Há um forte cheiro de crise econômica no ar. E não é daquelas passageiras, que afeta uma meia dúzia de países sem fazer muito estrago. Ao que tudo indica, a crise que se aproxima poderá ser bem pior que a última cujos principais protagonistas foram os EUA e alguns países europeus. Os EUA continuam a capengar e sua moeda (o dólar) a a se desmanchar feito papel velho, deteriorado pela ação do tempo e das traças.
A Europa então nem se fala. A Grécia, apesar de todos os esforços, não terá outra alternativa a não ser o calote. O aperto aprovado só vai gerar mais desemprego e uma retração sem precedentes na economia grega, reduzindo ainda mais as receitas, o que fatalmente dificultará ainda mais o pagamento das dívidas. Só não ver quem não quer que a Grécia está num buraco sem saída: ou o calote ou o calote No mesmo caminho está Portugal, embora em melhores condições, que vai sofrer uma grande retração com o aperto proposto pelo parlamento. Talvez Portugal até escape de um calote mas a um custo alto demais. Em situação difícil também está a Irlanda, Itália, Islândia, e mais um outro país cuja crise pode se agravar nos próximos meses. Na realidade o calote grego vai desestabilizar o Euro e afetar a maioria dos países europeus. Inclusive a toda poderosa Alemanha..
Se não bastasse todos esses problemas, ainda temos a instabilidade no Oriente Médio, onde a crise pela qual passam Egito, Síria, Líbia, Tunísia e Iêmen está afetando profundamente a economia desses países. Embora não representem muito nas importações e exportações globais, o pouco que representam já é o bastante para tornar mais difícil uma situação difícil. De mais a mais, a ondas de revoltas populares nesses países pode contaminar outros cuja importância econômica seja bem mais significativa, como Arábia Saudita por exemplo. Aliás, uma instabilidade política no Irã é capaz de afetar toda a região, provocando um grande nervosismo nos mercados financeiros a ponto de provocar grandes perdas nas bolsas de valores. E para finalizar, há ainda os desastres naturais, capazes de provocar grandes prejuízos, como os terremotos no Japão, vulcões ao redor do mundo, etc, etc... Enfim se a metade desses problemas ocorrerem ao mesmo tempo, o mundo viverá um caos sem precedentes e muitas economias irão à bancarrota. E convenhamos, o Brasil se saiu muito bem da última crise, mas não passará imune a próxima. Salve-se quem puder.
Impérios surgiram na história e morreram, mostrando o curso natural de todas as coisas, ontem Roma, hoje USA, amanhã uma nova situação, um novo império, uma nova troca de poder, até que venha o julgamento deste mundo!
ResponderExcluirSua dialética e explanação é reta e fácil de entender, parabéns!