terça-feira, 20 de outubro de 2015

SÃO OS LOUCOS QUE MUDAM O MUNDO

Aquele que se deixa afetar pelas opiniões alheias não só dá razão aos detratores como também expõe as próprias fraquezas, mostrando não ser merecedor do apreço que tem e das verdades que prega. A nossa sociedade chegou aonde hoje está graças a perseverança, a coragem e obstinação daqueles que eram na maioria das vezes taxados de loucos, por desafiar as verdades aceitas por todos a sua volta, verdades essas que muitas vezes remontavam de um passado distante e as quais, para aqueles de visão mais ampla, eram inconsistentes e difíceis de aceitar. Hoje sabemos que a Terra é redonda e não plano como se acreditava antes; que não é o centro do Universo, que gira em torno do sol e não o contrário como se pensou por milhares de anos; que existem milhares de outros sistemas solares iguais aos nossos. O avanço do conhecimento jogou por terra todos os mitos que regiam a vida dos primeiros homens. Ah, como nossos antepassados eram escravos desses mitos! A maioria dos dogmas religiosos já não encontram mais uma base de apoio capaz de mantê-los de pé. E embora o homem ainda não tenha encontrado provas da existência de vida em outros planetas, nunca se esteve tão próximo dessa descoberta. Eu não tenho a menor dúvida de que isso ocorrerá no futuro; não num futuro próximo, mas daqui a meio século ou até um pouco mais. E quando isso acontecer, o único pilar que ainda sustenta a maioria das crenças religiosas, principalmente as três grandes religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e muçulmana, -- ruirá e então o homem chegará a conclusão que esse deus, um deus que criou o homem sua imagem e semelhança, e ao qual o homem se escravizou por milhares de anos, simplesmente não existe e nunca existiu. E então todos nós que, em pleno século XXI ainda somos chamados de loucos e vistos com desconfiança, inclusive condenados à morte em alguns países, por sermos ateus, por vermos o mundo sob uma outra perspectiva e enxergar nos dogmas religiosos a desrazão, seremos engrandecidos, assim como hoje se exalta Giordano Bruno, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico e tantos outros, antes acusados de hereges e condenados por dizer aquilo que hoje é uma verdade incontestável pela ciência. Não se deve julgar e ridicularizar aqueles ainda presos às crenças do passado, pois muitos não estão preparados para a verdade dos fatos e não a suportariam. Da mesma forma não se deve deixar levar por essa maioria, pela maior onda, apenas porque nos sentimos um grão de areia diante dela; pois não são as grandes ondas que transformam o mundo – elas apenas provocam estragos e destruições --, mas os grãos de areia que, depositados lentamente um a um, formam os alicerces do saber e do avanço da humanidade em direção a um futuro melhor.

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