Ao fazer isso quase perdeu o equilíbrio e caiu na areia. Puxei-a pelo braço e a fiz levantar novamente.
-- Me solta!
Não lhe dei ouvidos. Arrastei-a para debaixo de uma árvore.
-- Escuta aqui! Você vai ficar de bico fechado. Entendeu? Senão vou te quebrar todinha.
Em tom de desafio ela ainda teve coragem de dizer:
-- Você não tem coragem de fazer isso!
Ao ouvi-la proferir aquelas palavras, minha mão foi parar em seu rosto, provocando um estalo. Acertei-a com tamanha força que seu rosto pendeu para o lado. No mesmo instante ela levou a mão onde eu a atingi. Enquanto isso, seus olhos encheram-se de lágrimas. Fora de controle e tomada pela raiva, Ana Paula ergueu os braços e partiu para cima de mim, tentando me acertar os punhos fechados. Num movimento rápido, segurei em seus braços antes que me atingissem. E imediatamente empurrei-a com violência para trás. Ela perdeu o equilibrou e caiu no chão, sobre folhas secas.
Também fora de si, cai por cima dela e a imobilizei pelos braços, mais ou menos como Luciana havia feito comigo pouco antes.
Minha prima tentou se soltar, mas foi em vão. Eu era maior e mais forte que ela. Por fim ela ainda tentou me acertar com os pés nas partes íntimas, mas também não conseguiu. Deixei que ela se cansasse. Aliás, ficamos os dois arfando, embora ela demonstrasse mais cansaço. Então ela me encarou, como se não admitisse a derrota – pelo menos foi a impressão que tive. – Aquele olhar me enervou ainda mais. Soltei o braço que estava preso com a minha mão direita e dei-lhe outra bofetada na cara.
-- Ou você faz o que eu mando, ou você vai ver o que vou fazer contigo. E não adianta achar que alguém vai te ajudar porque não vai não. A única pessoa que poderia fazer alguma coisa seria a Marcela, mas ela não é páreo para mim. E a Luciana está do meu lado. Além do mais, se ela te pegar vai fazer muito pior do que eu. – falei com o intuito de assustá-la, de torná-la dependente de mim. -- Não vai ser só uns tapinhas que você vai levar, não. É capaz dela ainda te deixar toda machucada. Sabe como ele te odeia, né! -- acrescentei. Ela não disse nada, só continuou a choramingar, dando-se por vencida. Nesse ínterim, desviei os olhos para seus pequeninos seios. “Será que eles são macios que nem os da Luciana? São menores. Isso são. Vou apertar eles para ver... Não. Não posso fazer isso. Isso não está certo. É pecado. Ela é minha prima. Deus vai me castigar”, pensei em seguida. Assim, desviei o olhar e encarei-a novamente. – Você vai fazer o que estou mandando? – perguntei por fim.
Ana Paula, com os olhos vermelhos e derramando lágrimas, manteve-os nos meus por alguns instantes, como se pensasse na minha proposta, embora não lhe restasse alternativa. Depois de um minuto mais ou menos, ela balançou a cabeça em sinal de concordância.
-- Você vai me obedecer daqui para frente? – insisti. Ela tornou a menear a cabeça afirmativamente. Então acrescentei: -- Assim é melhor. É melhor você ficar do meu lado do que provocar uma briga entre a gente. Se isso acontecer, eu vou ter que agir com força. Caso contrário você e Marcela vão acabar ficando sozinhas. Ou vocês acham que conseguem sobreviver nessa ilha sem mim? Vocês não são capazes passar nem uma noite – acrescente, tentando assustá-la ainda mais. – Não é verdade?
Ana Paula concordou mais uma vez.
Confesso que, ao vê-la em meu poder, assim tão submissa, fui tomado pela sensação de que ela me pertencia, de que poderia fazer com ela o que bem entendesse. E foi justamente essa sensação de poder que me levou a desviar mais uma vez os olhos e contemplar aquele par de seios rosados, ainda pequenos como se fossem dois calombos com um ponto mais duro no meio de cada um. No meio das pernas algo se moveu, afetado por aquela visão. “Vou apertar eles para ver como são”, tornei a pensar. Então eu a soltei e deixei seus braços livres. Desencurvei o dorso e sentei sobre seus quadris. Estava excitado. “Vou ver se ela vai me obedecer”, pensei.
-- Quero apertar eles – falei.
Esperei que ela fosse protestar e dizer “não”. E já estava pronto a responder-lhe que prometera me obedecer, portanto teria que me deixar pegar em seus peitos, mas ela simplesmente me olhou e não disse nada.
Foi o que fiz.
Pareciam mais rijos que os seios da Luciana. Lembro-me de sentir uma coisa dura ao apertá-los. Inclusive achei aquilo estranho, no entanto, não toquei no assunto. Só muito depois fiquei sabendo que aquilo era normal, só que nela era mais perceptível por ainda estarem em formação.
Eu poderia ter parado ali. Ela já tinha dado mostras de estar em meu poder, entretanto, eu era um garoto que não conseguia controlar seus impulsos, além de ser dotado de uma curiosidade fora do comum. Só não sei se foi a curiosidade, os impulsos ou os dois que me levaram a aproximar os lábios e chupar aqueles peitinhos. E para fazer isso, eu tive que me curvar novamente e deitar sobre minha prima.
Num primeiro momento ela não fez objeção, mas quando sentiu meus dentes mordiscar levemente um dos mamilos e meus quadris fazer pressão nos seus, ela levou a mão aos meus ombros e empurrou-me dizendo:
-- É melhor você parar. Senão alguém pode ver a gente.
Foi aí que voltei a si. Senti uma enorme vergonha do que acabara de fazer e sai de cima dela imediatamente. Ana Paula se levantou e disse que ia voltar para a cabana.
-- Tá bom – concordei. – Vou me lavar e tirar essa areia. Depois vou ver se encontro uma vara para tentar pegar uns peixes pra gente comer.
Nisso, eu também me levantei.
-- É uma boa ideia – assentiu ela, já mais calma, enxugando os olhos com as costas da mão. – Não aguento mais ficar comendo frutas – acrescentou ao se afastar.
Pensativo e muito envergonhado, fui até onde Luciana se encontrava. Ela ainda permanecia dentro d’água, como se me aguardasse para saber o que havia resolvido com minha prima. No entanto, eu não prestava atenção nela. Caminhava de forma mecânica por estar absorto em pensamentos, tomado pelo arrependimento. Sabia que não devia ter tocado os seios de minha prima, menos ainda tê-la desejado. “Meu deus! Como é que vou encarar ela agora?”, foi o que me perguntei ao entrar no mar. Aliás, seu eu pudesse saia à nado daquela ilha e me escondia no primeiro pedaço de terra que encontrasse.

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