terça-feira, 25 de setembro de 2012

PRAZER E INSTINTO


Ao despir-se diante dos meus olhares
E inundar-me as fantasias com a sua tez
Meus desejos tornam-se vorazes
E meus instintos famintos por sua vez
Levam-me a atos de prazeres fugazes

As carícias, muitas vezes tão bem vindas,
Acabam por me provocar tormentos
A excitação, tão intensa e resumida,
Deseja a cada ato e movimentos
A justificação daquelas desmedidas.

Mas ela precisa daqueles atos singulares
Para que não me seja a mesquinhez
Fruto de um gozo. Pois é em pares
Que o prazer e a satisfação por sua vez
Levam-nos a felicidade aqui e não alhures

E quando em sensações divididas
Os corpos se entregam aos movimentos
As palavras se calam e são até esquecidas
Dando aos instintos o seu momento
De agir sobre a razão vencida.

Mas o gozo, como uma ceifa que ruge,
Cessa o prazer e nos confunde os sentimentos
E nos devolve a razão com seu ato rude
Para nos dizer sem comedimentos
Que o prazer é instinto e não virtude.

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