Não
me restou outra saída a não ser obedecer. E por mais que eu não
quisesse deitar ao seu lado, não via como escapar. Apesar de
impossibilitada de andar sozinha e menos ainda de correr atrás de
mim, nas mãos de Luciana não pensei em momento algum, apesar da
recusa inicial, não obedecer. Eu sabia quais eram as suas
verdadeiras intenções. Aquela primeira semana ali na ilha me
ensinou mais do que os últimos dois anos, o que me permitiu chegar a
tais conclusões.
A
principal razão pela qual não queria me deitar com ela era ser
surpreendido por Marcela e Ana Paula Por isso, antes de agachar e me
aninhar ao seu lado, olhei para fora, para ver se as duas não
retornavam.
O
sol estava se pondo, deixando aquele tom avermelhado tão comum nos
finais de dias. Isso me levou a concluir que elas não tardariam,
pois, por mais corajosas que fossem, não teriam coragem de andar
pela mata à noite. "Elas vã ficar com medo. Daqui a pouco vão
aparecer. É melhor eu fazer o que tiver de ser feito logo. Assim ela
me deixa em paz", pensei.
--
Isso! Assim que eu gosto do meu
maridinho -- disse Luciana me
abraçando. -- Agora vem cá! Beija e acaricia sua esposinha. Faça
seu papel de homem! -- Nisso ela levou-me a mão até o falo
encolhido e o acariciou.
"Sabia!",
exclamei com meus botões. "Se é isso que ela quer, então vou
fazer logo e ponto final"
Um
tanto irritado, rolei para cima dela e disse-lhe:
--
Já que você quer que eu seja o seu marido, então, sua puta, vou
fazer a minha parte. -- levei a boca até os seios dela e os chupei.
Isso acabou dando início a minha excitação. -- Agora toma, sua
cadela! – acrescentei, afundando os quadris no meio de suas pernas
embora não a tenha penetrado.
Essas
palavras a inflamou.
--
Então você acha que sou uma puta? É isso?
--
É. Você é uma puta!
--
Então me ame como puta.
Eu
não fazia menor ideia de como se tratava uma puta. No entanto, o
fato de considerá-la uma, o que me levava associar o nome às
prostitutas, deduzi que não eram objeto de afabilidades. Os homens
que se deitavam com elas deveriam humilhá-las, tratá-las com
grosserias e até bater-lhes. De forma que me senti no direito de
fazer o mesmo. Aliás, naquele pedido vi uma oportunidade de
machucá-la sem que ela encarasse isso com uma agressão e um ato de
vingança, pois no fundo era isso que meu subconsciente deseja fazer.
A
imagem que antecedeu o ato e a qual se formou em minha mente tão
clara como se fosse real acabou despertando em mim uma intensa
sensação de prazer, sensação essa que acabou por me excitar de
vez. Aliás, não era a primeira vez a experimentar essa sensação.
Com minha prima ocorrera o mesmo.
Ajeitei
o falo na vulva dela com a mão e enquanto dizia “Então toma, sua
puta!”, penetrei-a com violência. Lucina apenas soltou um “ai”
um pouco longo e cerrou os olhos. Os quadris tornaram a subir a
afundar com toda a força. Ela novamente suspirou outro “ai”
porém acrescentando um “que delícia”, o que me desapontou, pois
tencionava causar-lhe dor e não prazer.
Por
isso tive de mudar de estratégia. Levei os lábios a um dos seios
dela e mordi-lhe o mamilo. Pensei em deixar minha marca, mas alguma
coisa dentro de mim impediu-me de exercer a pressão nos maxilares
para fazê-lo. Assim, a mordida foi forte, o bastante para lhe
provocar dor, o que a levou a reclamar:
--
Ai, seu grosso! Isso dói!
--
Fica quieta, puta! – foi o que respondi. -- Se você quer ser uma
puta, então num reclame.
Ela
não disse nada. Eu porém pensei: “Bem feito! E vou fazer mais.
Vou te bater”
Em
seguida uma bofetada atingiu-a na face. Não foi uma bofetada forte
(ainda não tinha coragem de bater nela para machucar), mas o
bastante para me dar um prazer intenso. E nem me importei quando ela
reclamou:
--
Seu viado!
--
Sua puta!
– falei, dando-lhe mais uma bofetada, agora na outra bochecha.
Ela
tentou me retribuir a bofetada, mas segurei-lhe o braço antes. E
olhando-a bem fundo nos olhos, continuei a martelá-la entre as
pernas. Súbito fui envolvido pelo véu do prazer e os gemidos
acompanharam o gozo.
--
Isso! Goza! Faz o nosso filho! -- exclamou ela com prazer. Só então
me dei conta de que o objetivo dela não era o seu gozo, mas o meu
sêmen. Ela queria um filho e estava disposta a qualquer sacrifício
para engravidar-se, até mesmo ser por mim chamada e tratada como uma
puta.
Imediatamente
sai de cima dela, como se isso pudesse evitar que ela ficasse
grávida. Mas não foi só por isso a minha pressa em me desvincilhar
dela. Não queria ser surpreendido pela Marcela e minha prima naquela
posição. Caso isso acontecesse, Marcela estaria perdida para
sempre.
--
Vem cá! Eu ainda não gozei.
--
Problema seu! -- retruquei, saindo da cabana e caminhando em direção
à água, a fim de me lavar. E enquanto caminhava sem pressa, uma
sensação de ódio e arrependimento se misturavam; ódio por ter
sido ludibriado e arrependimento por ter chegado ao gozo, permitindo
assim que ela pudesse se engravidar. Aliás, isso me levou a esquecer
Marcela e Ana Paula por algum tempo. Só pensava no que faria se de
fato Luciana ficasse grávida. Que explicação daria para meus pais
e para os pais dela. Achava que teria de me casar com ela e passar o
resto da vida aturando-a, embora soubesse que existem pessoas que se
casam e depois se divorciam. Mas naquela época o divórcio não era
tão comum e as pessoas que se separavam não eram vistas com bons
olhos. Ainda havia um certo preconceito quanto a ser divorciado.
Pouco
depois, vi as duas retornarem. Caminhavam pela faixa de areia
conversando alegremente. Pelo jeito falavam de algo engraçado. Elas
não me viram na água. Isso inclusive me permitiu observá-las. E
enquanto as observava, pensei: “Ela é linda! Ah, como eu queria
que ela tivesse no lugar daquela vagabunda! Eu ia tratar ela com
tanto amor e carinho. Nela sim, eu ia ficar feliz de fazer um filho.
Como queria abraçar ela e beijar ela também. É tão difícil ficar
perto dela e não ficar olhando pra ela, pra Luciana não brigar. Mas
ela num vai conseguir separar a gente. Num vô deixar que ela
continua a me dominar assim. Vou arrumar um meio de acabar com isso.
Vou mesmo! Num vou transar mais com ela. Num quero que ela fique
grávida também. Odeio ela! Isso sim! Se ela continuar a me obrigar
a fazer essas coisas, ainda mato ela. Ela que não me subestime!”.
Súbito, ocorreu-me que elas encontrariam Luciana deitada nua e iam
ver ela melecada no meio das pernas. Iriam perguntá-la o que era
aquilo. Talvez para se vingar ela dissesse que eu a estuprara. “Ela
bem capaz disso! E mesmo que ela não diga, minha prima vai saber o
que aconteceu. Ela vai se lembrar do que fiz com ela. Vai reconhecer
o cheiro. Vai saber que aquilo veio de mim. Quando fiz com ela,
aquilo ficou nela também. Ela já viu a gente se beijando. Sabe que
a gente anda fazendo coisas escondidos. Ai vai ter certeza. Merda! E
agora? O que faço?”.
Então
ocorreu-me de gritar por elas e chamá-las para virem ao meu
encontro. Assim eu teria tempo de pensar no que fazer. E foi o que
fiz.
--
Marcela!... Ana Paula!... Ei, vocês duas! Venham até aqui!
Pararam
e me procuraram. Quando me encontraram, acenaram. Cheguei a pensar
que não viriam. Contudo, viram em minha direção e principiaram a
correr.
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