A ideia deste poema ocorreu-me após assistir a apresentação de ballet. Apolo, o deus da luz, das artes, da dança, da beleza, do equilíbrio e da razão. E o meu contato com esse deus vem da filosofia Nietzschiana, onde Apolo é o símbolo da ordem, medida, proporção, forma em contraste com Dionísio, que simboliza a natureza, o excesso e o irracional. Nessa época, há mais ou menos 4 anos, também estava lendo “O nascimento da Tragédia” do filósofo alemão, o que deve ter influenciado na composição do poema.
Apolo, tu que presenteastes aos homens
A sonoridade da música e da poesiaApolo, tu que presenteastes aos homens
Também nos deu a leveza da dança
Para que de tédio não morramos um dia.
Graças a ti, Ó deus de todo entusiasmo!
Os gestos da dança nos dão prazer
E os movimentos cheios de compassos
Sonhos em realidade se fazem converter.
O que seria de nós -- pobres mortais --,
Se na arte da dança não fosse possível
Representar nossos sonhos e muito mais?
Ah! O mundo seria tão sombrio e horrível!
A dança nos provoca alegria e emoção,
E nos faz sentir como deuses sobre o tablado
E até nos arrancar lágrimas do coração
Tal qual frases de jovens enamorados.
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