sábado, 17 de julho de 2010

APENAS UMA FLOR


Nos versos abaixo a poesia fala por si e qualquer comentário poderá tão somente estragar a imaginação do leitor, a qual me dá prazer aguçá-la e levá-la a experimentar o mais puro deleite. Desta feita, só me resta esperar que o amigo leitor aprecie mais esse momento de inspiração deste humilde poeta.

Ir muito além de teus lábios
Era o que eu mais queria
Porém é preciso ser sábio
Para não te fazer arredia

Ainda és apenas uma flor
No desabrochar de uma manhã
Onde nas coisas do amor
Ainda não tens as artimanhas

Poderia mostrar-te os caminhos
Do prazer e da arte da sedução
Mas quando se aprende sozinho
Há maior deleite em cada ação

Assim, assistir à distância
O teu lento desabrochar
Pode desgastar-me a paciência
Quando meu desejo é te apressar

Mas não se pode fazer nada
A respeito disso enfim
Esta rosa não pode ser podada
Nas mãos desse jardineiro aqui

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