Há
muitas maneiras de encarar a vida. Cada pensador, cada corrente
filosófica procura explicá-la de uma maneira. Ao longo dos tempos
porém o corpo passou de exaltação à vida na antiguidade grega
para o mais terrível dos pecados na idade média. Com a modernidade
o corpo voltou a ser valorizado, principalmente depois de Nietzsche e
Freud e da crítica à divisão do mundo entre sensível e
inteligível. Até mesmo o conceito de “eu” e “livre arbítrio”
está sob o julgo da dúvida. Tudo isso está levando não só à
valorização do corpo como a dos instintos, os quais são
considerados a chave para explicar não só nossas ações como
também tudo aquilo a que chamamos de vida. Os versos abaixo exaltam
exaltam exatamente o que há de mais humano no ser humano: os
instintos.
Ao
mergulhar no oceano das sensações
Os
instintos dizem sim ao prazer
E a nudez
provocando-me mil visões
Desnuda
até o que não dá para ver.
A volúpia
induz-me a tal peça arrancar
Feito um
animal selvagem que estraçalha
Sua
presa. E então me ponho a salivar
Tal qual
o líder de uma matilha.
Salto
sobre o corpo, onde as secreções
Fazem-me
a fome e a sede desaparecer
E ao me
atirar às mais profundas emoções
Exalto a
vida com todo o seu poder.
Os corpos
travam uma luta sem parar
Em busca
de mais prazer. E essa batalha
Cujo
orgasmo é o objetivo a alcançar
Diz que o
prazer é a única coisa que valha
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