terça-feira, 18 de agosto de 2009

SOBRE O LIVRO "A MENINA DO ÔNIBUS"

Estou dando os últimos retoques no livro “A MENINA DO ÔNIBUS”, o qual pretendo publicar no início do próximo ano. Trata-se de um romance de mais ou menos 700 páginas, onde se conta a história de um relacionamento entre um homem de 27 anos e uma jovem de 14. Ele, através de suas memórias, dá a sua versão dos fatos; e ela, através de um diário, dá a sua. Embora a obra enfoque todos os ângulos do relacionamento, a descoberta o sexo pela jovem e os efeitos disso sobre os personagens tem um destaque maior. Por isso trata-se de um texto onde a sensualidade e a descrição de atos sexuais estão presentes. No entanto, o objetivo é mostrar que a sexualidade é tão natural e faz parte do cotidiano das pessoas como qualquer outra coisa. E para que o leitor possa ter uma visão melhor da obra, apresento-lhes um breve resumo. Em breve estarei postando aqui alguns trechos da obra.


A MENINA DO ÔNIBUS (RESUMO)

Um homem de 27 anos, classe média-alta, bacharel em sistemas de Informação (cujo maior prazer é seduzir mulheres, levá-las para cama e depois expulsá-las de sua vida como se estas fossem objetos) leva uma vida de sexo e prazer em meio ao trabalho e a leitura de obras clássicas, influenciado pelo pai (Doutor em Literatura Inglesa). Um dia (meados de novembro de 1999) porém, ao tomar o ônibus do trabalho para casa (seu carro estava na revisão) se encanta com uma jovem em trajes de praia, que, acompanhada de uma amiga, pega o mesmo ônibus pontos depois. Ao ver aquele corpo jovem, ele antevê momentos de prazer e toma a resolução de ir ao seu encalço para seduzi-la, como fazia com todas as mulheres que o excitavam. Ele, no entanto, não sabe -- desconfia que ela possa ter uns 17 ou 18 anos – tratar-se de uma menina de 14 anos.
Desce no mesmo ponto que as duas amigas, entabula uma conversa, arranca-lhes algumas informações e passa naquela mesma rua por vários dias seguidos até conseguir chamar a atenção da jovem. Numa jogada inteligente, propõe comprar-lhe um presente, o qual, ao avistar na vitrine de uma relojoaria, fê-lo se lembrar dela. Tudo não passa de um engodo, mas a jovem acredita e o aceita. Os dois se encontram para que ele possa lhe dar o presente (uma pulseira de ouro) e, após colocá-la em Ana Carla (este é o nome da jovem) pede-lhe um abraço. Na despedida, ao dar-lhe três beijinhos, como que sem querer, acaba por tocar levemente seus lábios nos dela. E antes de partir, entrega-lhe o número do seu celular, caso ela queria lhe telefonar. Ele está certo de que ela o fará.
Ana Carla telefona-lhe no outro dia. Marcam um encontro e acabam saindo várias vezes, onde, a cada encontro, dá um passo a frente para seduzi-la. Cada passo é milimetricamente pensado, usando como parâmetro a experiência adquirida após fazer o mesmo durante anos com outras mulheres. Num desses encontros fica sabendo que Ana Carla na verdade têm 14 anos e não 17 como pensara antes, contudo, não desiste do plano.
Depois de alguns dias, quando seus pais vão à Capital Paulista, leva a jovem para sua casa e a seduz na sua própria cama, fazendo desse ato (pois Ana Carla ainda era virgem) um ritual. Apesar de ter planejado tudo desde o começo, algo dá errado: ele se apaixona por ela. E então os dois passam a viver um romance proibido, escondido tanto dos seus pais como dos pais de Ana Carla.
Durante o tempo em que está com ela, perde o interesse por outras mulheres. Entretanto, quando Ana Carla viaja com os pais para Vitória, no Espírito Santo, para passar o natal e o reveion com os avós, ele encontra na praia quatro jovens universitárias da Unicamp que vieram passar férias no Guarujá. Sai com uma delas (Roberta, estudante de filosofia, adepta das ideias de Nietzsche) e depois com a outra (Maria Rita, estudante de Medicina) cujos cabelos loiros, lábios sensuais e um corpo de modelo quase o faz esquecer definitivamente Ana Carla. Embora não note, pois está tão fascinado pela jovem (ela tem 19 anos), que Maria Rita é uma jovem conservadora, religiosa e, embora se deixa seduzir, pensa num relacionamento duradouro.
As jovens retornam para Campinas pouco antes de Ana Carla retornar para o Guarujá. E o personagem-narrador retoma o seu romance com Ana Carla, pois descobre que está profundamente apaixonado por ela (o que negava até então) e esquece as jovens universitárias -- aliás, vê nesse envolvimento uma fraqueza, um retorno aos velhos hábitos, o qual não soube resistir justamente devido à ausência da amada –, as quais não passam de boas lembranças.
Todavia, certo dia ele recebe um telefonema de Roberta contando-lhe que a amiga anda muito estranha. Pouco depois Maria Rita telefona-lhe dizendo que vem ao Guarujá pois precisa lhe contar algo muito importante. Ele a recebe na sua casa, aproveitando que seus pais estão passando uns dias fora, e ela o seduz antes de contar-lhe que está grávida.
Atordoado, sem saber o que fazer, sugere-lhe um aborto. Mas, devido à religiosidade, esta não aceita e, ofendida e enraivecida, retorna para casa prometendo vingança. Roberta telefona-lhe querendo saber o que aconteceu. Então ele lhe conta que não quer se casar e confessa estar apaixonado e vivendo um romance proibido com Ana Carla. E pede-lhe para ajudar a tirar Maria Rita do seu caminho. Ele não quer que Ana Carla descubra, pois sabe que se ela descobrir vai terminar o romance e possivelmente se vingar dele, como a outra já havia jurado. Roberta promete ajudar, mas não encontra meios de convencer Maria Rita a desistir de sua vingança.
Nesse ínterim ele ainda tem de lutar contra as desconfianças da mãe com a sua namorada, devido a negativa em levá-la a sua casa para conhecer seus pais. Para resolver o impasse propõe a Roberta que se passe por sua namorada. Ela aceita, vem ao Guarujá e janta em sua casa. Mas depois das ameaças de Maria Rita, ele resolve contar para os pais que saiu com uma jovem na passagem de ano e esta engravidou-se e agora exige que se case. Seus pais prometem ajudá-lo.
Mas antes que tudo vem a se concretizar, após Ana Carla propor passar um final de semana com o namorado, mentindo para os pais que vai numa excussão da escola para as cidades históricas de Outro Preto, Mariana e Tiradentes, ela e o narrador-personagem partem para Ubatuba afim de viver dois dias inesquecíveis.
Ao retornarem... Eis que os deuses, como que num jogo, decidem entrelaçar os destinos dos envolvidos nessa trama dando-lhe um final surpreendente.

Quanto à narrativa, a história é narrada pelo personagem em forma de Memórias e por Ana Carla em forma de diário, onde as narrativas são intercaladas. Como Ana Carla narrou os fatos em seu diário (dando enfase a sensualidade e exaltando o lado sexual) o narrador também procurou seguir o mesmo caminho, narrando os momentos de intimidade da forma mais detalhada possível; até porque era em busca dos limites do prazer sexual que ele seduzia as mulheres. Como ele mesmo chega a confessar em dado momento: “a vida é uma busca incessante do prazer e sem prazer não há vida, pois o homem não suportaria a existência e morreria de tédio”. Tanto é verdade que, muitas vezes, o prazer não estava exatamente no ato sexual propriamente dito, e sim no jogo de sedução. Não por acaso a passagem em que leva Ana Carla para sua casa e a seduz estende-se por mais de 10 páginas, numa descrição tão minuciosa quanto os lances de uma partida de xadrez.

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