terça-feira, 27 de outubro de 2015

E SE O MUNDO SEMPRE EXISTIU?

Uma coisa muito caro a maioria daqueles que acreditam em Deus é não é tanto o fato de os ateus negarem que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança mas sim a inadmissão da não existência de um criador do mundo, de um ser que planejou meticulosamente tudo o que existe. Alguns até aceitam o darwinismo e reconhecem que o livro do Gênesis fala da criação do mundo de forma alegórica, não devendo de forma alguma tomá-lo ao pé da letra; outros mais esclarecidos vão além e admitem inclusive a teoria do Big Bang, justificando que ela é, na realidade, o instrumento usado por Deus para criar o universo. Na verdade, não importa muito o que essas pessoas acreditam ou não. O que elas não conseguem admitir é a possibilidade de o mundo nunca ter sido criado, de não ter um começo e nem um fim e portanto ser eterno, pois o fato de nós e tudo ao nosso redor ter um começo e um fim nos leva a supor que o mundo também segue o mesmo princípio. Não estou falando do planeta Terra, da nossa galáxia e do próprio universo, já que estes de fato não são eternos e realmente nasceram e em algum momento no futuro irão desaparecer. Mas mesmo que o universo desapareça, ainda sobrará um imenso vazio. E esse vazio continuará a ser o mundo, um mundo que por ser eterno poderá dar origem a um outro universo. Talvez este universo que aí está nem desapareça totalmente, até porque é grande demais e a todo instante estrelas e galáxias surgem e desaparecem sem que isso faça alguma diferença. E mesmo que exista de fato algo que deu origem a isso tudo, o qual nós, os insignificantes terráqueos, insistimos em chamar de Deus, esse "Deus" não tem a menor semelhança com o Deus que a maioria de nós ainda acreditamos. Não há menor dúvida de que esse Deus é uma invenção humana, uma vez que só seres humanos seriam capazes de atribuir a um Deus características humanas, tais como:  vingança, irá e castigo. Infelizmente, as pessoas não são inteligentes o bastante para se dar conta desse absurdo e se relacionam como esse suposto “Deus” como no passado os súditos se relacionavam com seus governantes.

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