sexta-feira, 15 de agosto de 2014

FRUTO DA DESRAZÃO




















Eu tento me convencer de que o tempo
Não passou tão rápido assim
E os anos tantos e já tão corridos
Não esculpiram em mim marcas visíveis
Que mostram que a vida caminha para o fim.

Olho pra você assim tão jovem
E a inveja invade o meu coração.
Queria ter o teu frescor e tua mocidade,
Mas os anos em mim porém
Tirou-me tudo isso, sem piedade.

Desejo-te com as chamas do pensamento,
Da fantasia que ainda arde em mim;
Pois isso os anos não me suprimiram
Como fizeram com a virilidade, que no entanto
Não mais responde ao querer-te enfim.

Talvez tudo tenha acabado porém
E a vida tenha passado então.
E a tua flor no auge do desabrochar
Só esse contemplá-la me convém,
Pois o resto infelizmente é fruto da desrazão.

2 comentários:

  1. Edmar, gostei muito do teu blog e li diversos de seus textos no Recanto das letras. Parabéns pela escrita. Eu também sou escritor. Caso seja de seu interesse, acessa meu blog =D http://brunotwain.blogspot.com.br

    Mais uma vez parabéns pelo trabalho!

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