quarta-feira, 31 de outubro de 2012

LEMBRANÇAS DE UM AMOR PERDIDO

Os versos abaixo foram escritos há muitos anos, bem depois porém dos momentos relembrados neste poema. Foi um desses momentos da juventude, quando a descoberta do amor vem acompanhada de muitas outras descobertas. E embora o tempo muitas vezes se encarrega de apagar nossas lembranças, algumas por um motivo ou outro parecem não sofrer a ação do tempo e permanecem vivas, como essa:


Ó, minha inesquecível e eterna amada!
Como poderia esquecer aquela madrugada,
Depois do bar, na escadaria do edifício
Em que de babá você exercia o ofício!

Ainda tenho gravado em minha memória
Todos os detalhes, todas as palavras ditas,
Todos os beijos roubados e aqueles pedidos,
E tudo o que contastes sobre tua história!

Ainda tenho aprisionado na lembrança
De teus jovens seios os mínimos detalhes:
A cor, a textura, a altura, e até a diferença
Na rigidez, após as carícias excitá-los.

Ainda vejo, como se fosse hoje,
O teu excitamento, o desejo de se entregar,
A vontade se ser minha, e a minha de te amar...
“Por que não prosseguimos?”, indago-me ainda hoje.

Mas deixamos aquele momento único passar
Na esperança de que em breve se encontrar
Para nossos corpos se unir uma única vez...
Porém, o destino nos separou e perdemos a vez...

Um comentário:

  1. Gostei do teu poema, escreves realmente bem, o teu blog esta altamente. parabens.

    se não, se importar, gostaria também que fizesses uma visita ao meu blog, clickando neste link: http://palavrazsoltaz.blogspot.com

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