Sou um
instrumento em tuas mãos
E obedeço
tuas ordens sem contestar
Pois a
minha razão é tua razão
E não
posso nem ao menos te contrariar.
Você
veio antes de minha consciência
E comanda
as minhas vontades,
Meus
pensamentos e minha ânsia
Por mais
prazer e mais saciedade
Você diz
sim a tudo, sem explicação
E eu
tenho de me virar para te agradar
Quando o
teu fim, impossível, eu não
Posso
deixar em realidade se tornar
Eu luto
contra tua ira e tua impaciência
E tento
te agradar com meias verdades
Pois só
assim a vida me dá ciência
De que
muitos “eus” sou na realidade.
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