Os
sentimentos que eu tenho
Eu
os deixo fluírem;
Eu
não os rejeito
E
muito menos os sufoco.
Mas
os sentimentos que não tenho,
Não
me fazem falta,
Por
isso não os provoco;
Pois
não seriam sentimentos
E
não me dariam o menor prazer
Os
sentimentos que manipulamos.
São
para iludirem a nós e a outrem
Eles
nos tornam menos humanos,
Alimentam
os nossos desenganos
E
afastam-nos da espontaneidade
--
Essa coisa tão animal --
Que
nos desabrocha toda a beleza
Quando
somos tão natural
Talvez
os falsos sentimentos
Sejam
o maior mal da modernidade
Onde
fingimos ser o que não somos
E
ter o que não temos.
Ah,
prefiro remar contra a maré
E
ser o que sou
E
ter o que de fato tenho
A
despeito das opiniões alheias!
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