Embora
tenham sido os homens -- esses seres falhos e demasiado humanos -- os
autores de nossas leis, são também eles que se apegam à lógica,
ao rigor e a imparcialidade das mesmas, deixando de lado o bom senso
-- o que nos é de mais humano --, como se a frieza e a verdade de um
artigo fosse mais relevante. Ah, quantas injustiças são cometidas
quando se esquece o humano e suas fraquezas! E o triste em tudo isso
é que nem sempre a lei pune o infrator como se acredita, mas tão
somente satisfaz àqueles que exigem a qualquer preço a justiça (a
reparação do dano causado). Se todos aqueles envolvidos em condenar
um réu (juízes, advogados, membros do juri e o próprio sistema
prisional) entendessem um pouco mais de psicologia, as penas seriam
mais eficientes e a própria criminalidade seria consideravelmente
reduzida. Mas para isso é preciso uma completa reforma no sistema
judiciário -- inclusive nas leis – e ainda não estamos preparados
para isso. Ainda há um longo caminho a se percorrer.
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