Eu
procurava
não
ficar
olhando
para
Marcela,
mas
era
como
se
uma
enorme
força
me
atraísse
os
olhos
para
ela.
E
vez
ou
outra,
após
certificar
que
Luciana
não
estava
me
observando,
pois
não
queria
que
ela
despejasse
ainda
mais
seu
veneno
sobre
nós,
desviava
os
olhos
e
os
pousava
rapidamente
naquele
par
de
seios,
os
quais
eu
daria
tudo
para
acariciá-los.
Por
sorte
a
noite
caiu
rápido
e
as
coisas
ficaram
mais
fáceis.
Fiz
questão
de
sentar
o
mais
afastado
possível
de
Luciana
e
nem
mesmo
a
luz
da
fogueira
era
suficiente
para
mostrar
a
direção
que
meus
olhos
tomavam.
Por
outro
lado
porém,
a
pouca
luz
impediu-me
de
enxergar
os
detalhes,
aqueles
traços
que
tornavam
os
seios
da
Marcela
diferentes
de
todos
os
outros,
detalhes
estes
que
para
mim
os
faziam
especiais.
Aliás,
por
estar
apaixonado
por
Marcela
tudo
nela
era
especial
como
se
em
tudo
nela
fosse
sinônimo
de
perfeição.
Durante
o
tempo
em
que
fiquei
tomando
conta
da
fogueira,
passei-o
pensando
neles
e
naquele
monte
de
pelos
que
vira
ao
mergulhar.
Como
eu
já
disse,
Luciana
não
só
tinha
mais
pelos
pubianos
como
também
os
seus
eram
maiores e loiros.
Ainda
sim
eram
os de
Marcela
que
eu
desejava.
Ah,
como
eu
queria
tocar
aqueles
seios
e
beijá-los!
Como
eu
queria
acariciar
aqueles
pelos
negros,
deitar
sobre
eles
e
fazer
com
Marcela
o
que
Luciana
me
obrigava
a
fazer
consigo!
E
estas
imagens,
misturando-se
na
minha
cabeça,
produziam
outras,
pois
tomado
pelo
excitamento,
pelo
prazer
que
aqueles
pensamentos
me
provocavam,
minha
imaginação
procurava
alimentá-los
como
se
alimentasse
lobos
famintos.
Num
dado
momento,
cheguei
a
me
levantar
para
ir
lá
fora
e
bater
uma
punheta,
a
fim
de
por
um fim
naqueles
desatinos.
Uma
lua
cheia,
iluminando
a
cabana,
dava
a
impressão
de
que
a
noite
não
estava
tão
escura
assim.
Aliás,
podia-se
avistar
as
ondas
arrebentando
no
mar.
Mas
justamente
nesse
momento
Luciana
acordou-se
e,
vendo-me
preparar
para
sair,
indagou-me
aonde
eu
estava
indo.
Temendo
uma
reação
imprevisível,
acabei
dizendo:
--
Lugar
nenhum!
Só
estava
cansado
de
ficar
sentado
e
resolvi
me
levantar
um
pouco.
Deu-se
por
convencida.
Aproveitei
para
perguntar-lhe
se
estava
melhor
e
ela
confirmou
que
o
pé
já
não
doía
tanto.
Sussurrei-lhe
que
talvez
em
dois
ou
três
dias
ela
já
conseguisse
por
o
pé
no
chão.
Isso
a
confortou.
Ela
quis
se
levantar
e
vir
sentar
ao
meu
lado,
mas
eu
sugeri
que
fosse
melhor
ela
ficar
quieta
para
que
a
torção
no
pé
melhorasse
o
mais
rápido
possível.
Então
virou
para
o
lado
e
não disse mais nada.
Senti-me
aliviado,
embora
ao
acordar,
ela
não
se
parecesse
em
nada
com
aquela
menina
que
mais
cedo,
tomada
pelo
ódio,
insultara
Marcela
e
despejara
seu
veneno
contra
nós
todos
como
se
fôssemos
seus
inimigos
mais
temíveis.
Talvez
o
sono
a
tenha
acalmado.
Achei
até
estranho
que
ela
não
tenha
falado
nada
sobre
o
fato
de
Marcela
estar
sem
a
parte
de
cima
do
biquíni
naquele
meio
de
noite.
Não
creio
que
ela
tenha
se
esquecido.
O
mais
provável
é
que
o
tenha
omitido
justamente
para
evitar
que
estes
se
tornassem
fonte
de
meus
pensamentos.
Ela
era
uma
mulher
esperta
e
inteligente.
Portanto
sua
omissão
não
era
casual.
De
mais
a
mais
a
birra
dela
era
com
Marcela.
Era
a
outra
que
ela
a
via
como
uma
ameaça,
não
eu.
E
aproveitando
que
ela
me
deixara
em
paz,
voltei
a
pensar
em
Marcela.
E
quando
esta
veio
me
substituir
mais
tarde
quase
não
resisti
à
tentação
de
permanecer
ao
seu
lado
o
resto
da
noite,
apenas
para
contemplar
aqueles
seios
de
pertinho.
Aliás,
demorei
mais
do
que
o
de
costume
para
me
levantar
e
ir
dormir.
Enquanto
ela
sentava
ao
meu
lado,
fingi
por
mais
lenha
na
fogueira.
Parecia
silenciosa
e
afim
de
pouca
conversa.
Talvez
ainda
estivesse
chateada
com
o
ocorrido
mais
cedo.
Luciana
fora
injusta
para
com
ela
mais
cedo.
E
aqueles
insultos
devem
tê-la
magoado
profundamente.
Mas
mesmo
assim
procurei
puxar
assunto
com
a
intenção
de
retardar
minha
ida
para
cama.
--
Tô
perdendo
as
esperanças
– falei.
--
Esperanças
de
quê?
--
Da
gente
sair
daqui.
Fez
uma
semana
que
a
gente
tá
aqui
e
nada
de
encontrarem
a
gente.
Já
devem
ter
desistido
de
procurar.
Ela
demorou
alguns
momentos
para
responder.
No
entanto,
disse:
--
A
minha
esperança
é
nossos
pais
não
desistam.
Se
isso
acontecer
a
gente
pode
ficar
aqui
por
um
bom
tempo
– acrescentou.
Enquanto
ela
falava,
eu
procurava,
discretamente
olhar
para
seus
seios.
E
ao
vê-los
ali
tão
próximos,
tão
ao
meu
alcance,
minhas
mãos
comichavam,
ávidas
por
pegá-los.
Ela
continuou
a
falar
de
como
seria
difícil
a
nossa
vida
ali,
principalmente
por
causa
da
Luciana.
Eu
concordava,
mas
muitas
vezes
nem
sabia
ao
certo
o
que
ela
estava
dizendo,
pois
eu
não
prestava
atenção
às
suas
palavras.
Lembro-me
apenas
de
ouvi-la
dizer:
--
Talvez
a
gente
tenha
que
torcer
para
que
um
barco
chegue
aqui.
Isso
vai
acontecer,
mas
a
questão
é
quando.
Respondi-lhe
apenas
que
mais
cedo
ou
mais
tarde
a
gente
acabaria
sendo
encontrados.
Ela
concordou
que
não
ficaríamos
ali
para
sempre.
Entretanto,
acrescentou
em
tom
melancólico:
--
Só
espero
estarmos
todos
vivos
até
lá.
Não
entendi
o
que
ela
quis
dizer,
mas
não
respondi.
Foi
então
que
ela,
talvez
vendo
que
eu
não
tirava
os
olhos
de
seus
peitos,
asseverou:
--
É
melhor
você
ir
se
deitar.
Deve
estar
com
sono.
Levantei
e,
em vez de
ir
deitar,
virei
em
direção
à
porta
e
falei:
--
Vou
lá
fora
fazer
um
xixi.
Isso
foi
apenas
uma
desculpa
para
me
livrar
daquele
excitamento
e
daqueles
pensamentos
que
me
atormentavam.
A
lua
já
havia
se
movido
para
o
outro
lado
da
ilha.
E
embora
a
claridade
chegasse
até
a
cabana,
não
clareava
como
mais
cedo.
Pensei
em
me
afastar,
mas
ao
olhar
para
a
montanha
e
enxergar
tão
somente
a
silhueta
das
árvores,
veio-me
a
lembrança
de
como
aquela
floresta
me
causava
pavor.
A
sensação
de
algo
terrível
a
se
esconder
naquela
mata
me
fazia
a
espinha
gelar.
Não
cheguei
a
dar
mais
do
que
dois
passos.
E
mesmo
que
tentasse
me
masturbar,
não
seria
capaz
de
me
concentrar;
portanto
não
conseguiria
atingir
meus
objetivos.
Assim,
acabei
retornando.
Passei
por
Marcela,
fitei
mais
uma
vez
aqueles
seios
e
fui
deitar.
Pois
agora
só
me
restava
adormecer
com
os
pensamentos
neles.
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