domingo, 26 de junho de 2011

DELÍRIOS ERÓTICOS

Embora na prosa procuro retratar ao máximo a realidade, dando aos personagens atos, pensamentos e fala tal qual muitos de nós, na poesia a coisa é diferente. E mesmo que o poeta tente retratar cenas do cotidiano, estas não devem ser retratadas como numa prosa. A poesia exige um certo lirismo, um jogo de palavras, uma escolha mais apurada para a formação dos versos. De forma que, embora muitos não achem necessário, as figuras de linguagens dão um toque especial a poesia e a torna mais rica. Os versos do poema "Delírios Eróticos"  (os quais me ocorreram num momento de inspiração), apesar de compor um poema erótico, não usa nem termos chulos e nem cita diretamente os órgãos sexuais e nem por isso deixa de estar carregado de sensualidade. Por isso volto a dizer, como já disse certa vez num poema:

Eu brinco com as palavras
Como uma inocente criança
Diverte-se com seus brinquedos


Eu faço poesia assim, brincando com as palavras.


Sob o fechar de meus olhos contentes,
Respiro o perfume suave de teus seios
Mas é com o odor mágico de teus meios
Que eu pratico atos inconsequentes.


Nesta pequena ilha de quatro paredes,
Onde a sede é um fato inevitável
Eu bebo de tua água -- líquido potável
E assim mato lentamente a minha sede.


O sabor de teu liquido me inebria,
Leva-me a um mundo de fantasia
Que só tua fonte sabe provocar.


E enquanto me deixo em ti inebriar
Experimento um deleite inconfundível
Ao atingir o ápice de um prazer indefinível.

Um comentário: