quinta-feira, 3 de setembro de 2009

UM POUCO DE PROUST

Em minha biblioteca pode-se encontrar uma variedade considerável de obras – pela última contagem, lá pelos anos de 2005, havia mais de três mil volumes –, e dentre estas a fascinante Em busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. Embora tenha adquirido os dois primeiros volumes lá pelos meados dos anos 80, nunca os li. Há pouco tempo porém, depois de ler um ensaio sobre Proust, decidi pegar sua obra para ler. Confesso ter ficado fascinado com a genialidade do autor logo nas primeiras páginas. Desde então, antes que o sono me transporte numa viagem por águas calmas até a manhã de um novo dia, dedico alguns minutos à leitura de Proust. Estou no terceiro volume. E dentre tantas passagens, as quais eu fiz questão de grifar, numa delas encontra-se a frase abaixo. O autor compara a vida a uma amante ao comentar o estado de sua avó, que acabara de ter um ataque e o qual a deixara entre a vida e a morte.
"A amante que acossamos, a amante que suspeitamos que está prestes a trair-nos, é a própria vida, e, embora já não a sentimos a mesma, ainda acreditamos nela, ficamos em todo caso na dúvida, até o dia em que afinal nos abandona."
Proust, Em busca do tempo perdido, vol 3 – O Caminho de Germantes, pag. 347

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